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Cientistas estudaram a composição para tentar descobrir a razão de ela provocar cefaleia com mais frequência e intensidade do que outros tipos de bebidas, e identificaram a molécula que pode ser a causadora do problema.
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Há várias hipóteses para explicar esse fenômeno, mas agora um grupo de cientistas descobriu uma explicação convincente.
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Ao contrário das bebidas destiladas, os vinhos têm milhares de componentes químicos: as moléculas das uvas, as criadas durante a fermentação, as produzidas pelo envelhecimento e as adicionadas pelos fabricantes. Os vinhos brancos têm menos moléculas, devido à ausência da casca da uva.
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O álcool some do corpo porque duas reações químicas o transformam em acetato. Primeiro, uma enzima transforma o etanol em aceto aldeído. Depois, o aceto aldeído é transformado em acetato pela enzima aldeído desidrogenase (ALDH). Quando ela está inativa, vêm a dor de cabeça e outros sintomas.
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Existe uma droga (disulfiram) que inibe o funcionamento da ALDH. Quando uma pessoa toma essa droga e consome álcool, o aceto aldeído acumula no corpo e causa dor de cabeça. Os cientistas se perguntaram: será que no vinho tinto não existe alguma molécula capaz de inibir a ALDH?
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Os estudiosos compararam as moléculas dos vinhos tintos com aquelas presentes nos vinhos brancos e destilados. Listaram 13 moléculas mais frequentes nos vinhos tintos, e testaram cada uma dessas moléculas para ver se eram capazes de inibir a enzima ALDH.
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Os testes mostraram que a molécula quercetin-3-glucoronida consegue inibir totalmente a ALDH, gerando um acúmulo significativo de aceto aldeído. O que provavelmente ocorre é que, ao beber vinho tinto, você está ingerindo álcool e um inibidor da ALDH, que causa a dor de cabeça.
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Os cientistas estão fazendo testes para comprovar essa descoberta, retirando do vinho essa molécula. Se a tese for confirmada, o desafio seguinte será produzir vinhos tintos sem quecetin-3-glucoronida, que não vão causar dor de cabeça.
Fabio Grellet