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Visitar Buenos Aires é como aprender a dançar tango: o melhor é se deixar levar pela música. Assim, permita que a cidade, como boa dançarina que é, te conduza. Você pode ir parar em um palácio do século 19. Ou se deparar com o pôr do sol às margens do Rio da Prata. Quem sabe até descobrir uma espécie de “carnaval” em plena segunda-feira.
Em minha quarta passagem pela cidade, foram três semanas “bailando” para lá e para cá, me sentindo como uma local. Aprendi que a tal fama de “metidos” dos portenhos é, na verdade, o orgulho de sua cultura – como é possível constatar nos mais de cem museus espalhados pela cidade. Assim, cada um deles vai tentar provar que o país faz o melhor churrasco, o melhor doce de leite, o melhor sorvete, a melhor pizza, a melhor erva mate e por aí vai.
Por isso,experimentei de tudo para comprovar se tantos atributos são verdadeiros ou apenas papo-furado. Cheguei à conclusão que é melhor deixar a rivalidade para o futebol e ir de coração aberto. O máximo que pode acontecer é você se apaixonar pela cidade e, assim como eu, sempre arrumar uma desculpa para voltar e matar as saudades dos sabores e cenários que só existem por lá.
Me hospedei em Villa Crespo, um gracioso bairro residencial (um pouco afastado do centro) repleto de restaurantes e bares movimentados, lojinhas de decoração e roupas, praças e quitandas de frutas coloridas. Outra vantagem de ficar ali é que em apenas 20 minutos de caminhada – ou em 10 quadras, como eles dizem –, é possível estar em um dos deliciosos bares de Palermo. Para facilitar: quando os portenhos informarem que tal lugar está a 2 quadras de distância, calcule que para andar uma quadra gasta-se de 2 a 3 minutos.
Outra dica valiosa para quando sair com locais: o conceito de “tarde” é bastante relativo. Baladas (boliches, como se diz por lá) só ficam cheias lá pelas 3h da manhã: portenho janta entre 22h e 23h e faz esquenta até as 3h. Não é algo exclusivo dos jovens. É comum ver crianças acordadas em restaurantes depois da meia-noite e casais de idosos tomando sorvete às 2h da manhã, mesmo durante a semana.
Esses hábitos dão a sensação de que eles desfrutam mais o tempo. Talvez pela pequena distância entre os bairros ou pela praticidade do transporte público 24 horas, o fato é que não é preciso uma ocasião especial para ver amigos e família, mesmo numa terça-feira à noite. Bares e restaurantes estão sempre movimentados.
O hábito de tomar mate
Uma forma mais econômica de se reunir é para tomar mate (eles dizem que nosso chimarrão é diferente porque a erva é mais escura). Trata-se de algo sagrado para os argentinos, um hábito diário que, assim como um bom vinho, não se toma sozinho. Basta chegar à casa de alguém para ser recebido com a pergunta: “Tomamos unos mates?”. Ou acabar com um grupo de amigos, como eu, sorvendo a bebida em Puerto Olivos, um pequeno porto às margens do Rio da Prata, de onde assistimos ao pôr do sol. O amargo do mate geralmente é quebrado com algo doce, como facturas (pães doces de variados sabores) ou galletitas (bolachas doces).
Se for sua primeira passagem por Buenos Aires dê uma passada pelo Caminito, visite a Casa Rosada, tire uma foto clássica no Obelisco, jante em Puerto Madero e curta um show de tango. Mas também encaixe programas com menos turistas e mais cultura local. Aqui vão oito dicas de programas pouco convencionais para você “bailar” pela cidade como um legítimo portenho. Ou, ao menos, como um turista descolado.
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Antes de ir
Como chegar
São 3 horas de São Paulo a Buenos Aires. Numa pesquisa para viajar em junho, a Ethiopian apresentou a tarifa mais barata (R$ 676, ida e volta). Na Gol, a partir de R$ 1.162 e na Latam, de R$ 1.009,22. Câmbio
R$ 1 equivale a 10 pesos. Cuidado ao trocar o dinheiro: há muitas notas falsificadas em circulação.