Foto: Pedro Kirilos/Estadão
A investigação da Polícia Federal (PF) sobre o suposto esquema de espionagem na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) do governo de Jair Bolsonaro (PL) concluiu que ao menos 22 pessoas, entre ministros, políticos, servidores e jornalistas, foram monitorados ilegalmente. Veja quem são as autoridades e outras pessoas vigiadas.
Foto: Nelson Junior/STF
Os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, presidente da Corte, e Alexandre de Moraes estão entre os alvos monitorados com a estrutura da Abin. Em um dos diálogos presentes no inquérito, interlocutores sugerem um tiro na cabeça de Moraes, a quem chamam de “esse careca”.
Foto: Carlos Moura/STF
Dias Toffoli e Luiz Fux são os outros dois ministros da Suprema Corte também presentes entre as pessoas consideradas adversárias de Bolsonaro que foram espionadas no esquema.
Foto: Dida Sampaio e Wilton Júnior/Estadão
No Poder Legislativo, a lista de monitorados é maior: no Congresso Nacional, a Abin paralela vigiou oito parlamentares ou ex-parlamentares. O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), foi um deles, além do ex-presidente da Casa Rodrigo Maia (PSDB-RJ) – ele afirmou que a prática é criminosa e típica das “piores ditaduras”.
Foto: Câmara dos Deputados
Ainda na Câmara, outros dois nomes da lista são o deputado federal Kim Kataguiri (União-SP) e a ex-deputada Joice Hasselmann. A ex-parlamentar disse não se surpreender, afirmando que “via sempre o mesmo carro parado na frente de casa”. Kataguiri disse que a espionagem é mais uma prova do “aparelhamento” criado por Bolsonaro.
Foto: Claudio Knebe e Gabriela Biló/Estadão
Os senadores Omar Aziz (PSD-AM) e Alessandro Vieira (MDB-SE) são dois dos quatro espionados no Senado. Aziz foi o presidente da CPI da Covid, enquanto Vieira tentou convocar o vereador do Rio Carlos Bolsonaro (PL) para depor na comissão, em 2021, para esclarecer se o filho ajudou informalmente Bolsonaro nos assuntos sobre a pandemia.
Foto: Dida Sampaio/Estadão
O relatório da PF aponta que os servidores da Abin teriam monitorado e produzido desinformação sobre outros dois senadores da cúpula da CPI da Covid: o vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), e o relator, Renan Calheiros (MDB-AL).
Foto: Helvio Romero/Estadão
Eleito na onda bolsonarista, o ex-prefeito e ex-governador de São Paulo João Doria também foi monitorado pelo aparato paralelo.
Foto: Vinicius Mendonca/Ibama
Além de políticos e autoridades, os servidores do Ibama Hugo Ferreira Netto Loss e Roberto Cabral Borges, e os auditores da Receita Federal Christiano José Paes Leme Botelho, Cleber Homen da Silva e José Pereira de Barros Neto também estão na lista de monitorados ilegalmente.
Foto: Estadão
A espionagem, que mirava em potenciais rivais do governo, também cercou a imprensa. Os jornalistas Vera Magalhães, Mônica Bergamo, Luiza Alves Bandeira e Pedro Cesar Batista também foram identificados como alvos da estrutura paralela criada dentro do órgão de inteligência.
Foto: Wilton Junior/Estadão
Leia a reportagem completa sobre os supostos monitoramentos da Abin de inimigos políticos durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Karina Ferreira
Pepita Ortega e Eduardo Gayer