Quando o calor acaba? Veja as previsões em SP e outras partes do Brasil

Partes do Sudeste e do Centro-Oeste ainda vão registrar altas temperaturas até esta quinta-feira, 28. Já a região Sul sentirá os efeitos ainda nesta quarta-feira, 27, em razão da frente fria e do ciclone

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Foto do author Renata Okumura

A intensa e longa onda de calor que atingiu o Brasil desde 17 de setembro de 2023 está chegando ao fim. Em alguns Estados, a máxima passou de 40°C nos últimos dias. Conforme a Climatempo, a mudança climática se deve à formação de uma frente fria no Sul do País, associada a um ciclone extratropical, e o enfraquecimento do grande sistema de alta pressão atmosférica sobre o Centro-Oeste e o Sudeste.

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Partes do Sudeste e do Centro-Oeste ainda vão registrar altas temperaturas até esta quinta-feira, 28. Já a região Sul sentirá os efeitos ainda nesta quarta-feira, 27, em razão da frente fria e do ciclone.

“O ar frio de origem polar entra no Sul e vai fazer um friozinho nos próximos dias. As temperaturas ficam amenas pelo menos até domingo, 1º”, acrescenta a empresa brasileira de meteorologia.

O ciclone extratropical que se formou em alto-mar próximo à costa de Santa Catarina e ao litoral norte do Rio Grande do Sul entre a noite de terça-feira, 26, e a madrugada desta quarta intensifica a instabilidade na região com muita chuva, vento e tempo severo, conforme a Defesa Civil gaúcha.

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“O ciclone vai trazer vento forte com rajadas ocasionalmente intensas mais na área da Lagoa dos Patos, setor sul da Grande Porto Alegre, leste da Serra, litoral norte gaúcho, planalto sul catarinense e a costa catarinense”, acrescenta a MetSul.

Nestas áreas, em média, as rajadas devem ficar entre 60 km/h e 80 km/h, mas com picos de 80 km/h a 90 km/h em alguns setores da orla e até de 100 km/h ou mais nas montanhas da Serra do Mar.

Enquanto o fenômeno climático se afasta rapidamente na quinta-feira da costa do Sul do Brasil, a frente fria avança na direção de São Paulo e do Mato Grosso do Sul.

No entanto, a frente fria avança sobre o Sudeste e encontra calorão, o que aumenta o risco de temporais nesta quarta-feira em São Paulo.

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Conforme a empresa Meteoblue, a temperatura cai drasticamente em São Paulo a partir desta quinta-feira. Há ainda previsão para chuva até domingo.

Movimentação no Sesc 24 de maio no último sábado, diante de um dia bastante quente. Foto: Werther Santana/Estadão - 23/09/2023

Previsão para São Paulo nos próximos dias:

  • Quarta-feira: entre 17ºC e 31ºC
  • Quinta-feira: entre 15ºC e 17ºC
  • Sexta-feira: entre 15ºC e 21ºC
  • Sábado: entre 16ºC e 27ºC
  • Domingo: entre 17ºC e 21ºC
  • Segunda-feira: entre 16ºC e 22ºC

Segundo a Climatempo, as pancadas de chuva vão ocorrer em praticamente toda a região Sudeste e as temperaturas tendem a voltar ao normal.

Ainda nesta quarta, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo podem registrar 40°C ou mais, mas as temperaturas já começam a ficar mais amenas a partir desta quinta-feira.

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“Com máximas previstas em 41°C para o Rio de Janeiro, 38°C para Vitória e 39°C para Belo Horizonte, as três capitais ainda podem ter recorde de calor nesta quarta”, projeta a Climatempo.

Na região Centro-Oeste, o vento frio trazido pela frente fria em Mato Grosso do Sul causa grande diminuição do calor.

“O enfraquecimento do sistema de alta pressão atmosférica permite a formação de nuvens carregadas sobre Mato Grosso e Goiás e as pancadas de chuva voltam a ocorrer nesta quarta”, acrescenta a Climatempo. A chuva deve permanecer até o fim de semana, o que fará as temperaturas diminuírem.

Onda de calor que atingiu a maior parte do Brasil nos últimos dias do inverno vai continuar na primavera

A estação das flores teve início no último sábado, 23, sob influência do fenômeno El Niño e, por isso, com previsão de temperaturas acima da média em grande parte do País e chuvas intensas na região Sul, principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.

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Segundo o coordenador-geral de Ciências da Terra do Inpe, Gilvan Sampaio, o El Niño deve influenciar o clima no Brasil até o início do ano que vem, reduzindo o volume de chuva nas regiões Norte e Nordeste.

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