Foto: Acervo/Estadão

São Paulo

Edifício Joelma: Relembre a tragédia em 10 imagens

Neste 1º de fevereiro, tragédia que deixou 181 mortos e uma cicatriz em São Paulo chega a 50 anos.

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Incêndio de grandes proporções

O Edifício Joelma, de 25 andares, pegou fogo no dia 1º de fevereiro de 1974, após um problema na instalação do ar-condicionado do 12º andar provocar um curto circuito.

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Falta de equipamento preventivo

O fogo rapidamente se alastrou pelo edifício de salas acarpetadas, com forros de fibra e uma decoração repleta de cortinas e móveis de madeira. Naquela época, não havia movimento de prevenção a incêndios.

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Desespero

Em apenas meia hora, as chamas tomaram conta de quatro andares. Depois, do prédio todo. A alta temperatura e a fumaça tornaram impossível a circulação pelas escadas do edifício e, logo, o pânico e a histeria tomou conta das pessoas. Do alto do Edifício Joelma, alguns se atiraram.

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Sede do Crefisul

Ali funcionava o banco gaúcho Crefisul, que contava com mais de 700 funcionários – além dos 187 que morreram, mais de 300 ficaram feridos. As cenas dramáticas do resgate, com pessoas saindo apavoradas, comoveram a cidade.

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‘Parecia um inferno’, definiu um sobrevivente

Os relatos colhidos pelo Estadão durante a fatalidade são dramáticos. “Só sei que parecia um inferno, com fumaça por todo lado e gente gritando muito”, disse um sobrevivente. “Os corpos começaram a cair como moscas”, relatou um bombeiro.

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Longa jornada de luta contra o fogo

Os bombeiros combateram o fogo por mais de 10 horas. Algumas pessoas se arriscaram e se salvaram usando os elevadores, já que o prédio não possuía escadas de incêndio. Os elevadores foram utilizados até a parada completa do sistema elétrico, o que levou à morte de um ascensorista.

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Uma cidade paralisada

O episódio se tornou um dos capítulos mais dramáticos da história da capital paulista. “O paulistano, que por força do seu regime de vida, já deixou de se sensibilizar com as pequenas tragédias do dia a dia, ontem teve que fazer uma concessão”, descreveu uma reportagem publicada no Estadão naquela época.

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Solidariedade

Pessoas se mobilizaram pela vida de amigos, familiares, conhecidos e até mesmo estranhos que estavam no prédio. Com cartazes, populares aconselhavam as pessoas que estavam nas janelas do prédio a não pularem, aguentando até o resgate.

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Resgates

Os bombeiros utilizaram helicópteros e escadas de incêndio para resgatar os sobreviventes do fogo. Mais de oitenta pessoas foram resgatadas no terraço e outras centenas pelas escadas.

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Críticas à estrutura de combate a incêndios na cidade

A operação de controle do fogo foi marcada por críticas das lideranças do Corpo dos Bombeiros da época. Eles reclamavam de quadro de funcionários reduzido, poucos postos de atendimento, despreparo dos grandes edifícios para incêndios, problemas com a rede de água e falta de material adequado.

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Revolução na prevenção a desastres

A comoção popular e o tamanho da gravidade do acidente, visto a quantidade de mortes, pressionou autoridades a promoverem uma série de medidas a favor da prevenção de incêndios. Saiba mais sobre o assunto na reportagem do Estadão.

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Reportagem

Liz Batista, Edmundo Leite e Leon Ferrari

Produção

Giovanna Castro