5 pontos-chave para entender ‘Memórias Póstumas de Brás Cubas’

O clássico de Machado de Assis viralizou nas redes sociais depois que influencer norte-americana publicou um vídeo elogiando o livro de 1881. Confira um resumo a seguir

‘Defunto-autor’

O narrador do livro, Brás Cubas, se descreve como ‘defunto-autor’: um homem que, depois da morte, torna-se escritor para compor sua autobiografia. Logo no início há uma peculiar dedicatória: “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas”.

Elite carioca do século 19

O protagonista nasceu em berço de ouro, na elite carioca do século 19. Por meio dele, Machado tece críticas ácidas às hipocrisias e caprichos das classes abastadas, denunciando a moral duvidosa e a preocupação com as aparências acima de tudo. O texto tem tom irônico e pessimista.

As memórias

A trama começa com a morte do protagonista, vítima de pneumonia. Então, o defunto volta no tempo e apresenta suas memórias: a infância travessa; a juventude em Coimbra e a primeira amante, a prostituta Marcela; as tentativas de se estabelecer na vida adulta, como assumir o posto de deputado e viver um relacionamento adúltero com Virgínia.

Digressão

Recurso usado pelo narrador para fazer comentários secundários. Brás Cubas recorre às digressões ao apresentar, por exemplo, reflexões de ordem filosóficas e metáforas absurdas. Sustenta, assim, um tempo psicológico paralelo aos episódios descritos.

Fracassos

É uma vida resumida a fracassos: Brás Cubas teve amantes, mas não se casou nem teve filhos; não alcançou reconhecimento na carreira; não conseguiu nem mesmo terminar um ambicioso projeto, o ‘emplastro’, remédio que tudo curaria - uma tentativa final de tornar-se um homem memorável.