RIO - A Marinha do Brasil atualizou a lista de nomes a serem atribuídos aos ciclones tropicais ou subtropicais que se formem na costa brasileira nos próximos anos. Todos os nomes são em língua tupi-guarani, como ficou decidido em conjunto entre a Marinha, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Força Aérea Brasileira e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
A lista está em vigor desde 1º de março e tem os seguintes 32 nomes:
- Akará (espécie de peixe)
- Biguá (ave marinha)
- Caiobá (habitante da mata)
- Endy (luz do fogo)
- Guarani (uerreiro)
- Iguaçú (rio grande)
- Jaci (lua)
- Kaeté (mata virgem)
- Maracá (instrumento indígena)
- Okanga (madeira)
- Poti (camarão)
- Reri (ostra)
- Sumé (deus da agricultura)
- Tupã (deus do trovão)
- Upaba (lagoa)
- Ybatinga (nuvem)
- Aratu (caranguejo)
- Buri (palmeira)
- Caiçara (cerca)
- Esapé (iluminar)
- Guaí (pássaro)
- Itã (concha)
- Juru (foz)
- Katu (bondade)
- Murici (arbusto do cerrado)
- Oryba (felicidade)
- Peri (planta d’água)
- Reia (realeza)
- Samburá (cesto indígena)
- Taubaté (pedras altas)
- Uruana (tartaruga do mar)
- Ytu (cachoeira)
Em 2004 um furacão atingiu o Estado de Santa Catarina, deixando mais de 27,5 mil moradores desalojados, quase 36 mil casas danificadas, 518 feridos e 11 mortos. Os prejuízos chegaram a R$ 1 bilhão. Na ocasião ainda não havia nenhuma opção de nome a ser atribuído aos fenômenos desse tipo, e o furacão foi chamado Catarina.
Depois da passagem dele, a Marinha decidiu criar uma lista. Cada nome só é usado uma vez. A lista anterior de nomes terminou com a tempestade subtropical Yakekan, que atingiu o Brasil entre 17 e 20 de maio de 2022. Yakekan foi o 16.º ciclone a se formar na costa do Brasil desde o furacão Catarina.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial, nomear esses eventos é importante para permitir a identificação rápida das tempestades em mensagens de alerta - nomes são mais fáceis de lembrar do que números e termos técnicos.
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