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Jair Bolsonaro (PL) e outros 36 foram indiciados pela Polícia Federal (PF) por trama golpista para manter o então mandatário na Presidência após perder nas urnas em 2022.
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Segundo a investigação da PF, o plano golpista tinha militares de alta patente e aliados de Bolsonaro atuando em seis frentes, chamadas de “núcleos”, cujo objetivo era preparar as condições para que o golpe de Estado fosse consumado. O caso começou a ser investigado a partir do acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid.
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Um manuscrito encontrado na sede do PL detalha um esquema para anular a eleição, estender mandatos, trocar todos os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e impedir que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) subisse a rampa do Palácio do Planalto para a cerimônia de posse. A PF aponta que o documento foi produzido após a derrota de Bolsonaro.
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Mesmo antes de Bolsonaro perder as eleições, investidas contra a lisura do processo eleitoral brasileiro foram dadas pelo então presidente e seu grupo. Segundo a PF, em 2019, a ideia de fraude eleitoral já era propagada e, em julho de 2022, foi reforçada em uma reunião ministerial secreta. O clima de desconfiança nas urnas eletrônicas embasaria, então, uma futura tomada de poder.
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Após o 2º turno das eleições de 2022, a trama golpista previa o assassinato da chapa eleita, Lula e Geraldo Alckmin (PSB), e do ministro Alexandre de Moraes, do STF. A discussão ocorreu na casa do general Walter Braga Netto, vice na chapa de Bolsonaro. Outra reunião com os comandantes das Forças Armadas também ocorreu, na tentativa de que aderissem à conspiração.
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A partir de novembro de 2022, um “núcleo jurídico” passou a elaborar a minuta do decreto que formalizaria o golpe. O documento previa a decretação de Estado de Defesa no TSE e a instituição de uma comissão para reverter o resultado das eleições e manter Bolsonaro no poder.
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O plano golpista também contava com o pretexto de que o povo “clamava” por Bolsonaro e pedia intervenção militar, criando um “ambiente propício” para a ruptura institucional, aponta a PF. Para isso, os acampamentos antidemocráticos em frente aos quartéis foram mantidos e, mais tarde, dariam origem aos ataques às sedes dos Três Poderes em 8 de Janeiro.
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Após a não adesão das Forças Armadas e, consequentemente, o cancelamento das execuções, Bolsonaro vai para os Estados Unidos para não passar a faixa presidencial para Lula e aguardar uma possível nova investida golpista – que vem com o 8 de Janeiro. As invasões, entretanto, não foram o suficiente para um estopim que desencadeasse a tomada de poder.
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Entenda em 5 pontos o plano de golpe que levou Bolsonaro a ser indiciado pela PF
Karina Ferreira
Juliano Galisi, André Shalders, Gustavo Côrtes, Vinícius Valfré, Rayssa Motta, Fausto Macedo, Marcelo Godoy e Pepita Ortega