Operação Verde Brasil 2 na Amazônia será prorrogada até abril de 2021, diz Mourão

Ação começou em maio e havia sido adiada até novembro deste ano, enfrentando lentidão na liberação dos recursos por parte do governo

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Foto do author Daniel  Weterman

BRASÍLIA - A Operação Verde Brasil 2, realizada para combater o desmatamento ilegal na Amazônia, vai ser prorrogada até abril do ano que vem, anunciou o vice-presidente Hamilton Mourão. A operação começou em maio e havia sido adiada até novembro deste ano, enfrentando uma lentidão na liberação dos recursos por parte do governo Jair Bolsonaro.

O vice-presidente da República Hamilton Mourãopreside o Conselho da Amazônia. Foto: Dida Sampaio/Estadão

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A execução dos recursos da Verde Brasil 2 é lenta desde o lançamento, em maio deste ano. Nos primeiros dois meses, somente 3,8% do total planejado havia sido liberado. A maior parte dos recursos só foi autorizada efetivamente no orçamento em agosto. 

Até o último sábado, 24, o governo autorizou a aplicação de R$ 418,6 milhões para a operação, sendo que R$ 164,9 até o momento foram realmente empenhados (ou seja, foram liberados para os gastos, mas não necessariamente a despesa já foi feita), de acordo com dados do portal Siga Brasil, mantido pelo Senado Federal, acessados pelo Estadão/Broadcast Político.

Nesta segunda-feira, 26, ao chegar no Palácio do Planalto, Mourão declarou que o presidente Jair Bolsonaro precisa prorrogar o decreto de Lei da Garantia e da Ordem (GLO), que autoriza o empenho das Forças Armadas na operação, até semana que vem. "Vai até abril, vamos prorrogar. A decisão está tomada", disse o vice-presidente.

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A falta da liberação de todos os recursos para a operação, de acordo com Mourão, exige a prorrogação. Ainda há R$ 180 milhões para o governo colocar na operação, nos cálculos apresentados pelo vice-presidente, que coordena o Conselho Nacional da Amazônia Legal. Os recursos precisam ser empenhados no orçamento federal ainda neste ano, lembrou.

As ações da Verde Brasil ocorrem em faixas de fronteira, terras indígenas, unidades federais de conservação ambiental e outras áreas federais da Amazônia Legal. A missão começou em 11 de maio com foco em ações preventivas e repressivas contra delitos ambientais na Amazônia Legal após pressão internacional para o País dar respostas contra a destruição da floresta.

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