Incêndio destrói 23 mil hectares do Parque Nacional da Serra da Canastra

No local fica a nascente do Rio São Francisco; fogo foi completamente debelado na tarde desta quinta-feira

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Por Leonardo Augusto
Atualização:

BELO HORIZONTE - O Corpo de Bombeiros de Minas Gerais conseguiu combater na tarde desta quinta-feira completamente um incêndio de grandes proporções que teve início no sábado, 15, no Parque Nacional da Serra da Canastra, onde fica a nascente do Rio São Francisco, na Região Centro-Oeste do Estado. Dezesseis grupos, entre bombeiros e brigadistas, com um total de 73 pessoas, e apoio de helicópteros e aviões, ajudam a apagar as chamas. O clima seco na região dificultou o trabalho das equipes.

Corpo de Bombeiros retoma combate à incêndio que se iniciou há cinco dias no Parque Nacional da Serra da Canastra, em Minas Gerais Foto: Divulgação/Corpo de Bombeiros Militar do Estado de Minas Gerais

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O fogo destruiu 23.850 hectares de área do Parque, que tem aproximadamente 200 mil hectares. Nesta quinta-feira, quando os trabalhos foram retomados, o principal temor, de acordo com o Corpo de Bombeiros, era de que o vento e a altitude do local, de aproximadamente 1,5 mil metros, aliados à circulação do ar, poderia carregar fagulhas para outros pontos do parque, aumentando ainda mais a possibilidade de destruição. Devido à pandemia do novo coronavírus, o local está fechado para visitação pública. Ainda não foram identificadas as causas do incêndio, que pode ter origem criminosa.

Por ser uma área de difícil acesso, as aeronaves utilizadas no combate às chamas, um helicóptero e dois aviões, foram usados no transporte de parte das equipes e no lançamento de água sobre as chamas. Outra parte do grupo de militares e brigadistas foi levada aos focos de incêndio em veículos de tração forte.

O Parque Nacional da Serra da Canastra tem vegetação predominantemente de cerrado e abriga espécies animais ameaçadas de extinção, como o pato mergulhão.

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Segundo informações do Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), o local "apresenta ainda dois sítios arqueológicos em condições de preservação e segurança precários e ainda mal estudados". Ainda conforme o instituto, os sítios são formados por pinturas rupestres "e outros elementos ainda não totalmente identificados".

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