O ciclone que passa pelo Sul do País desde quarta-feira, 12, deixou um idoso morto em Rio Grande, no interior gaúcho, e 20 feridos. Em todo o Estado, há mais de 800 mil pessoas sem energia elétrica. O fenômeno climático já tem se direcionado em direção ao Oceano Atlântico nesta quinta-feira, 13, mas seus impactos serão sentidos até o fim desta semana, dizem os meteorologistas. Desde o litoral gaúcho até a costa do Rio de Janeiro, deve haver vento forte e chuva e a frente fria avança até parte do Centro-Oeste.
Entre a madrugada e a manhã desta quinta-feira, o vento chegou a 140 km/h no litoral sul gaúcho,. Temporais e ventos fortes que causam transtornos na região metropolitana de Porto Alegre, na região dos vales, na serra gaúcha e no litoral norte do Rio Grande do Sul, segundo a Defesa Civil.
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Segundo o governo, o idoso que morreu estava em casa quando o imóvel foi atingido por uma árvore, no bairro Maria dos Anjos. “Provavelmente nas próximas horas e dias, haverá possibilidades de enchentes em várias regiões do estado, o que nos coloca em uma situação de alerta’', disse o governador em exercício, Gabriel Souza (MDB).
Sede Nova, na região noroeste do Estado, foi um dos mais atingidos pela passagem do ciclone. Praticamente todo o perímetro urbano da cidade registrou estragos como destelhamento de prédios públicos, estabelecimentos comerciais e residências, além de quedas de árvores e postes. Houve falta de luz e seis feridos, com lesões e fraturas no temporal.
A rede estadual gaúcha já havia anunciado a suspensão de aulas para esta quinta, diante do risco de alagamentos. Também foram registradas interdições de estradas.
Em Santa Catarina, há risco de fortes ventanias e queda de granizo e neve durante a noite desta quinta-feira nas áreas mais altas do Planalto Sul. Na sexta-feira, 14 e no sábado, 15, a temperatura cai ainda mais e pode gear nos três Estados da Região Sul, de acordo com o Climatempo.
Sudeste e Centro-Oeste
Esses efeitos climáticos tendem a “subir” o País conforme o ciclone se afasta – o que diminui a intensidade dos ventos e chuvas. A Marinha emitiu, no começo da semana, alerta de ressaca no mar, ventania e ondas de até 4,5 metros no litoral de Santa Catarina a São Paulo. Agora, o alerta vale para o litoral do Rio de Janeiro também, onde as ondas devem chegar a 4 metros na noite desta quinta e manhã da sexta.
A temperatura vem caindo e as rajadas de vento aumentando em São Paulo desde quarta. A velocidade do vento deve variar entre 40km/h e 50km/h na Grande São Paulo e no interior do Estado, segundo a Climatempo. Também deve haver pancadas de chuva. A ventania também interrompeu o serviço de balsas entre Bertioga e Guarujá.
O impacto no Rio de Janeiro, que começa um pouco depois de São Paulo, perdurará ao longo do fim de semana. “Os ventos vão acelerar a partir de quinta e a ventania pode chegar a 90 km/h nas regiões da Costa Verde, Médio Paraíba, Centro-sul Fluminense e na Região Serrana do estado”, diz a empresa de meteorologia.
Na capital, região dos Lagos e norte fluminense, são previstas rajadas de vento entre 50 e 70 km/h. “Na sexta, as rajadas de vento mais intensas ficarão concentradas no litoral desde a Costa Verde até o norte do estado, e podem variar entre 60 e 80 km/h”, afirma o Climatempo.
No Centro-Oeste, em especial no Mato Grosso do Sul, depois de dias de calor intenso, a chegada da frente fria provoca chuva, ventos mais fortes e queda na temperatura, mas não deve fazer frio intenso.
“Os ventos ganharão força e o sul do Estado ficará em alerta, com rajadas podendo alcançar os 70km/h. Além disso, há expectativa de pancadas de chuva com até forte intensidade no decorrer da noite”, diz a empresa de meteorologia.
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