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Sexóloga, prefeita e ministra: Marta saiu do PT em 2015 e nesta sexta-feira, 2, volta à legenda para compor como vice a chapa de Guilherme Boulos à Prefeitura
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Marta Suplicy é formada em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e, na década de 1980, foi apresentadora do quadro Comportamento Sexual, na TV Mulher, com o qual ganhou projeção nacional com dicas relacionadas à educação sexual.
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Foi casada com Eduardo Suplicy de 1964 a 2001. Filiou-se ao PT em 1981, mas só se candidatou a um cargo eletivo em 1994, quando foi eleita deputada federal. Em 1998, foi candidata ao governo paulista. A disputa por uma vaga no segundo turno foi parelha entre Marta Suplicy e Mário Covas (PSDB), mas o tucano superou Marta e, no segundo turno, derrotou Paulo Maluf (PPB).
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Bem votada em 1998, disputou a Prefeitura paulistana em 2000. Ela queria uma aliança com a ex-prefeita Luiza Erundina, que estava rompida com o PT e não arredou de uma candidatura própria. A chapa de Marta e Hélio Bicudo derrotou Maluf no segundo turno. Erundina terminou em quinto lugar.
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Entre os feitos da gestão Marta, estão as criações do Bilhete Único e dos CEUs. As medidas permanecem em vigor até hoje. No entanto, também se atribui ao mandato dela a criação excessiva de tributos, razão pela qual ficou conhecida como “Martaxa”.
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Na eleição seguinte, em 2004, perdeu a recondução ao cargo para José Serra (PSDB). Fora da Prefeitura, passou articular uma candidatura a governadora em 2006, mas perdeu a indicação do PT para Aloizio Mercadante. Em 2007, assumiu o Ministério do Turismo. Nesta ocasião, fez uma declaração que atordoaria sua imagem pública: “Relaxa e goza”, sugeriu aos turistas que enfrentavam uma crise nos aeroportos.
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Permaneceu como ministra do Turismo até 2008, quando tentou retornar à Prefeitura de São Paulo. Ela perdeu a eleição para Gilberto Kassab (DEM). Em 2010, foi eleita senadora e, em 2012, foi nomeada por Dilma Rousseff como ministra da Cultura, pasta que comandou até 2014. No ano seguinte, rompeu com o PT, afirmando que a sigla havia se envolvido em escândalos de corrupção.
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Rompida com o PT, se filiou ao MDB, sigla pela qual permaneceu como senadora até 2018. No período, chegou a disputar a Prefeitura de São Paulo mais uma vez, em 2016. No Senado, votou a favor do pedido de impeachment contra Dilma. Um dos coautores do pedido foi Hélio Bicudo, vice de Marta na Prefeitura paulistana.
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Em 2018, não tentou a reeleição ao Senado e se desfiliou do MDB. Em 2020, apoiou a reeleição do então prefeito Bruno Covas (PSDB) e, no ano seguinte, assumiu a Secretaria de Relações Internacionais. Covas faleceu em 2021, vítima de um câncer, e Marta permaneceu como secretária na gestão do sucessor Ricardo Nunes (MDB).
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Em janeiro 2024, após mediação de Lula, Marta deixou a pasta visando um acordo para compor como vice a chapa de Guilherme Boulos, que tende a ser o principal adversário de Nunes nas urnas em 2024. Afastada do PT desde 2015, Marta volta à sigla em que esteve durante 33 anos.
Juliano Galisi