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Licitação para realização da obra, orçada em R$ 1,7 bi, terá vencedor anunciado em março, mas há um abaixo-assinado contra ela; entenda
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A Prefeitura de São Paulo pretende anunciar no dia 5 de março a empresa ou o consórcio responsável pelo projeto executivo e implementação do prolongamento da Marginal Pinheiros, na zona sul da capital.
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O projeto, batizado de “Nova Marginal Pinheiros”, está estimado em R$ 1,7 bilhão e conta com 8 quilômetros de extensão. A entrega é prevista em até quatro anos.
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O prolongamento envolveria a margem oeste dos Rios Pinheiros e Jurubatuba, do entroncamento da Ponte João Dias com a Avenida Guido Caloi até a Ponte Vitorino Goulart da Silva, nas proximidades do Autódromo de Interlagos.
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Pavimentação, drenagem, construção de novas pontes e viadutos, abertura de vias e construção de uma ciclovia ao longo de toda a extensão da marginal também estão previstas.
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Ao todo, o projeto abrange três novas pistas de rolamento. Entre as novas pontes, estão uma sobre o Rio Guarapiranga e duas (além de um viaduto) junto à Ponte Transamérica. O objetivo é aumentar as conexões entre as duas margens do Pinheiros.
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Antes prevista, a implementação de um parque linear às margens do rio passou a ser incerta. A gestão Ricardo Nunes (MDB) disse que a “solução paisagística” será definida após “arbitragem dos órgãos ambientais e das concessões de uso vigentes para o local”.
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A incerteza sobre o parque linear desagradou moradores. Uma mobilização contrária à nova via expressa reúne cerca de 5 mil apoiadores em abaixo-assinado, com o argumento de que a área deveria ser recuperada e transformada integralmente em um parque linear.
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Segundo o criador do abaixo-assinado, o projeto atual inviabiliza um parque linear, ainda mais por criar novas pontes e viadutos. “A gente quer uma cidade mais saudável, com mais verde. E a solução de marginal não condiz com isso”, disse, ao Estadão.
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Também há moradores do entorno que apoiam a proposta. “Para quem mora na zona sul e depende da marginal para chegar no extremo sul, será uma melhoria muito grande”, disse um, em comentário feito em publicação da Prefeitura sobre o projeto.
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Para especialistas em urbanismo e engenharia de tráfego ouvidos pelo Estadão, mudanças no entorno dos Rios Pinheiros e Jurubatuba são necessárias, mas a proposta seria ultrapassada, ainda mais com o agravamento das mudanças climáticas.
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Os pesquisadores e consultores avaliam que a proposta não resolverá gargalos no trânsito e pode até agravar problemas ambientais já enfrentados na região. Eles dizem que o prolongamento da marginal é um “remédio vencido”. Ou seja, fazia sentido décadas atrás, mas não hoje.
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De acordo com os especialistas, o entorno da marginal precisa de soluções viárias para melhorar o fluxo, mas não de uma via expressa. Isto é, um tráfego em velocidade menos elevada e mais amigável com outros modos de transporte e com o rio, pensando também no transporte público.
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“Estamos em crise climática e São Paulo não aprendeu nada? Continua a construir do mesmo jeito? Insistindo em emparedar rios em vez de criar ilha de de frescor na beira do rio?”, criticou o vice-coordenador do Laboratório Verde da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, Paulo Pellegrino.
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Segundo a Prefeitura, a decisão sobre o parque linear irá considerar o Estudo de Impacto Ambiental e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), recém-entregue e em análise.
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Um dos pontos atribuídos pela gestão municipal como possível dificuldade para a implementação do parque é a presença de torres de alta tensão no entorno, uma “condição de risco iminente que requer restrições ao acesso para atividades de lazer”.
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A Prefeitura justifica a obra dizendo que ela vai desafogar o trânsito na região, eliminar alagamentos e reduzir o tempo de deslocamentos na região.
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A gestão nunes também ressalta que o edital prevê medidas de controle, mitigação e compensação de impactos ambientais, porém não há detalhamento divulgado até o momento.
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Quer saber mais sobre o projeto para a Marginal Pinheiros? Então acesse o site do Estadão.
Priscila Mengue
Giovanna Castro