Cientistas descobriram uma nova vantagem da AirFryer; descubra qual é

Pesquisadores da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, testaram cinco técnicas de cocção e concluíram que a AirFryer é a que menos emite poluição

PUBLICIDADE

Foto do author Roberta Jansen

Além de oferecer uma forma mais saudável de cozimento dos alimentos (sem óleo), a AirFryer também é praticamente inofensiva ao meio ambiente. A conclusão é de pesquisadores britânicos que compararam cinco diferentes formas de cocção para saber qual seria a menos poluente.

Cozinhar é uma fonte de poluição do ar. A maior parte das pessoas passa mais de 80% do tempo em locais fechados. Por isso, efeitos da poluição nesses ambientes - que incluem sintomas agudos e crônicos como problemas cardiovasculares e doenças respiratórias – são uma preocupação crescente.

Frango na AirFryer: mais saudável e menos poluente Foto: Grandbrothers/ Adobe Stock

PUBLICIDADE

Cientistas da Escola de Ciências Ambientais, Terrestres e Geográficas da Universidade de Birmingham, no Reino Unido, usaram a cozinha/laboratório do câmpus para testar diferentes métodos de cocção e seu impacto na poluição do ar nas cozinhas domésticas. O trabalho foi publicado na revista científica Indoor Air.

Na experiência, os pesquisadores usaram cinco métodos diferentes para preparar um peito de frango, entre eles três técnicas de fritura (com quantidades distintas de óleo), cozimento em água fervendo e na AirFryer. Esse eletrodoméstico funciona a partir da circulação do ar em altas temperaturas.

Publicidade

Os cientistas mediram os níveis de matéria particulada em suspensão e compostos orgânicos voláteis emitidos por cada método. No caso da matéria particulada, os cientistas mediram as concentrações máximas em microgramas por metro cúbico de ar. As três técnicas de fritura foram as campeãs de emissões: 92,9, 26,7 e 7,7. O cozimento em água fervente registrou 0,7 e a AirFryer, 0,6.

No caso dos compostos orgânicos voláteis, eles foram medidos em partes por bilhão (ppb). Neste caso, as campeãs foram, mais uma vez, as técnicas de fritura, que registraram 260 ppb, 230 ppb e 110 ppb.

A cocção em água fervente, por sua vez, registrou 30 ppb e na Air-Fryer, 20 ppb. Os pesquisadores também identificaram e quantificaram os compostos específicos mais emitidos durante o cozimento.

As partículas permanecem em suspensão ainda por algum tempo depois que terminamos de cozinhar. Ventilar os ambientes e manter o exaustor ligado por mais tempo ajuda a evitar a concentração da poluição em ambientes fechados.

Publicidade

“Vários outros fatores interferem nos níveis de poluição, além do método de cocção escolhido”, explicou o professor Christian Pfrang, principal autor do trabalho. “Entre eles, a quantidade de óleo usada e a temperatura do fogão. O que podemos dizer com segurança, entretanto, é que aumentar a ventilação das cozinhas abrindo janelas ou usando o exaustor ajuda a dispersar as partículas poluentes e reduzir a exposição à poluição.”

Os pesquisadores também mediram as concentrações de matéria particulada e de compostos orgânicos após o processo de cozimento ser encerrado. Eles registraram níveis altos de poluição por até uma hora depois, mesmo quando a cocção durou apenas dez minutos.

“É importante entender que as partículas vão permanecer no ar por algum tempo depois de você terminar de cozinhar”, afirmou Pfrang. “Então, ventilar a cozinha ou manter os exaustores ligados por mais um tempo ajuda a evitar a concentração de poluentes e a reduzir a chance de eles serem levados para outras partes da casa com os riscos associados da exposição.”

Publicidade

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.