Já faz um tempinho que o estereótipo do mochileiro obrigatoriamente jovem e sem dinheiro caiu por terra. Afinal, rodar o mundo com sua mochila é também um estilo de viagem para muitas pessoas, independentemente da idade e do saldo bancário. Pois agora finalmente começa a ser desfeito o estereótipo de que o turismo de luxo está confinado às faixas etárias mais elevadas - e com dados bastante palpáveis para tal. Novas pesquisas confirmam nesta virada do ano que o viajante de luxo está mais jovem e menos influenciado por redes sociais.
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Um dos levantamentos que embasam essa tendência comportamental há alguns anos apontada pela hotelaria de luxo vem do Brasil: a International Luxury Travel Market Latin America (parte da ILTM, a maior e mais importante rede de eventos internacionais do turismo de luxo), em parceria com o Panrotas(maior e mais importante publicação brasileira para o trade turístico), confirmou esse movimento na pesquisa encomendada para seu Anuário de Luxo 2024.
A terceira edição da esperada publicação traz nova pesquisa realizada pelo TRVL Lab e mostra que o viajante de luxo - parte fundamental de um mercado que deve crescer mais de 28% no mundo e 26% na América Latina até 2025 - é cada vez mais jovem, mais preocupado com sustentabilidade e, acredite, menos influenciado pelas redes sociais.
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Mais jovens e mais dispostos a gastar com viagens
O novo levantamento, entitulado "As viagens de luxo no Brasil", destaca que este novo perfil do turista de luxo tem majoritariamente idade entre 25 e 49 anos e renda mensal entre R$20 e R$50 mil - e está ainda mais disposto a pagar mais por experiências de viagem de alto padrão (79,64% dos entrevistados confirmaram que têm orçamentos maiores e específicos para viagens).
No segmento das viagens de luxo, os chamados Millennials (com idade entre 30 e 39 anos) avançaram a já representam quase metade deste mercado (48,2%). A Geração Z cresce anualmente sua participação nesse quadro e já ocupa 28% do nicho. E mesmo os viajantes muito jovens, que ainda não bancam sozinhos suas próprias viagens (ou ainda não estão autorizados a viajar sozinhos), têm cada vez mais influência sobre as decisões de viagem da família.
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Neste cenário, as chamadas "blended travels" (viagens que unem diferentes objetivos ou propósitos em um mesmo itinerário) ganham cada vez mais espaço. As experiências gastronômicas continuam fundamentais em qualquer destino, seja através em restaurantes estrelados ou pequenos negócios familiares.
Hotéis menores, cruzeiros de expedição são preferidos e experiências mais genuínas menos formais já são apontados como preferidos pela maioria.E o turismo high-low (ou hi-lo), misturando experiências de luxo com outras mais econômicas, virou o queridinho da geração Z neste nicho.
Uma outra conclusão importante da nova pesquisa da parceria ILTM & PANROTASé que o viajante de luxo mais jovem tem plena consciência de como funciona o ultra rentável mercado de influência nas redes sociais (com posts pagos, permutas e afins) e dá cada vez menos importância às recomendações de influencers ao decidir suas viagens (46% dos entrevistados afirmam que estes não têm absolutamente nenhuma influência em suas decisões de viagem).
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Nicho em contínua ascensão
Com o nicho do turismo de luxo ainda em contínua ascensão e viajantes cada vez mais exigentes em suas escolhas, o levantamento concluiu também que, em todas as faixas etárias e gerações entrevistadas, a busca por ajuda profissional para planejar e executar a maioria de suas viagens segue sendo prioridade. A valorização de agentes e consultores de viagem segue (felizmente) em alta.
A pesquisa revelou também que os viajantes de luxo pretendem realizar pelo menos uma viagem internacional em 2024 - e que destinos na França, Portugal, Itália, Estados Unidos, Maldivas e Japão aparecem como os prediletos do segmento para o próximo ano.
O levantamento completo pode ser conferido aqui.
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