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Novo estudo revela que pessoas que sofrem com a doença podem ter aumento de quase duas vezes em um circuito do córtex cerebral. Entenda o que isso significa.
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O trabalho, publicado este mês, pode alterar a compreensão, diagnóstico e tratamento da depressão. Isso porque ele identificou sintomas físicos no cérebro, uma descoberta rara no universo da psiquiatria.
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Doenças psiquiátricas geralmente se manifestam como alterações no humor ou comportamento do paciente e os diagnósticos são feitos por meio de conversação ou observação do comportamento. Não existem testes de laboratório capazes de detectar ou medir correlatos físicos.
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Há décadas, cientistas examinam o cérebro de pessoas com doenças psiquiátricas e os comparam com pessoas saudáveis sem encontrar mudanças significativas. Mas, nos últimos, anos foram desenvolvidos métodos capazes de mapear a anatomia de circuitos cerebrais e sua atividade.
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Um desses métodos é a análise funcional de precisão usando ressonância magnética. Ele exige que a pessoa seja submetida a repetidas coletas de dados em um equipamento de ressonância e, pela primeira vez, foi utilizado para comparar cérebros de pessoas saudáveis com os de quem sofre de depressão.
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No experimento principal, foram comparadas seis pessoas com depressão severa e 37 pessoas normais. Elas tiveram o tamanho e o local de circuitos específicos do cérebro comparados.
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Os cientistas observaram, com uma simples inspeção visual, que uma área denominada de rede da saliência frontoestriatal era quase duas vezes maior (73% em média) nas pessoas com depressão. Depois, a descoberta foi confirmada em outras 135 pessoas com depressão.
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Essa rede de neurônios, os circuitos frontoestriatais, ocupa aproximadamente 3% da área do córtex cerebral e está envolvida no processamento de estímulos relacionados ao prazer. Eles integram, ao nível consciente, respostas do sistema autônomo com desejos e demandas ambientais.
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Os cientistas também descobriram que o aumento permanece ao longo da vida das pessoas, mesmo quando não estão vivendo uma crise depressiva. Até mesmo em crianças essa característica foi encontrada – no futuro, elas desenvolveram depressão.
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Esses resultados demonstram que o aumento pode ser a causa ou a consequência da depressão, servindo para confirmar o diagnóstico, determinar o prognóstico e talvez prevenir episódios de depressão antes que eles ocorram, além de contribuir em estudos sobre causas e medicamentos.
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O principal obstáculo do uso disseminado desta tecnologia é o alto custo do equipamento, a necessidade de exames muito longos, e a complexidade da interpretação. Tudo isso sugere que vai levar algum tempo para esse exame ser incorporado em larga escala no diagnóstico e tratamento da depressão.
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Para saber mais sobre descobertas científicas, acesse o site do Estadão.
Fernando Reinach
Giovanna Castro