Deputado Rodrigo Agostinho é novo presidente do Ibama

Parlamentar, que não foi reeleito, já vinha atuado como chefe do principal órgão da pasta; ministra Marina Silva também anunciou Edel Moraes para Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável

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Atualização:

A ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas, Marina Silva, anunciou na sexta-feira, 13, o deputado federal Rodrigo Agostinho (PSB-SP) como novo presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama). O parlamentar, que não foi reeleito, já vinha atuado como chefe do principal órgão federal da pasta.

Agostinho tem histórico de atuação em temas ambientais e participou de uma série de reuniões com a ministra nas últimas semanas. Como o Estadão mostrou nesta semana, ele já apontou os nomes mais indicados para assumir as diretorias do órgão, como a que cuida de licenciamento ambiental e das ações de fiscalização contra o desmatamento.

Rodrigo Agostinho (PSB-SP) tem histórico de atuação na área ambiental e participou do processo de transição ao lado de Marina Silva  Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados

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Pelas redes sociais, Marina destacou o currículo do parlamentar e sua atuação em defesa da pauta ambiental no Congresso Nacional. De acordo com comunicado do ministério, Agostinho destacou o desafio de reestruturar órgão – o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro é criticado internacionalmente por desmontar as políticas ambientais do País.

“Após tantas perseguições, assédios e erros estratégicos, vamos exercer a racionalidade. Nosso trabalho terá como foco prioritário o combate ao desmatamento; o fortalecimento da gestão pública socioambiental; a modernização das nossas estruturas e a defesa intransigente do meio ambiente equilibrado”, afirmou Agostinho, segundo o comunicado.

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O nome do parlamentar já era cotado para assumir o posto desde o início da transição de governo, quando Marina Silva ainda fazia o diagnóstico do setor, com a sua equipe técnica. Agostinho atuou ao lado de Marina durante toda a transição.

Trajetória

Rodrigo Agostinho é biólogo, ambientalista e advogado formado pela Faculdade de Direito de Bauru - Instituição Toledo de Ensino (2001). É mestre em Ciência e Tecnologia com ênfase em Biologia da Conservação pela USC e especialista em Gestão Estratégica pela USP.

Foi gerente executivo do Instituto Arapyaú (2016-2018) e é ex-prefeito do município de Bauru (SP). Tem experiência na área de Direito, com ênfase em Direito Público, Administrativo e Ambiental, e experiência em Águas, Mudanças Climáticas, Biologia da Conservação e Biodiversidade.

No Congresso, foi presidente da Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CMADS) da Câmara dos Deputados (2019/2020). Integrou como titular a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CREDN), Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (CAPADR), Comissão de Desenvolvimento Urbano (CDU), Comissão de Minas e Energia (CME) e Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO).

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Como o mandato do parlamentar vence no dia 31 de janeiro, na quinta-feira, 12, Marina havia anunciado os presidentes interinos do Ibama e do Instituto Chico Mendes (ICMBio), que atuarão por enquanto. No Ibama, o comando passa a ser feito pelo servidor e analista ambiental Jair Schmitt. No ICMBio, quem assumiu o comando interinamente é Marcelo Marcelino de Oliveira.

A ministra também indicou na sexta o nome que ficará à frente da Secretaria de Desenvolvimento Rural Sustentável do MMA. Trata-se de Edel Moraes. A secretaria é a responsável por promover a transição sustentável do atual modelo de desenvolvimento agrícola e rural do país.

Edel tem origem em comunidades extrativistas do Pará e foi a primeira mulher a ser vice-presidente do Conselho Nacional das Populações Extrativista (CNS) e vice-presidente do Memorial Chico Mendes. Ela é doutoranda no Centro de Desenvolvimento Sustentável (CDSUNB), mestra em Desenvolvimento Sustentável junto aos Povos e Territórios Tradicionais, especialista em Educação do Campo, Desenvolvimento e Sustentabilidade e integra o Grupo de Estudos e Pesquisa da Amazônia.

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