Na comunidade de ribeirinhos de Santa Helena do Inglês, localizada a 40 quilômetros de Manaus, uma iniciativa pioneira leva conforto e praticidade aos moradores que sonhavam com uma convivência sustentável com o ambiente amazônico. Desde junho, ribeirinhos locais começaram a receber luz de um sistema de captação de energia solar.
Integrante também da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Rio Negro, no município de Iranduba (AM), o projeto é parte de um programa chamado "Sempre Luz", uma parceria da Fundação Amazônia Sustentável (FAS) com a empresa Unicoba.
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De acordo com o projeto, o sistema foi instalado em todas as casas e propriedades privadas, além de consumidores de energia como igreja, centro comunitário, escola e iluminação pública. A luz por energia solar beneficia 32 famílias, cerca de 100 pessoas, que moram na comunidade, por meio de uma solução de tecnologia considerada inovadora e sustentável e aprovada pelos ribeirinhos e comunidades indígenas.
O sistema de captação solar tem 132 painéis, 54 baterias de lítio e 9 inversores híbridos de última geração, informam os técnicos da FAS. A central de energia solar fica em uma área aberta da comunidade. O projeto está ainda na fase piloto, mas já em funcionamento, fornecendo energia do sol para Santa Helena do Inglês.
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De acordo com informações da FAS, as baterias de lítio apresentam vantagens em relação às de chumbo, que também são usadas nos sistemas. A FAS sustenta que o material é menos agressivo, tem maior durabilidade, segurança e a tecnologia permite o monitoramento remoto e a garantia de seu correto funcionamento.
O projeto pretende avaliar e documentar o uso como forma de validar a utilização do sistema também em outros locais. Pelos planos da FAS, a ideia é que até dezembro a energia solar alcance outras comunidades, como Boa Frente, na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) do Juma, em Novo Aripuanã, além da comunidade do Bauana, RDS de Uacari, em Carauari; e na aldeia Munduruku, em Nova Olinda do Norte.