A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo anunciou que vai prorrogar a campanha de vacinação contra Influenza (gripe) para a população acima de seis meses por mais 30 dias, com encerramento em 31 de julho. É a segunda prorrogação – quando foi lançada, a campanha vacinal iria até 31 de maio, e então foi estendida para 30 de junho. O objetivo é ampliar a cobertura vacinal, ainda distante da meta: em todo o Estado, 44,5% do público-alvo se vacinou. A meta é chegar a 90%.
Durante o primeiro período de prorrogação, no mês de junho, houve um aumento de 4,6% em relação aos vacinados até o final de maio. Nesse período foram aplicadas 6,1 milhões de doses vacina, e apenas durante o mês de junho foram mais 4,6 milhões de doses, levando a um total de 10.769.619 de doses.
Mortes
A gripe geralmente causa febre, espirros, nariz congestionado, cansaço e dores no corpo, mas casos mais graves podem afetar principalmente crianças menores de 6 anos de idade, idosos, gestantes e pessoas com comorbidades, podendo levar até à morte.
Neste ano, até a última semana de junho, já foram registrados no Estado 176 óbitos decorrentes de infecção pelos diversos tipos de vírus da Influenza, e 2.086 pessoas precisaram ser hospitalizadas. No mesmo período do ano anterior foram contabilizadas 1.540 internações e 259 óbitos. Apesar da queda na letalidade, neste ano o número de hospitalizações cresceu 35,4%. Em todo o ano de 2022 foram registrados 3.116 casos de gripe em que foi preciso internação, e 339 mortes.
A vacina, desenvolvida pelo Instituto Butantan, é segura e eficaz, segundo a Secretaria da Saúde. Como o vírus tem alta capacidade de mutação e muda suas características ao longo do tempo, é preciso se imunizar todos os anos. A cepa do vírus H1N1 usada em 2023, por exemplo, é diferente da que foi usada para produzir os imunizantes no ano passado.
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