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Sustentabilidade

Quais são as praias mais poluídas por microplástico no Brasil?

Estudo da Sea Shepherd Brasil em parceria com a USP encontrou resíduos em todas as 306 praias pesquisadas, mas cidade do litoral de São Paulo lidera em quantidade de microplásticos, seguida por municípios do ES e SC.

Foto: Sea Shepherd Brasil/Divuilgação

O estudo

O projeto Expedição Ondas Limpas percorreu as praias de 201 municípios dos 17 Estados ao longo de 7 mil quilômetros de litoral, do Rio Grande do Sul ao Amapá, de 2022 a 2023. Foram analisadas mais de duas toneladas de lixo, sendo 70% compostos de plásticos.

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1. Mongaguá (SP)

No ranking de cidades com mais microplásticos em suas praias, Mongaguá, no litoral sul paulista, lidera com densidade de 83 fragmentos por m2.

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2. Conceição da Barra (ES)

Em segundo lugar, mas com metade do valor de Mongaguá, está o município do norte capixaba, com 44 partículas de microplástico por m2.

Foto: www.viagensecaminhos.com Jair Prandi/Adobe Stock

3. Florianópolis (SC) e Arroio do Sal (RS)

A capital de Santa Catarina e a gaúcha Arroio do Sal ocupam o 3º lugar na lista de praias mais poluídas por microplásticos por município, com 43 a cada m2.

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4. Natal (RN)

A capital potiguar registrou 39 partículas de microplásticos a cada m2 em suas praias, ocupando o quarto lugar no ranking.

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Pântano do Sul, em Floripa, tem pior índice

Na lista de praias mais poluídas por microplástico considerando áreas por faixa de areia e não municípios, a pior é a Pântano do Sul, em Florianópolis, com 144 partículas por m2, seguida por Praia do Centro, em Mongaguá (83); Praia do Rizzo, Florianópolis (78); e Botafogo, no Rio (55).

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São Vicente (SP) e os macrorresíduos

Se considerar macrorresíduos, como garrafas e sacolas, São Vicente, na Baixada Santista, tem o pior índice, com dez unidades por m2. É quase o dobro da 2ª colocada, Extremoz (RN), que tem seis por m2.

Foto: Sea Shepherd Brasil/Divuilgação

Raio-X dos resíduos

Os resultados do estudo mostram que 100% das praias têm resíduos (lixo) e 97% têm microplásticos. Dos resíduos coletados, 91% são plásticos, 61% são plásticos de uso único, 22% são plásticos de longa vida e 17% são apetrechos de pesca. Um em cada 12 itens coletados é filtro de cigarro.

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Praias urbanas têm mais lixo

“Observamos que praias em áreas urbanas, onde há mais pessoas e atividade humana, tendem a ter mais microplásticos”, diz o relatório. Outros fatores, como proximidade de rios e transporte de resíduos pelo mar, também influenciam.

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Quer saber mais sobre a qualidade da água nas praias brasileiras? Então acesse o Estadão.

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Reportagem

José Maria Tomazela

Produção

Giovanna Castro