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Nos primeiros 5 meses do ano, o número de focos de incêndios no Pantanal (nos Estados do MT e MS) cresceu quase 900% ante o mesmo período de 2023 - são 899 queimadas em 2024 e 90 do ano anterior, segundo o Inpe.
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Especialistas temem que se repita o cenário de 2020, quando ao menos 26% do bioma foram devastados por grandes queimadas. Naquele ano, os cinco primeiros meses registraram 2.128 focos de incêndio.
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Até o dia 5 de junho, as chamas já tinham consumido 2,3 mil hectares de vegetação, conforme os Bombeiros. Parte das chamas se concentrou na região do Canal do Tamengo, à margem do Rio Paraguai, em Corumbá (MS).
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Parte dos incêndios se explica pela baixa quantidade de chuvas que cai sobre o Pantanal. Segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), desde outubro de 2023, quando começa o período chuvoso, o bioma apresenta um déficit de 40% das chuvas esperadas para o período.
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Além da seca, o bioma tem uma queimada subterrânea em curso, a “turfa”, que é um material orgânico decorrente da decomposição da vegetação. Quando esse material pega fogo, consome a vegetação por baixo da terra e é de complexo controle.
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O Serviço Geológico do Brasil afirma que esta “tal condição tem potencial de provocar estiagem bastante severa este ano, tendo o segundo semestre de 2024 como seu período mais intenso”.
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A combinação das mudanças climáticas com o El Niño também tem agravado a situação. “Na previsão para junho, julho e agosto, há a probabilidade de temperatura acima da faixa normal para regiões como o Pantanal, indicando aumento do risco de fogo”, diz Fabiano Morelli, do Programa Queimadas do Inpe.
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A ministra do Meio Ambiente e Mudança Climática (MAM), Marina Silva, disse trabalhar com a possibilidade de “recursos extraordinários” para contratar brigadistas.
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O governo federal assinou, em 5 de junho, um pacto com Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Acre, Amazonas e Pará que prevê planejamento e ações colaborativas para prevenção e combate aos incêndios no Pantanal e na Amazônia.
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Entre algumas medidas, o governo de MT diz que investiu R$ 30,9 milhões em prevenção e combate a incêndios florestais, incluindo a locação de quatro aviões e a contratação de 150 brigadistas para apoiar ações dos Bombeiros.
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O governo de MS informa que instalou 13 bases do Corpo de Bombeiros, altamente equipadas, com o objetivo de conter os focos ainda no início, evitando que se alastrem.
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Entenda mais sobre a situação do Pantanal na matéria do Estadão
José Maria Tomazela e Paula Ferreira
Caio Possati