Operação de PF e Ibama contra garimpo no Pará destrói máquinas avaliadas em R$10 milhões

Objetivo das ações é reprimir atividades de garimpo ilegal no Rio Tapajós e reprimir outros crimes ambientais que impactam na região de Alter do Chão

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Foto do author André Borges
Atualização:

BRASÍLIA – As ações de combate ao garimpo ilegal realizadas pela Polícia Federal e o Ibama no Pará prosseguem nesta quinta-feira, 17, com incursões na região de Jacareacanga, município que é cortado pelo Rio Tapajós. As máquinas de grande porte, balsas, equipamentos, veículos e suprimentos inutilizados até agora tem valor estimado em R$9,97 milhões. 

As ações, que tiveram início na segunda feira, 14, quando a PF deflagrou a Operação Caribe Amazônico, nas proximidades da terra indígena Munduruku, do Pará. O objetivo das ações é reprimir atividades de garimpo ilegal no Rio Tapajós, por meio da apreensão de materiais e destruição de maquinários utilizados na prática ilegal, além da repressão de outros crimes ambientais que impactam na região de Alter do Chão.

Com objetivo de reprimir atividades de garimpo ilegal no Rio Tapajós, a Polícia Federal deflagrou a operação Caribe Amazônico nesta semana no Pará Foto: Polícia Federal

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Nesta quinta-feira, os policiais e agentes do Ibama chegaram em um vilarejo conhecido como Vila Rica, dentro do município de Jacareacanga. A região é conhecida pela extração ilegal de ouro e madeira. Houve destruição de máquinas no local. Para dispersar manifestantes, foram utilizadas bombas de gás e houve correria na vila. 

Ontem, a operação contabilizou a destruição e apreensão de 17 escavadeiras hidráulicas na região, 26 motores-bomba, duas antenas de satélite, duas motos, um carro, uma balsa, três geradores e um trator esteira. Foram ainda destruídos 14 acampamentos e 39 mil litros de combustível.

Como mostrou o Estadão, o deputado federal José Priante (MDB-PA), primo do governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), criticou as ações contra o garimpo ilegal e disse que a operação “é um espetáculo que está sendo feito”, ao referir-se à queima dos equipamentos. “Salvo o Greenpeace, qualquer pessoa se assusta com uma atitude dessa. É uma operação de guerra, uma ação hollywoodiana”, comentou.

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