Fortes chuvas e rajadas de vento de até 100 km/h em SP matam sete pessoas no Estado

A Defesa Civil e o Corpo de Bombeiros registraram mais de 2 mil chamados em 40 cidades; cerca de 100 desabamentos ocorreram no Estado

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Atualização:

As fortes chuvas e rajadas de vento que atingiram grande parte do Estado de São Paulo na sexta-feira, 3, deixaram ao menos sete pessoas mortas. Mais de quarenta municípios, incluindo a capital paulista, tiveram ocorrências por queda de árvores. Foram mais de 2 mil chamados para ocorrências de acordo com as defesas civis e o Corpo de Bombeiros em todo o Estado, conforme informou a Defesa Civil estadual.

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Em Osasco, na Grande São Paulo, duas árvores caíram sobre um muro na Avenida Luiz Rink, atingindo um veículo e matando uma pessoa que estava no interior do automóvel, de acordo com a Defesa Civil.

Em Santo André, uma parede desabou e atingiu duas pessoas. Uma morreu e a outra, com um deslocamento no ombro, foi levada para o Centro Hospitalar da cidade, segundo o Corpo de Bombeiros.

Em Limeira, no interior do Estado, um homem morreu após o desabamento de um muro. O pedreiro Davi da Silva Santos foi soterrado pela queda de uma parede em construção. Conforme a Guarda Municipal, o homem trabalhava em um barracão quando a parede de 7 metros de altura veio abaixo com a força do vento.

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Em Ilhabela, uma embarcação naufragou e um dos tripulantes não resistiu. Outros dois foram socorridos e encaminhados ao serviço de saúde.

Veja lista atualizada às 11h30 deste domingo, 5, pela Defesa Civil do Estado de São Paulo com o número de mortos:

  • 2 pessoas morreram em São Paulo (zona leste): queda de árvore sobre veículo;
  • 1 pessoa faleceu em Osasco: queda de árvore sobre muro que atinge veículo;
  • 1 pessoa morreu em Santo André: queda de parede do 18º andar de prédio em construção;
  • 1 pessoa faleceu em Limeira: queda de muro sobre pessoa;
  • 1 pessoa morreu em Suzano: queda de árvore sobre pessoa;
  • 1 pessoa morreu em Ilhabela: naufrágio de emabrcação.
Queda de árvore na Avenida Águia de Haia, na zona leste de SP Foto: Defesa Civil de SP

Falta de luz atinge diversos bairros de São Paulo

Moradores de bairros de São Paulo permanecem sem energia na manhã deste domingo, após danos provocados pelas fortes chuvas que atingiram a capital paulista na tarde de sexta-feira.

Segundo a Enel Distribuição São Paulo, as regiões mais afetadas foram as zonas sul e oeste, embora também foram feitos relatos de falta de energia nas zonas leste e norte. Cerca de 1 milhão de endereços ainda estão sem luz na cidade de São Paulo. A previsão é que o serviço seja totalmente restabelecido até terça-feira, 7.

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Ocorrências para queda de árvore

Na tarde de sexta-feira, a Defesa Civil do Estado entrou em estado de atenção para as fortes chuvas. Toda a capital paulista também entrou em estado de atenção para alagamento. Em São Caetano do Sul, foi registrada queda de granizo.

Às 21 horas de sexta, o Corpo de Bombeiros já registrava 1.011 chamados para quedas de árvores, 46 para desabamentos e dois para enchentes na região metropolitana de São Paulo. Por volta da meia-noite, eram 1.281 chamados para quedas de árvores (sendo 1.265 chamados abertos após as 16 horas) e permanciam os 46 chamados para desabamento.

Entre meia-noite e 5 horas da manhã deste sábado, o Corpo de Bombeiros registrou 40 chamados para queda de árvores na capital paulista e na região metropolitana de São Paulo.

Linhas de ônibus afetadas

A São Paulo Transporte (SPTrans) afirma que, por causa da falta de energia na rede aérea na Avenida Nazaré e na Avenida João XXIII, as linhas 4113/10 Gentil de Moura - Pça. da República e 2100/10 Term. Vl. Carrão - Pça. da Sé, que normalmente operam com trólebus, estão circulando com veículos a diesel.

