Foto: EFE/EPA/YONHAP SOUTH KOREA OUT

Rússia

Sushi envenenado, queda de avião e ataque a tiros: as mortes suspeitas de opositores de Putin

Maxim Kuzmínov e Alexei Navalni, encontrados mortos na última semana, se somam a uma longa lista de pessoas que se opuseram publicamente ao regime de Putin e morreram de forma suspeita. Veja a seguir algumas delas.

Foto: AP Photo/Andrew Medichini

Alexei Navalni

Navalni, considerado o principal opositor de Putin, foi encontrado morto em uma prisão isolada no dia 16 de fevereiro. Até agora, as autoridades russas recusaram-se a entregar o corpo à sua família. Os seus apoiadores acreditam que o governo russo está tentando ocultar um assassinato, o que o Kremlin negou.

Foto: EFE/EPA/STR

Maxim Kuzmínov

Maxim Kuzmínov, um piloto russo que desertou o regime de Putin e sequestrou um helicóptero de combate para fugir à Ucrânia no ano passado, foi encontrado morto na Espanha no dia 13, com o corpo marcado de balas. Kuzmínov fugiu porque era contra a guerra. O chefe da Inteligência Estrangeira da Rússia descreveu Kuzminov como um “traidor e criminoso” que se tornou um “cadáver moral”.

Foto: AP Photo/Dmitri Lovetsky, Arquivo

Ievgeni Prigozhin

O chefe do grupo Wagner Ievgeni Prigozhin morreu em agosto em uma queda de avião. Prigozhin era líder do grupo mercenário que contribuiu na guerra da Ucrânia, mas que promoveu um motim interno. Putin negou que o avião foi derrubado e disse que restos de granada foram encontrados na aeronave.

Foto: REUTERS/Peter Nicholls

Ravil Maganov

Em 2022, Ravil Maganov, presidente da petrolífera Lukoil que criticou a guerra na Ucrânia, caiu do 6º andar de um hospital em Moscou. Na época, a agência Tass disse que ele estava internado após um ataque cardíaco e teria tirado a própria vida. Pessoas próximas Maganov, porém, disseram não acreditar na versão de suicídio.

Foto: Sergey Ponomarev/The New York Times

Boris Nemtsov

Em 2015, o político Boris Nemtsov foi baleado por um atirador desconhecido. Nemtsov foi visto por muito tempo como um possível nome para a presidência. Quando Putin sucedeu ao Boris Yeltsin, ele chegou a apoiá-lo, mas se tornou cada vez mais crítico ao Kremlin. Horas antes de ser assassinado, convocou marchas contra o envolvimento militar da Rússia na Ucrânia.

Foto: AP Photo/Dmitri Lovetsky

Boris Berezovski

Em 2013, o magnata Boris Berezovski foi encontrado morto no banheiro de casa, no Reino Unido, onde vivia em autoexílio desde que começou a ter desentendimentos com Putin. Ele estava com uma corda no pescoço, o que indicava suicídio, mas os legistas não conseguiram determinar a causa da morte.

Foto: AP Photo/Alistair Fuller, Arquivo

Alexander Litvinenko

Também no Reino Unido, o ex-agente da KGB Alexander Litvinenko foi envenenado em 2006 pelos agentes russos Andrei Lugovoi e Dmitri Kovtun, apontou o inquérito britânico. A suspeita é de que eles teriam recebido uma ordem aprovada por Vladimir Putin. Depois de deixar o serviço secreto russo, Litvinenko passou a ser um forte crítico.

Foto: AP Photo/Pavel Golovkin, Arquivo

Anna Politkovskaya

A jornalista Anna Politkovskaya, que criticou o presidente no livro a A Rússia de Putin foi baleada à queima-roupa no elevador do prédio onde morava. Cinco homens foram condenados pelo assassinato, mas o juiz concluiu que o crime teria sido encomendado. Putin negou qualquer envolvimento.

Foto: AP Photo/Dmitri Lovetsky

Sergei Iushenkov

Ainda nos primeiros anos da era Putin, o ex-coronel Sergei Iushenkov foi baleado na porta de casa em 2003 em Moscou. Assim como Alexander Litvinenko, ele acreditava que o governo Putin estaria por trás dos atentados em apartamentos que deixaram centenas de mortos na Rússia em 1999 e estava reunindo evidências que provariam essa tese.

Foto: AP / AP

Saiba mais sobre mortes suspeitas de opositores russos

Leia mais

Reportagem

Redação Estadão

Com informações de

Washington Post, The New York Times e Associated Press.