Escritores reclusos que rejeitaram os holofotes, como Dalton Trevisan e Elena Ferrante

Dalton Trevisan

Ele foi um dos maiores escritores brasileiros - e o grande contista do País. Viveu em Curitiba, não deu entrevista, continuou escrevendo e relendo sua obra. O Vampiro de Curitiba, ganhador do prestigioso Prêmio Camões, morreu na segunda, 9, aos 99 anos

Elena Ferrante

Na verdade, o grande mistério é a identidade da autora, cujo nome é um pseudônimo. Escreveu a celebrada tetralogia napolitana, que se tornou uma série na HBO, e A Filha Perdida, que virou um filme estrelado por Olivia Colman. O Estadão conversou com a escritora por e-mail, único meio pelo qual concede entrevistas

Raduan Nassar

O brasileiro é dono de uma obra diminuta, porém enorme no ponto de vista da qualidade. Depois de Lavoura Arcaica, Um Copo de Cólera, e de um livro de contos, ele se calou. Não falou mais sobre sua obra, reconhecida com o prêmio Camões, e cuidou de sua fazenda. Ressurgiu em 2012

Rubem Fonseca

Vencedor do Prêmio Camões e morto em 2020, ele foi um dos grandes autores brasileiros do século 20. Evitou eventos públicos e entrevistas e deixou obras como Feliz Ano Novo, Agosto e O Seminarista

Thomas Pynchon

Autor de Contra o Dia e O Último Grito, entre outros romances celebrados, nunca deu uma entrevista sobre sua obra. O americano nasceu em 1937 e tem hoje 87 anos

J.D. Salinger

Assustado com a fama, o autor de O Apanhador no Campo de Centeio se retirou da vida pública nos anos 1950 - ele morreu em 2014. Recentemente, seu filho falou ao Estadão sobre a vida do pai

Murakami

Haruki Murakami até é visto por aí, mas não dá entrevista. Principal nome da literatura japonesa, sempre cotado para o Nobel, tem 75 anos e é autor de obras como Norwegian Wood

Escritores, pintores e músicos escolheram a produção reclusa para elaborar grandes obras