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Em razão de interferências viárias, as linhas que trafegam nos seguintes locais estão operando com itinerários alternativos:

  • Avenida Águia de Haia, 3.976, Vila Norma
  • Avenida Nagib Farah Maluf, 249, José Bonifácio
  • Rua Bresser, 2.114, Bresser
  • Rua Iguatemi com a Rua Tabapuã, Itaim Bibi
  • Rua Euclides Pacheco, 1.836, Carrão
  • Rua Visconde de Taunay, 151, Santo Amaro
  • Acesso da Avenida Aricanduva para a Avenida Conde de Frontin
Visitantes encontram o Parque do Ibirapuera fechado neste sábado, 4, depois de fortes chuvas que atingiram a cidade na sexta-feira, 3. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Parque do Ibirapuera

Várias árvores caíram nas imediações do Parque do Ibirapuera, na zona sul. A 35.ª Bienal de São Paulo, inclusive, estará excepcionalmente fechada neste sábado, devido à interdição do Parque Ibirapuera.

A Secretaria do Verde e do Meio Ambiente (SVMA) confirmou a autorização dada à concessionária Urbia Parques para o fechamento do Parque Ibirapuera.

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“Em razão dos estragos causados pela chuva, a SVMA determinou o fechamento dos parques do Carmo, Nabuco, Santo Dias, Morumbi Sul, Vila dos Remédios, Guarapiranga, Aclimação, Previdência, Ibirapuera e Eucaliptos e Ibirapuera, os dois últimos administrados pela Urbia Parques até o restabelecimento das condições adequadas de segurança e bem-estar dos visitantes. A situação de outros parques está sendo avaliada”, disse em nota.

Conforme publicação nas redes sociais, o Parque do Ibirapuera permanecerá fechado até o restabelecimento das condições adequadas de visitação.

Sem saber do fechamento do parque neste sábado, alguns motoristas e também pessoas que foram a pé foram pegos de surpresa. Alguns até tentaram entrar, mas foram orientados por funcionários sobre a situação. Alguns, para não perder a viagem, permaneceram no lago ao lado do portão 10, em frente a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).

Fechamento do Parque do Ibirapuera, em razão das chuvas de sexta-feira, 3, pegou frequentadores de surpresa neste sábado, 4. Foto: Taba Benedicto/Estadão

Em razão do fechamento para manutenção, a exposição BlowUp que ocorre no interior do parque até 11 de fevereiro do ano que vem também precisou suspender as sessões marcadas para este sábado. Quem adquiriu o ingresso pode pedir o ressarcimento ou agendar nova data.

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“Aqueles que tiverem adquirido ingressos para o dia 4 podem solicitar o reembolso do seu ingresso ou estornar o valor pago para a sua carteira digital e com isso escolher o novo dia e horário para visitação. Pedimos, por favor, que entrem em contato pelo e-mail ajuda@byinti.com informando os dados da compra.”

Ao menos duas árvores também caíram na Avenida Águia de Haia, entre a Rua Apoquitaua e a Rua Francisco Monteiro, na Ponte Rasa, na zona leste de São Paulo na sexta-feira. Moradores ficaram sem energia nas ruas do entorno. Ônibus ficaram parados na Avenida Águia de Haia sem conseguir seguir caminho, onde o trecho foi interrompido. Na manhã deste sábado, as árvores ainda não tinham sido totalmente removidas e o trânsito permanecia desviado na região. Também há relatos de ruas escuras na última madrugada, em razão das fortes chuvas e queda de energia.

De acordo com a Subprefeitura Ermelino Matarazzo, equipes de poda também aguardam a conclusão do serviço da concessionária Enel para iniciar os trabalhos de remoção das árvores. Com relação a ocorrências relacionadas à falta de iluminação devido à queda de árvores, as equipes da Defesa Civil atuam após a liberação da Enel.

Árvore e galhos caídos na Rua Maria Figueiredo, no Paraíso, zona sul, após vendaval e chuva forte Foto: ALEXANDRE CALAIS/ESTADÃO

A Enel Distribuição São Paulo informou que as fortes chuvas e rajadas de vento de até 100 km/h que atingiram parte da área de concessão da distribuidora na tarde de sexta-feira provocaram quedas de árvores e galhos na rede elétrica, interrompendo o fornecimento de energia para alguns clientes. Entre os bairros que ficaram sem energia estavam Brooklin e City América.

