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Turismo de luxo, hotelaria e novas tendências do mercado de viagens e turismo

Vila Carnaúba deve mudar a cara do Preá

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Por Mari Campos

De destino quase secreto, majoritariamente frequentado por locais, a paraíso de kitesurfistas do mundo todo, a praia do Preá, no Ceará, viveu grandes transformações nos últimos anos. Das pequenas pousadas de outrora ao luxuoso (e excelente!) Casana Hotel, o destino se consolidou também no mercado de luxo nacional e estrangeiro - e receberá em 2o26 uma esperada unidade Anantara, além de outros hotéis e empreendimentos. E não vai parar por aí: a chegada da Vila Carnaúba deve mudar a cara do Preá enormemente nos próximos anos.

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Entrada da praia do Preá. Foto: Mari Campos

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O Vila Carnaúba é um grande projeto imobiliário desenvolvido no Preá (iniciado em 2020, quando ainda era chamado de Flow), que deve ter sua primeira fase inaugurada já no ano que vem. Desenvolvido pelo Grupo Carnaúba, holding brasileira com foco em desenvolvimento imobiliário, o projeto defende que transformará a praia do Preá, vizinha a Jericoacoara de um lado e Barrinha do outro, no principal destino turístico planejado e sustentável do Brasil.

"Descobri o Preá há cerca de dez anos, por conta do kitesurf, e me apaixonei", diz Julio Capua, fundador do Grupo Carnaúba e ex-sócio fundador da XP Investimentos. "O Preá é o lugar ideal para quem gosta de esporte, aventura e natureza, e ali estamos desenvolvendo um projeto que visa fomentar o desenvolvimento local muito além do turismo", garante. Capua hoje lidera o Grupo Carnaúba, que inclui outros antigos sócios da XP e os arquitetos Miguel Pinto Guimarães e Sérgio Caldas.

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Vila Carnaúba e Preá

O projeto ambicioso do Vila Carnaúba, desenvolvido à beira-mar no Preá, terá um condomínio de casas de alto padrão e de luxo (em modelos pré-definidos pelo projeto, mas à escolha do comprador), escola de kitesurf, ampla estrutura de lazer e o segundo hotel Anantara no Brasil (este com inauguração prevista somente em 2026).

Com arquitetura vernacular, o empreendimento oferece lotes de 500 a 5000 m2 e tem planos de criar uma fazenda solar nos próximos anos. O grupo também está desenvolvendo ali um clube de hospedagem com estrutura similar a produtos de time sharing e alguns louváveis projetos comunitários e de reflorestamento.

O projeto do condomínio prevê iluminação reduzida à noite para preservar o panorama do céu e minimizar o impacto da presença humana na fauna local. E, como está separado da areia e do mar por uma área protegida (APP) de mangue, uma bela passarela de madeira está sendo construída para garantir que o acesso dos hóspedes à praia seja feito de maneira sustentável, com o mínimo impacto ambiental possível.

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O Vila Carnaúba se estenderá por 513 mil metros quadrados à beira-mar- de um total de 20 milhões de m² em terras compradas pelo Grupo Carnaúba no destino - e, de acordo com o projeto, contará com ruas 100% de areia, casas sem muros (todas com vista para lagos) e acesso vetado a carros de todo tipo.

Além de quadras, piscinas e outros espaços de lazer, o condomínio contará com exclusivo club de kitesurf, além de um "Kite container" (um container antigo totalmente reciclado e transformado), que funcionará como uma espécie de lounge e depósito na areia para hóspedes kitesurfistas, como os "ski concierges" costumam funcionar em hotéis de luxo de resorts de neve.

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O projeto do Vila Carnaúba está sendo desenvolvido pelo grupo simultaneamente ao Carnaúba Wind House, uma espécie de clube de hospedagem que pretende oferecer o conforto de uma casa de férias com estrutura hoteleira e exclusividade de clube.

