Whey, creatina, BCAA: quais as melhores opções para ganho de massa muscular

Entenda quando os suplementos são indicados e como cada um atua no organismo

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Por Bárbara Giovani
Atualização:

Ganhar massa muscular não é uma tarefa simples, mas é necessária. Para além do corpo definido, os músculos são essenciais para a estabilidade postural e a movimentação. Dessa forma, trabalhá-los é uma maneira de garantir um envelhecimento com autonomia nas atividades diárias. Em alguns casos, porém, a rotina de exercícios não basta e o processo requer o uso de suplementos.

“É muito importante entender quais são as demandas que o treinamento impõe ao organismo porque, como o próprio nome sugere, você só vai suplementar e dar alguma coisa a mais se realmente estiver faltando”, afirma Marcelo Saldanha Aoki, profissional de educação física, nutricionista e professor na Universidade de São Paulo.

A suplementação nutricional pode favorecer o ganho de massa muscular, mas só deve ser feita com orientação de profissionais de saúde. Foto: O.Farion/Adobe Stock

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Segundo Aoki, os principais suplementos para ganho de massa muscular são aqueles compostos por proteínas e também a creatina, e cada um exerce uma função no organismo.

Os suplementos proteicos atuam no processo de construção de novas proteínas pelo organismo, fornecendo todos os aminoácidos de que o músculo precisa para a hipertrofia, que é o ganho de massa muscular.

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“Se queremos aumentar o tamanho do músculo, precisamos colocar mais proteína dentro”, explica Aoki. Alguns exemplos desse tipo de suplemento nutricional são whey protein, caseína, além das proteínas de soja, ervilha e arroz.

A creatina tem outra ação. De acordo com o nutricionista João Pinheiro, da Associação Brasileira de Nutrição Esportiva (ABNE), ela é responsável por aumentar a capacidade de força do músculo.

“Com isso, conseguimos aumentar as cargas dos exercícios, gerando um estresse maior dentro da célula muscular, o que pode tornar o ganho de massa magra mais significativo”, diz.

Outro suplemento bastante conhecido é o BCAA, sigla em inglês para “aminoácidos de cadeia ramificada”. No entanto, estudos mostram que ele não é tão eficaz para o ganho de massa muscular como se pensava há alguns anos.

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“Ao ingerir a quantidade e qualidade adequada de proteínas, não há necessidade de usar aminoácidos isolados”, afirma Aoki.

Qual é o melhor?

Em termos de funcionalidade, não é possível comparar a efetividade dos suplementos de proteínas e da creatina no ganho muscular. No entanto, se tivessem de escolher, os especialistas contam que suplementariam a creatina.

Isso porque a quantidade necessária de proteínas pode ser alcançada com a alimentação. “Já para a creatina é quase impossível atingir uma recomendação adequada por dia, principalmente porque a quantidade dela nos alimentos é muito baixa”, explica Aoki.

Segundo Pinheiro, as mulheres respondem ligeiramente melhor à suplementação de creatina, uma vez que possuem níveis mais baixos do nutriente dentro de seus músculos. Ainda assim, tanto homens quanto mulheres se beneficiam desse tipo de suplemento.

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Quando faz sentido usar

A suplementação nutricional só deve ser feita em casos orientados por profissionais de saúde, de acordo com a rotina de atividades físicas, quadro clínico, genética e alimentação de cada indivíduo.

“Sabemos que, na rotina das pessoas que se engajam num processo de treinamento físico de forma intensa, regular, aumenta a demanda energética, aumenta a demanda de proteínas”, exemplifica Aoki. “Então, a indicação depende das demandas.”

  • Suplemento de proteína: quando a dieta apresenta alguma deficiência proteica, quando é preciso mais praticidade no plano alimentar ou após os treinamentos, se não há uma refeição rica em proteínas;
  • Suplemento de creatina: quando há algum tipo de treinamento de força, como musculação, crossfit ou levantamento de peso olímpico, e para estimular ganho muscular e força em idosos.

Por fim, Aoki ressalta que o ganho de massa muscular é um processo de médio e longo prazo. “Não há atalho, não há resposta rápida do organismo. Pelo contrário, é uma resposta lenta, que vai se manifestar de uma forma mensurável depois de oito, 12 semanas de treinamento de força associado aos suplementos.”

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