Em 19 de dezembro, o Rio de Janeiro ganhou o futurístico Museu do Amanhã, em prédio assinado pelo arquiteto catalão Santiago Calatrava. Em frente, na Praça Mauá, funciona desde março de 2013 o Museu de Arte do Rio, famoso pela cobertura suspensa com design de onda. Os dois museus integram o projeto Porto Maravilha, uma ampla requalificação da região portuária da cidade. E são ícones de um Rio que se prepara para ser, mais uma vez, protagonista do turismo brasileiro (e mundial), como sede da Olimpíada de 2016.
Só isso justificaria a votação unânime que a cidade recebeu pelos jurados na escolha do Viagem de destinos para visitar no próximo ano. Mas há outra razão: neste 2015 de crise e dólar instável, muitos brasileiros estão trocando os destinos no exterior pelos nacionais nos seus planos de viagem. VEJA TAMBÉM: Diretor do Museu do Amanhã fala sobre sujeira na Guanabara
A tendência vem sendo detectada pela Sondagem do Consumidor: Intenção de Viagem, feita mensalmente pela Fundação Getúlio Vargas para o Ministério do Turismo. A pesquisa, em 2 mil domicílios e referente a novembro, detectou que, dos brasileiros dispostos a viajar nos próximos seis meses, 81,7% pretendem ir a destinos nacionais, e 13,8% ao exterior. Em novembro do ano passado, o Brasil foi escolhido por 79,6% dos entrevistados; roteiros internacionais estavam nos planos de 13,8%.
Tal preferência pelo Brasil levou a outra votação unânime, Fernando de Noronha, e na escolha de destinos internacionais mais baratos, de maneira geral.
Os motivos que levaram a África do Sul a ser o 10º destino mais votado você descobre a seguir. Para saber quais foram os outros nove lugares, quem foram os jurados e como a nossa eleição foi feita, clique aqui. 10º ÁFRICA DO SUL Enquanto Leonardo Marques, do Melhores Destinos, cita os “bons preços”, a diretora da Braztoa, Magda Nassar, lembra o “luxo extremo”. Outras duplas de opostos ajudam a definir a África do Sul. Natureza em estado selvagem e vibrantes metrópoles; praia e montanha; cozinha de raiz e gastronomia internacional. A variedade de opções turísticas com perfis tão distintos torna a África do Sul um destino para qualquer tempo. No atual momento econômico, preços mais amigáveis são mais um ponto a favor. A tarifa básica da passagem aérea com a South African, que opera 10 voos semanais diretos entre São Paulo e Johannesburgo em 8 horas de viagem, é de US$ 759, pelo menos US$ 100 mais em conta que os valores de tabela mínimos para Europa e Estados Unidos. Outro voo direto, da TAM, aguarda autorização para começar a ser operado. LEIA MAIS: Descubra uma nova Joanesburgo O órgão de turismo da África do Sul acaba de lançar uma campanha para atrair mais brasileiros ao destino que inclui descontos. Há pacote de 6 noites entre a Cidade do Cabo e o Kruger Park, por US$ 599, com café da manhã, um safári e carro alugado, sem aéreo. Pesquise no site oficial: oesta.do/sapacote. Quase sempre esquecida pelos brasileiros, Johannesburgo é o lugar do momento para tendências em moda, arte, gastronomia e cultura urbana. A cidade que abriga o aeroporto internacional e costuma ser vista apenas como escala tem vivido um boom criativo que transforma velozmente os bairros centrais. No Maboneng e em Braamfontein, montam base dezenas de estilistas, galeristas, artesãos, músicos e cozinheiros em espaços resgatados de seu antigo perfil industrial e nos mercados de criadores montados nos fins de semana. Sandton, bairro construído para a Copa de 2010, tem as hospedagens cinco-estrelas, grifes e shoppings. Johannesburgo é ainda a primeira parada antes dos safáris no Kruger Park, no nordeste do País. No item safári, aliás, a South African começou recentemente a operar voos entre Johannesburgo e Pilanesberg, no noroeste, onde fica o Parque Nacional Pilanesberg, outra reserva para observar os animais selvagens, e também o resort de luxo Sun City, uma das hospedagens mais famosas do país. VEJA TAMBÉM: Minha mala sumiu no aeroporto. E agora? Já os roteiros de vinho a Franschhoek e Stellenbosch partem da Cidade do Cabo, que tem uma das configurações urbanas mais bonitas do mundo, com seus bairros distribuídos entre a majestosa Table Mountain e o mar, e merece ao menos quatro dias. Dali, vai-se também à litorânea Rota Jardim. De frente para o Oceano Índico, Durban é a cidade grande mais indiana da África do Sul. Do calçadão à beira-mar, com vista para os surfistas na água e os riquixás na rua, ao Victoria Market, com comida, roupas e decoração, é possível ver mulheres de sári, templo e hábitos hindus. Para quem tem interesse especial pela trajetória de Nelson Mandela, o South African Tourism lançou este ano o aplicativo A Jornada de Mandela, em português, para baixar gratuitamente na App Store e na Play Store. São mais de 30 atrativos, entre casas, museus e pontos de passagem relacionados ao líder político. Na África, conheça também Botsuana:
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