Como entender o mal-estar à nossa volta?
Não se trata de fazer amálgamas. Depois de terem se manifestado no último sábado, pela 5ª vez, alguns milhares de franceses pretendem protestar novamente amanhã, dia 22. Agora é Versalhes que os bárbaros oportunistas, que se juntam aos manifestantes, gostariam de quebrar, incendiar, pilhar. As tragédias de Estrasburgo e Campinas, os coletes amarelos, os quebradores da ultradireita e ultraesquerda que semeiam o caos, o cemitério judaico na Alsácia profanado com suásticas, o terrorismo, os psicóticos, as surpreendentes revelações sobre João de Deus, o ódio, preconceito e ressentimento nas redes sociais, tudo têm em comum, de fato, vítimas, carrascos e bodes expiatórios. Enxergar isso é talvez o primeiro passo para entender o que se passa.