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Na manhã deste sábado, a companhia reforçou as equipes em campo, nos canais de atendimento e no centro de controle e está trabalhando de forma ininterrupta para normalizar o fornecimento de energia para todos. Informou ainda que as regiões mais afetadas foram as zona sul e oeste e está avaliando a extensão dos danos causados.

Árvores caídas nas imediações do Parque do Ibirapuera Foto: André Norberto Carvalho/Arquivo Pessoal

Aeroporto de Congonhas

Os voos no aeroporto de Congonhas também foram afetados na sexta-feira. Houve uma pane elétrica e o embarque de passageiros foi suspenso. Neste sábado, as operações no aeroporto ocorrem normalmente.

Interior paulista

Tempestade derrubou árvores e destelhou casas em Sorocaba, no interior de SP Foto: Prefeitura de Sorocaba/Divulgação

A tempestade derrubou árvores, destelhou casas e deixou um rastro de destruição em Sorocaba. Houve registro de quedas de árvores nos bairros Ouro Fino, Árvore Grande, Vila Angélica, Alto da Boa Vista, Santa Rosália e no centro. Os destelhamentos atingiram imóveis da região central e dos bairros de Brigadeiro Tobias e Vila Hortência. A queda de árvores e de placas de publicidade atingiu a rede elétrica e causou explosões em transformadores de energia. Algumas das principais avenidas da cidade foram interditadas.

Ilha Bela

Moradores também relatam falta de energia em IlhaBela. Eles citam o bairro do Bexiga, entre a Praia Grande e a Praia do Curral.

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A Defesa Civil do Estado foi informada que, em decorrência das chuvas de sexta-feira, foram registradas oito quedas de árvores, uma delas atingiu uma residência, mas não houve danos relevantes ao imóvel. A família permaneceu no local. Não foram registradas outras ocorrências significativas, não houve registro de vítimas.

Com relação aos relatos de falta de energia, a Neoenergia Elektro disse que intensificou o número de equipes nas ruas. Desde sexta-feira, equipes atuam no restabelecimento do fornecimento de energia. “Na sexta-feira mesmo, 99% dos clientes estavam com a situação normalizada. Neste momento, estamos atuando em casos pontuais no sul da Ilha, nos bairros: Portinho, Bexiga, Curral e Veloso.”

Mairinque

A queda de árvores também derrubou postes e deixou ruas sem energia, de acordo com moradores de Mairinque.

A CPFL Piratininga disse que uma forte tempestade atingiu os municípios da área de concessão na sexta-feira, com queda de muitas árvores impactando trechos da rede elétrica nas cidades afetadas.

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“Com ventos acima de até 151 km/h, velocidade equivalente a um furacão, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a tempestade deslocou-se por grande parte do interior do estado até o litoral, com quedas de árvores de grande porte, destelhamentos, deslizamentos e alagamentos”, disse.

Na região da CPFL Piratininga, Jundiaí, Sorocaba, Mairinque, Indaiatuba, Salto, Itu, Capela do Alto, Votorantim e a Baixada Santista tiveram mais impactos.

“Todo o efetivo da distribuidora foi imediatamente mobilizado e está atuando para restabelecer o fornecimento de energia aos serviços essenciais, como hospitais, unidades de serviço de abastecimento de água e demais serviços públicos prioritários a segurança da população. Nestes momentos, o mais importante é garantir a segurança de todos.”

A CPFL também alerta para que ninguém toque em fios partidos ou galhos de árvores que estejam caídos sobre a rede elétrica. “Acione imediatamente a CPFL e o Corpo de Bombeiros e aguarde o atendimento”, orientou a companhia.

A empresa ressalta que, além do site, do APP CPFL Energia e do WhatsApp (19) 99908-8888, o registro da falta de energia pode ser feito pelos seguintes canais de atendimento: CPFL Piratininga - SMS: 27304 e Call Center: 0800 010 2570 (ligação gratuita).

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