Ativistas do grupo ecologista Just Stop Oil (Parem com o petróleo, em tradução livre) vandalizaram nesta segunda-feira, 13, com um grafite laranja o túmulo do famoso naturalista britânico Charles Darwin, na Abadia de Westminster, em Londres, para denunciar a inação política diante do aquecimento global.
Em um vídeo publicado pelo grupo no X (antigo Twitter), é possível ver dois ativistas escrevendo com tinta laranja “1,5 está morto”, uma referência ao limite de 1,5 °C de aumento da temperatura global estabelecido pelo acordo climático internacional de Paris.
O observatório europeu Copernicus informou na sexta-feira, 10, que o ano de 2024 foi o mais quente nos registros. Também foi o primeiro a ultrapassar a marca de aquecimento de 1,5°C em relação ao período pré-industrial - o Acordo de Paris, pacto global assinado por quase 200 países em 2015, tinha o objetivo de evitar que o planeta superasse esse teto até o fim do século.
A ação tem como objetivo exigir “que o governo do Reino Unido trabalhe com outros (países) para acabar com a extração e o uso de combustíveis fósseis até 2030″, afirmou Just Stop Oil em um comunicado.
“Darwin se reviraria em seu túmulo se soubesse que estamos no meio de uma sexta extinção em massa”, disse uma das duas manifestantes, Alyson Lee, de 66 anos, no vídeo publicado nas redes pelo grupo, conhecido por ações impactantes para denunciar a exploração de hidrocarbonetos.
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A polícia disse que prendeu duas mulheres suspeitas de causar danos “com o que parece ser tinta em pó na Abadia de Westminster”.
No passado, o grupo focou suas ações em locais culturais britânicos, como a National Gallery, onde ativistas borrifaram “Os Girassóis” de Vincent Van Gogh com sopa, bem como eventos esportivos, como o Grande Prêmio de Fórmula 1 em Silverstone ou o torneio de tênis de Wimbledon, também no Reino Unido. Vários de seus ativistas foram condenados a penas de prisão após participar dessas operações./AFP
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