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Saul Klein, filho caçula do fundador da empresa, contesta desde o ano passado o inventário do pai, que morreu em 2014
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Saul Klein (na foto), filho caçula de Samuel Klein, que fundou a Casas Bahia, contesta o inventário do pai, que morreu em 2014. Em ações no Brasil e nos EUA, ele tenta obter informações do irmão, Michael, inventariante do espólio de Samuel, sobre bens e direitos que poderiam ter ficado de fora do espólio.
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Representantes de Saul alegam que o patrimônio de Samuel (na foto) contabilizava, 24 meses antes de sua morte, mais de R$ 8 bilhões - mas que no plano de partilha sobraram apenas R$ 500 milhões.
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A defesa de Michael Klein (na foto) nega irregularidades e argumenta que Saul teve um adiantamento dos recursos a que teria direito por ter vendido sua participação nas Casas Bahia em 2009.
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Em uma petição encaminhada no dia 1º de abril à 4.ª Vara Cível da Comarca de São Caetano do Sul, os advogados de Saul também pedem uma reavaliação dos valores transferidos ainda em vida pelo pai para Michael e para empresas de seus filhos. Eles alegam que bilhões de reais ficaram de fora do inventário de Samuel, por terem sido anteriormente doadas nos dois anos antes de sua morte a esses herdeiros.
Foto: André Lessa/Estadão
Agora, os advogados de Saul reclamam que, em 2013, 25,1% das ações da Via Varejo (que inclui Ponto Frio e Extra), que eram de Samuel, o equivalente a R$ 7,6 bilhões na época, foram repassados a Michael e seus filhos antes da morte do patriarca, e nada a ele. A Via Varejo resultou da venda do controle da família Klein nas Casas Bahia para o Grupo Pão de Açúcar, ocorrida em 2009.
Foto: Felipe Rau/Estadão
Advogados de Saul procuraram a polícia e conseguiram a instauração de inquérito para apurar um possível crime de estelionato nos documentos da herança e na mudança de controle da empresa. Eles apresentaram a suspeita de que houve falsificação das assinaturas de Samuel.
Foto: Felipe Rau/Estadão
Segundo a acusação, o principal beneficiado foi o primogênito Michael Klein e os seus filhos. Também uma série de alterações societárias da Casas Bahia provocou a diluição de capital e o cancelamento de parte das ações de Samuel na empresa - permitindo a Michael se tornar o maior acionista da empresa.
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Michael se defende dizendo que detinha procuração para representar o pai. “Não faria nem sentido eu falsificar qualquer assinatura, porque eu tinha procuração para assinar por ele”, afirma. Os advogados de Saul retrucam que, mesmo com procuração, Michael não poderia beneficiar a ele próprio.
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A partilha não foi homologada até hoje por conta da contestação de um pretenso quarto herdeiro de Samuel Klein (foto). Moacyr Ramos, falecido em 2021, iniciou em 2011 a requisição do reconhecimento de paternidade de Samuel e pedia a sua parte na herança. A família de Moacyr tem interesse em seguir com o caso.
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Em meio a tudo isso, o Ministério do Público do Trabalho em São Paulo moveu ação contra Saul por crime de “tráfico de pessoas”. Pelo menos 14 mulheres fizeram acusações - os relatos incluem episódios de estupro e prostituição. Investigações correm desde setembro de 2020 a partir de denúncias, de onde outros processos foram iniciados. Em 2023, a 4.ª vara do Trabalho de Barueri sentenciou o empresário a pagar R$ 30 milhões.
Foto: Acervo Estadão
Quer saber mais detalhes sobre a disputa familiar em torno da herança de Samuel Klein?
Carlos Eduardo Valim
Jessica Brasil Skroch