Há algum tempo o Tinder não é mais apenas um aplicativo para marcar um encontro na cidade onde você está. Mas uma ferramenta importante no planejamento de viagem de solteiros. Cada vez mais viajantes brasileiros usam a plataforma para organizar um date antes mesmo de partirem. E muitos estrangeiros fazem exatamente a mesma coisa antes de embarcarem para o Brasil.
Para mostrar o quanto esta tendência está em alta, o Tinder compilou as buscas recentes dos brasileiros e das nacionalidades que mais usaram a função 'Passaporte', que permite buscar por "matches" em qualquer lugar do mundo. Ou seja, antes mesmo de sentar na janelinha os assinantes do plano Tinder Plus já podem conversar com pessoas interessantes no seu destino e agendar encontros.
E nesse verão brasileiro muita gente está indo viajar com compromissos marcados. Miami, Nova York e Los Angeles estão há anos entre os principais destinos de férias dos brasileiros. Por isso, não é de se espantar que os Estados Unidos liderem as buscas. Seja para viagens curtas ou intercâmbios mais longos, estas cidades acabam concentrando o foco dos viajantes daqui.
A Inglaterra aparece em segundo lugar no ranking de preferência dos brasileiros. Logo na sequência vem o Japão, mostrando que mesmo com fuso-horário e distância os brasileiros estão se organizando para encontrar alguém interessante nessas férias.
Com a vantagem do idioma comum, Portugal ficou em quinto lugar no ranking dos países estrangeiros mais buscados pelos usuários brasileiros do Tinder. Além disso, o número crescente de brasileiros indo viver no país europeu também pode ser interpretado como a busca por uma companheira ou companheiro, além de trabalho e moradia.
Mais um país europeu com muito potencial é a Espanha, outra grande porta de entrada na Europa e destino de mochilões e viagens pelo continente. Entre Barcelona e Madri, uma infinidade de cidades universitárias podem explicar a sexta posição. Muito distante geográfica e culturalmente, a Austrália aparece em seguida.
Embora seja o destino mais próximo de nós, a Argentina ficou na 7a colocação no ranking. Completando a lista, França e Suíça nos fazem imaginar que neste verão os brasileiros que estão indo viajar munidos com seu aplicativo de relacionamentos estão buscando destinos gelados e uma companhia para curtir o frio. De preferência com um bom vinho.
De lá pra cá.
Por outro lado, o Tinder também é usado por estrangeiros que estão prestes a vir aproveitar o nosso verão. Muito diplomaticamente os Estados Unidos parecem ter adotado política de reciprocidade e lideram a lista dos que mais têm espiado nossas riquezas naturais no app.
Contrariando o primeiro ranking, nossos vizinhos argentinos estão de olho nos usuários brasileiros e ocupam a segunda posição. Não é de hoje que há um fluxo massivo de viajantes da Argentina para cá. Ou seja, o fim de ano não deve ser muito diferente de outros em cidades praieiras como Florianópolis (SC), Búzios (RJ) e Pipa (RN).
Ainda de acordo com as buscas no Tinder, surgem em seguida usuários de três países europeus que andam atraídos pelos brasileiros. São eles, Grã-Bretanha (3o), Alemanha (4o) e França (5o). O último do continente na lista é Portugal, com a 7a posição, indicando que alguns portugueses devem vir tentar a sorte no amor no verão brasileiro.
Vizinho latino americano e país que tem os brasileiros liderando seu fluxo de visitantes estrangeiros, o Chile aparece em 6o lugar. Muito embora não recebamos tantos visitantes dessas nacionalidades, australianos (8o), malaios (9o) e turcos (10o) têm se interessado mais pelos brasileiros no Tinder.
Como usar a função "Passaporte"
Disponível para assinantes das versões Tinder Plus e Gold, a função de busca global é simples de ser utilizada. Para isso basta alterar a sua própria localização nas configurações ou indicar em um mapa mundi onde pretende procurar. A partir daí é preciso deslizar pelos perfis dos usuários até dar match, ou seja, uma afinidade entre duas pessoas. E depois basta bater papo, sacar se a outra pessoa tem mesmo a ver contigo e - quem sabe? - marcar um encontro.
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.