Suíça anuncia doação ao Fundo Amazônia sem citar valor

Cifras serão definidas nos próximos dias e devem ser divulgadas até a semana que vem pelo Ministério da Economia suíço e o BNDES

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Foto do author Felipe Frazão
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BRASÍLIA - A Suíça anunciou nesta quarta-feira, 5, que fará contribuições ao Fundo Amazônia. O país se tornou, assim, o quarto novo doador anunciado em 2023. Representantes do governo suíço, no entanto, não revelaram os valores do aporte inicial, que vem sendo negociado entre o país europeu e o Brasil.

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O conselheiro federal da Suíça, Guy Parmelin, confirmou a decisão de aderir ao Fundo Amazônia ao participar da abertura do Fórum Brasil-Suíça de Investimentos e Inovação em Infraestrutura e Sustentabilidade, no Palácio do Itamaraty.

“A partir de hoje, aprimoraremos nosso engajamento. Tenho o prazer de anunciar que a Suíça vai contribuir para o Fundo Amazônia”, disse Guy Parmelin. “A primeira contribuição será nas próximas semanas. Queremos lançar essa parceira com o Brasil e outros países.”

O embaixador da Suíça, Pietro Lazzeri, disse ao Estadão que as cifras serão definidas nos próximos dias. Segundo ele, os detalhes devem ser anunciados até a semana que vem, de comum acordo entre o Ministério da Economia da Suíça e o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).

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“Uma primeira contribuição imediata tem o objetivo de iniciar uma cooperação de longo prazo com esse importante instrumento e destacar o apoio da Suíça ao compromisso ambiental do Brasil”, disse Lazzeri. “A contribuição suíça reforça nossos compromissos existentes, como o financiamento de fundos globais para o clima (GEF e CIF), o apoio ao Fundo Amazônia e outros programas em prol da sustentabilidade.”

A Suíça era um dos países que já estudavam, há alguns anos, ingressar na lista de doadores do fundo e vinha em negociações com autoridades brasileiras. O Fundo Amazônia é o mecanismo de obtenção de recursos mais prestigiado pelo governo Lula.

Os embaixadores têm sido orientados a indicar a preferência para que recursos sejam alocados no Fundo Amazônia, gerido pelo BNDES. O dinheiro é depositado mediante a confirmação de efetiva redução de desmatamento alcançada pelo Brasil.

O vice-presidente Geraldo Alckmin, também ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, afirmou que o fundo é importante para a recuperação da floresta e que o governo vai entregar dados concretos de redução do desmatamento, em esforço que inclui as Forças Armadas para combate a crimes, como o garimpo clandestino.

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Neste ano, outros três novos doadores já haviam se comprometido a destinar recursos: os Estados Unidos (US$ 500 milhões), o Reino Unido (80 milhões de libras esterlinas) e a União Europeia (20 milhões de euros). Nenhuma nova contribuição, porém, foi efetivada até o momento.

Além disso, a Alemanha anunciou em janeiro novo aporte ao fundo, no total de 35 milhões de euros, dentro de um pacote mais amplo de 203 milhões de euros, em iniciativas ambientais e climáticas no País. A Alemanha é o segundo maior doador histórico do Fundo Amazônia - atrás apenas da Noruega.

Desde sua criação em 2008, o Fundo Amazônia já arrecadou efetivamente R$ 3,3 bilhões. As maiores contribuições vieram da Noruega e da Alemanha, além de uma parcela da Petrobras.

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