A Cúpula da Amazônia começa nesta terça-feira, 8, com a presença de pelo menos cinco chefes de Estado de países da região. As autoridades farão uma série de reuniões em Belém, no Pará, para discutir a preservação da floresta.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chegou à capital paraense nesta segunda-feira e participa das atividades da Cúpula até o encerramento do evento, na quarta.
Como funciona e quem faz parte da Cúpula da Amazônia?
Durante esses dias, a agenda será pontuada por encontros bilaterais com países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA), que inclui além do Brasil, a Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Peru, Suriname e Venezuela. Entre os líderes da OTCA, os chefes de Estado do Suriname e do Equador não virão ao evento. Além deles, Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, cancelou a participação nesta terça-feira.
Assim, são esperados para o evento, além de Lula, os presidentes Luis Arce (Bolívia), Gustavo Petro (Colômbia), Irfaan Ali (Guiana) e Dina Boluarte (Peru).
O que é a Declaração de Belém?
Já na terça-feira, dia 8, deve ser lançada a Declaração de Belém, que reunirá o compromisso dos oito países detentores da floresta para a preservação do bioma. No segundo dia, o encontro será aberto a convidados que não compõem a OTCA, como a República do Congo, a República Democrática do Congo, Indonésia e São Vicente e Granadinas.
O texto da declaração foi apresentado pelo Brasil e passou por uma série de negociações desde a última sexta-feira, dia 4. Negociadores do corpo diplomático dos países da OTCA se reúnem diariamente para chegar a consensos no documento. Apenas objetivos em comum acordo podem constar no texto.
O que já está ocorrendo nesta segunda-feira?
Antes do início oficial da Cúpula, nesta segunda-feira, 7, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, fizeram uma declaração conjunta.
Durante toda a segunda-feira, representantes dos países que compõem a OTCA, principalmente ministros, farão reuniões preparatórias antes do encontro dos chefes de Estado.
Marina Silva afirmou nesta segunda-feira, 7, que, mesmo que a meta de desmatamento seja atingida, o mundo precisa interromper a emissão de gases por combustíveis fósseis, ou a Amazônia será prejudicada.
“Sabemos que temos de trabalhar num espaço multilaretal global. Mesmo que consigamos reduzir o desmatamento em 100%, se o mundo não parar com as emissões por combustível fóssil, vamos prejudicar a Amazônia de igual forma. Nossos presidentes têm essa clareza”, afirmou Marina.
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