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Lei de 2018 instituiu o Sistema Único de Segurança Pública; entenda como ele funciona (ou deveria funcionar)
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O SUSP foi criado no governo de Michel Temer por meio da Lei 13.675/2018. Começou a ser discutido no primeiro governo Lula, em 2003. O projeto de lei foi apresentado ao Congresso em 2012, no governo de Dilma Rousseff.
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A ideia era criar na segurança algo equivalente ao Sistema Único de Saúde (SUS), no qual as ações são baseadas em uma única política de Estado. Na Saúde, União, Estados e municípios “trabalham juntos” os programas, as campanhas e as estratégias.
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No SUSP, todas as ações de segurança devem seguir estratégias, metas, procedimentos e manuais comuns, no País todo. O órgão central é o Ministério da Justiça, com a responsabilidade de integrar as ações e colocar as quase 1.600 agências de segurança do País, como polícias e guardas municipais, para “conversar”.
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A integração poderia facilitar o enfrentamento de crimes trans estaduais. Exemplo: nos novos golpes bancários, como roubo de Pix, criminosos de determinado Estado costumam atacar vítimas que vivem em outro. Nesses casos, polícias diferentes precisam trabalhar juntas.
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Mas o problema é a forma como os gestores enxergam o que seria cumprir o que está previsto na Lei do SUSP. Para alguns, basta uma grande operação conjunta aqui e outra acolá, como a realizada em SP nesta semana contra empresas de transporte supostamente ligadas ao PCC.
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Especialistas apontam que, conforme o SUSP, o governo federal precisa assumir o protagonismo do enfrentamento à criminalidade em todo o Brasil, em uma coordenação institucionalizada que não se resuma a operações pontuais.
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Raul Jungmann era o ministro extraordinário da Segurança Pública quando o SUSP foi oficialmente criado, no governo Temer. “Nunca foi implementado. O governo de Jair Bolsonaro deixou de lado. No governo Lula, com Flávio Dino e agora Ricardo Lewandowski, está em processo.”
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Confira a reportagem completa sobre o Sistema Único de Segurança Pública no Estadão.
Vinícius Valfré