Apesar do maior envolvimento das mulheres em funções públicas de tomada de decisão, a igualdade ainda está longe de acontecer. Segundo a ONU, as mulheres ocupam cerca de 21% dos cargos ministeriais em todo o mundo, apenas três países têm 50% ou mais mulheres no parlamento e 22 países são chefiados por uma mulher. Mesmo assim, elas persistem e continuam provando que, quando lideram, trazem mudanças transformadoras a comunidades inteiras e ao mundo em geral.
Foi pensando nisso que a ONU Mulheres se uniu à principal plataforma de liderança feminina do Brasil, a Mulheres Inspiradoras, formada por mais de 600 líderes, desde presidentes de multinacionais a empresárias e artistas.
Sabe-se que é difícil alcançar a igualdade e empoderar mulheres e meninas sem ações de políticas públicas e empresariais. Por isso, a parceria é uma união de forças com o objetivo de fortalecer a inclusão de gêneros na economia. A fundadora da plataforma, Geovana Quadros, acredita que criar mecanismos e oportunidades para essas lideranças se conectarem, pode abrir mais espaço para líderes femininas.
E é esse também o caminho que a representante adjunta da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, acredita ser necessário para reduzir as desigualdades que ainda existem entre homens e mulheres no mundo do trabalho. "O empoderamento econômico das mulheres passa pelo acesso à igualdade de oportunidades e reconhecimento de potencialidades. Termos mais mulheres em cargos de liderança em grandes corporações significa uma mudança estrutural urgente e necessária quando pensamos em representação, mas também demonstra o potencial que estas mulheres podem ter para promover outras mudanças estruturais necessárias na vida de outras mulheres e na sociedade como um todo."
Nesse movimento de "uma sobe e puxa a outra", quem ganha somos todos e todas nós.
Amanda Noventa escreve sobre o papel da mulher em diversos lugares do mundo. Acompanhe pelo instagram @amandanoventa
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