Akará, biguá, caiobá: Marinha define nomes em tupi de futuros ciclones brasileiros; veja lista

Único ciclone a atingir a costa brasileira foi o Catarina, em 2004, quando ainda não haviam opções para nomeá-lo. Lista tem 32 nomes, e cada um só pode ser usado uma vez

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RIO - A Marinha do Brasil atualizou a lista de nomes a serem atribuídos aos ciclones tropicais ou subtropicais que se formem na costa brasileira nos próximos anos. Todos os nomes são em língua tupi-guarani, como ficou decidido em conjunto entre a Marinha, o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Força Aérea Brasileira e o Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

A lista está em vigor desde 1º de março e tem os seguintes 32 nomes:

  1. Akará (espécie de peixe)
  2. Biguá (ave marinha)
  3. Caiobá (habitante da mata)
  4. Endy (luz do fogo)
  5. Guarani (uerreiro)
  6. Iguaçú (rio grande)
  7. Jaci (lua)
  8. Kaeté (mata virgem)
  9. Maracá (instrumento indígena)
  10. Okanga (madeira)
  11. Poti (camarão)
  12. Reri (ostra)
  13. Sumé (deus da agricultura)
  14. Tupã (deus do trovão)
  15. Upaba (lagoa)
  16. Ybatinga (nuvem)
  17. Aratu (caranguejo)
  18. Buri (palmeira)
  19. Caiçara (cerca)
  20. Esapé (iluminar)
  21. Guaí (pássaro)
  22. Itã (concha)
  23. Juru (foz)
  24. Katu (bondade)
  25. Murici (arbusto do cerrado)
  26. Oryba (felicidade)
  27. Peri (planta d’água)
  28. Reia (realeza)
  29. Samburá (cesto indígena)
  30. Taubaté (pedras altas)
  31. Uruana (tartaruga do mar)
  32. Ytu (cachoeira)

Em 2004 um furacão atingiu o Estado de Santa Catarina, deixando mais de 27,5 mil moradores desalojados, quase 36 mil casas danificadas, 518 feridos e 11 mortos. Os prejuízos chegaram a R$ 1 bilhão. Na ocasião ainda não havia nenhuma opção de nome a ser atribuído aos fenômenos desse tipo, e o furacão foi chamado Catarina.

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Depois da passagem dele, a Marinha decidiu criar uma lista. Cada nome só é usado uma vez. A lista anterior de nomes terminou com a tempestade subtropical Yakekan, que atingiu o Brasil entre 17 e 20 de maio de 2022. Yakekan foi o 16.º ciclone a se formar na costa do Brasil desde o furacão Catarina.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial, nomear esses eventos é importante para permitir a identificação rápida das tempestades em mensagens de alerta - nomes são mais fáceis de lembrar do que números e termos técnicos.

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