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O Kremlin informou nesta sexta-feira, 16, a morte na prisão de Alexei Navalni, considerado o maior rival de Putin
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Navalni ganhou notoriedade ao denunciar supostos esquemas de corrupção em estatais russas. Uma das suas primeiras medidas foi comprar uma participação em empresas russas de petróleo e gás para se tornar um acionista ativista e pressionar pela transparência. Seu ativismo passou então para a crítica em grande escala ao sistema político sob Putin.
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Navalni estava atrás das grades desde janeiro de 2021, quando regressou a Moscou depois de um período na Alemanha. Desde então, ele recebeu três sentenças - as quais afirmou que tinham motivação política. Em agosto, Navalni foi condenado a mais 19 anos em prisão de segurança máxima por organizar, financiar e convocar atividades “extremistas”, crimes que ele negou.
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Em 2013, um dia antes da sentença por uma condenação de peculato no qual acabou tendo a pena suspensa, Navalni candidatou-se a prefeito de Moscou. Na disputa, ele terminou em 2º lugar, atrás do titular Sergei Sobianin, que tinha o apoio de Putin.
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Em 2020, Navalni ficou gravemente doente durante um voo. Após um pouso de emergência na Rússia, ele foi levado para tratamento na Alemanha, onde descobriu-se que tinha sido envenenado. Navalni ficou em coma induzido por duas semanas. “Putin ordenou meu assassinato”, disse ele depois de se recuperar. O Kremlin negou que estivesse por trás do envenenamento.
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Embora as TV estatais tenham ignorado Navalni, suas causas repercutiram entre os jovens russos por meio do YouTube, posts no seu blog e nas redes sociais. Ele frequentemente tuitava comentários sarcásticos da custódia policial ou de tribunais nas muitas ocasiões em que foi preso.
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A prisão não impediu que ele condenasse o que chamou de “guerra criminosa” na Ucrânia, cujo único objetivo, segundo o opositor, é permitir que Putin “mantenha o poder”. Ele também afirmou que Putin “estava perdendo” e aproveitou a impopularidade do conflito para reativar seu movimento político, com o lema “nenhuma guerra, nenhuma mobilização, liberdade para Navalni”.
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Redação Estadão
Associated Press e EFE