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Lula sobre incêndios: ‘Meu governo não terceiriza responsabilidade; precisamos fazer mais’

Presidente discursou na abertura da Assembleia Geral da ONU em meio à alta de queimadas no país; gestão federal está sob pressão diante do avanço da seca e das queimadas

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Foto do author Iander Porcella
Foto do author Sofia  Aguiar
Foto do author Caio Spechoto
Atualização:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu nesta terça-feira, 24, a atuação de seu governo nos incêndios que se alastraram pelo País, mas admitiu a necessidade de o governo federal fazer mais contra a crise climática. Durante a abertura do Debate Geral da 79ª Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, o petista disse que o Palácio do Planalto “não terceiriza responsabilidades”.

A gestão federal tem sido alvo de críticas diante do avanço da seca e da escalada de incêndios nas últimas semanas - o governo tem sido alertado sobre os riscos desde o início do ano, conforme mostrou o Estadão. Na Amazônia e no Pantanal, o número de queimadas bateu recorde no 1º semestre. Já a estiagem é a mais grave em sete décadas, desde o início das medições federais.

Presidente discursou na abertura da assembleia da ONU nesta terça-feira Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República

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O discurso de Lula destacou as mudanças climáticas. O presidente afirmou que seu governo também luta contra quem “lucra com a degradação ambiental” e criticou o garimpo ilegal e o crime organizado.

“No Sul do Brasil, tivemos a maior enchente desde 1941. A Amazônia está atravessando a pior estiagem em 45 anos. Incêndios florestais se alastraram pelo País e já devoraram 5 milhões de hectares apenas no mês de agosto”, disse Lula.

“O meu governo não terceiriza responsabilidades nem abdica da sua soberania. Já fizemos muito, mas sabemos que é preciso fazer muito mais”, emendou o petista.

Lula disse que o Brasil reduziu o desmatamento na Amazônia em 50% no último ano e prometeu erradicá-lo até 2030. O presidente defendeu que não é admissível pensar em soluções para as florestas tropicais sem ouvir os povos indígenas e outras comunidades tradicionais.

“Nossa visão de desenvolvimento sustentável está alicerçada na bioeconomia. O Brasil sediará a COP-30 (a Cúpula do Clima da ONU, que será realizada em Belém) em 2025 convicto de que o multilateralismo é o único caminho para superar a mudança climática”, disse.

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“Nossa Contribuição Nacionalmente Determinada (a NDC, metas de corte de emissões de gases estufa apresentadas por cada um dos países) será apresentada ainda este ano, em linha com o objetivo de limitar o aumento da temperatura do planeta a 1,5ºC”, disse.

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