Náutilo de papel, caranguejo no meio de anêmona e baleia ferida: veja fotos vencedoras de concurso

Revista britânica elege as melhores imagens dos oceanos e da sua biodiversidade

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Por Redação

A revista britânica Oceanographic revelou os vencedores do Ocean Photographer of the Year 2023, concurso de fotografia internacional que premia os melhores registros dos oceanos e da sua biodiversidade ao longo do último ano. A bióloga e fotógrafa subaquática chinesa Jialing Cai foi a vencedora geral da competição, que tem nove categorias e é aberta para pessoas do mundo todo.

O clique da Jialiang captou, no Oceano Pacífico, um náutilo de papel, um tipo de cefalópode que estava sobre uma vara de madeira à deriva, nas Filipinas, sudeste da Ásia. “Navegando pela baixa visibilidade e pela densa neblina durante um mergulho em águas negras, encontrei esta fêmea de náutilo de papel. Quando apertei o obturador, as partículas refletiram minha luz”, disse a chinesa, especialista em fotografia de água negras, à revista.

Náutilo sobre uma cara de madeira foi a foto vencedora da competição. Foto: Jialling Cai/Oceanographic Magazine

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A vencedora será contemplada com um prêmio em dinheiro de € 1,5 mil, e terá a oportunidade de participar de uma expedição do Censo Oceânico como fotógrafa colaboradora, entre outros prêmios que envolvem a exibição do registro em diferentes espaços – em redes sociais, livros e exposição ao redor do mundo.

Em segundo lugar, ficou o fotógrafo russo Andrei Savin, que registrou o momento exato em que um caranguejo senta no centro de uma anêmona do mar, também nas Filipinas. “Naquele dia tirei dezenas de fotos de uma anêmona com configurações diferentes. De repente, como num passe de mágica, um caranguejo saiu e sentou-se bem no centro. Eu só tive que apertar o botão”, disse.

Foto do russo Andrei Savin, nas Filipinas, de anêmona do mar com um caranguejo ao centro levou o prêmio de segundo lugar. Foto: Andrei Savin/Oceanographic Magazine

A terceira colocação ficou com o fotógrafo espanhol Álvaro Herrero Lopez-Beltran, que captou imagens de uma baleia jubarte, que ficou presa em cordas e boias, momentos antes de ela morrer nas águas do México. “A imagem é uma triste metáfora da morte lenta e dolorosa que estamos causando ao nosso planeta e aos oceanos”, afirma.

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“Este foi o momento mais triste que experimentei no oceano. Por um lado, senti uma grande tristeza e desesperança. Por outro lado, estou feliz por ter minha câmera para capturar esta triste imagem e mostrar ao mundo o que estamos fazendo. Espero que esta imagem gere impacto suficiente para produzir mudanças reais”, completou Lopez-Bentran.

O registro do fotógrafo espanhol momentos antes da morte de uma baleia jubarte, no México, ficou na terceira colocação geral. Foto: Álvaro Herrero Lopez-Beltran/Oceanographic Magazine

Os ganhadores foram revelados no último dia 14.

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