Executivos do Grupo Carnaúba afirmam que o projeto se diferencia dos modelos tradicionais de time sharing por não possuir nenhum tipo de restrição de datas nem casas preestabelecidas a seus membros. O Carnaúba Wind House está sendo construído anexo ao Rancho do Kite, também na praia do Preá, e terá toda sua estrutura para kitesurfistas (incluindo armazenamento de equipamentos ali mesmo ao longo do ano) operada pelo Rancho.

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Sustentabilidade como ferramenta para planejamento

Para compensar as intervenções no destino e fazer valer a ideia de transformar o Preá em um destino turístico sustentavelmente planejado, o Grupo Carnaúba está tocando também, paralelamente, outros projetos sociais na região.

Segundo executivas do grupo com as quais conversei enquanto visitava as obras e projetos em andamento no Preá, a ideia é criar impactos sociais, econômicos e ambientais no destino, colaborando para seu desenvolvimento realmente planejado.

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Um dos lagos do Vila Carnaúba. Foto: Mari Campos

Os projetos em andamento são realizados com funding exclusivo da holding ou através do Instituto Camboa, criado pelo próprio grupo. Merece destaque a proposta de gestão de resíduos e reciclagem de lixo desenvolvido em parceria com a Coopbravo em Barrinha, distrito vizinho ao Preá.

Batizado de Mais Vida, Menos Lixo, o projeto idealizado por professores da escola municipal Expedito José de Freitas, já conta com adesão de 97% da comunidade local (que recebe gratuitamente sacos e sacolas para descarte e separação do lixo) e já foi contratado por 19 empreendimentos diferentes para gerir e descartar seus resíduos de maneira sustentável. Com isso, os cooperados já conseguiram triplicar a renda obtida com a reciclagem.

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Detalhe do viveiro do Vila Carnaúba. Foto: Mari Campos

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Outra iniciativa bastante interessante é a criação de um viveiro orgânico e sustentável inteiramente dedicado ao reflorestamento dos terrenos do Vila Carnaúba e do Carnaúba Wind House. O belo viveiro já cultivou mais de dez mil mudas de 62 espécies diferentes, todas nativas da região, que serão usadas no reflorestamento do condomínio e no paisagismo do hotel Anantara Preá.

Supervisionado pelo biólogo Jardel Batalha e inaugurado em dezembro do ano passado, as mudas são todas pertencentes aos quatro biomas nativos dos terrenos do grupo por ali: cerrado, caatinga, floresta tropical e mata atlântica - incluindo milhares de mudas de Carnaúba, é claro, árvore símbolo do estado do Ceará e da própria holding.

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As mudas são cultivadas com bioadubo criado com a compostagem dos resíduos gerados pelas obras do Vila Carnaúba e do Carnaúba Wind House e o excesso do composto, conforme as obras avançam, está sendo doado a pequenos produtores da região.

Algumas mudas também estão sendo doadas à iniciativa pública; mais de 300 foram entregues à administração do município de Cruz, do qual o Preá faz parte, para serem usadas em praças locais. O terreno do viveiro conta ainda com uma antiga casa sede que o grupo pretende transformar futuramente em um museu dedicado à cultura regional.

Com o plano de trazer, além do Anantara, também outros hotéis para o Preá ao longo dos próximos anos, o Grupo Carnaúba promove ainda projetos sociais na região, incluindo ações de capacitação de mão-de-obra local e saúde.

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Fim de tarde na praia do Preá. Foto: Mari Campos

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À espera de bons frutos trazidos pelos bons ventos

Com o kitesurf estreando como esporte olímpico nos Jogos Paris2024 e o pôr do sol em Barrinha se consolidando nas redes sociais como um dos mais bonitos do Brasil, o potencial turístico do Preá é inegável.

A expectativa por ali é que o aeroporto de Jericoacoara comece a receber seus primeiros voos internacionais a partir do ano que vem (em 2022, foram mais de 2,2 milhões de turistas na região; 330 mil deles viajantes internacionais que procuraram o Preá exclusivamente por causa do kitesurf).

Por aqui, fico de olhos bem atentos, na expectativa de que todos esses planos de minimizar impactos e transformar o Preá em um destino focado em sustentabilidade sejam mesmo eficientes e levados adiante com reais afinco e responsabilidade.

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