Esclareça as suas dúvidas :: Nomes próprios
1 - Uso. Adote normalmente, no noticiário, a forma pela qual a pessoa se tornou conhecida e não seu nome completo, à exceção de casos excepcionais (biografias, necrológios, etc.). Assim, João Figueiredo (e não João Baptista de Oliveira Figueiredo), Paulo Maluf (e não Paulo Salim Maluf); Olavo Setúbal (e não Olavo Egydio Setúbal), etc. Na primeira menção, é obrigatório o uso do prenome e sobrenome - o governador Mário Covas e não o governador Covas, apenas.
2 - Grafia. Lembre-se: o nome da pessoa é uma informação que você presta ao leitor. Por isso, tome com ele o mesmo cuidado atribuído à apuração da notícia. Confira sempre prenome e sobrenome e escreva o nome da forma pela qual a pessoa foi registrada, com y, dois nn, dois ll, dois tt, z, ph, etc. Exemplos: Rubens Barrichello, Raphael de Almeida Magalhães, Delfim Netto, Ruy Guerra, Rachel de Queiroz, Fernando Collor, etc.
3 - Nomes históricos. De acordo com as normas ortográficas vigentes, o Estado coloca na grafia atual os nomes históricos. Assim: Luís (e não Luiz) de Camões, Eça de Queirós (e não Queiroz), Washington Luís, Venceslau Brás, Campos Sales, Rui Barbosa, Aluísio Azevedo, Artur Azevedo, Vital Brasil, Machado de Assis (e não Assiz), etc.
4 - Pessoas mortas. Históricos ou não, os nomes de pessoas mortas serão adaptados à grafia atual: Castelo Branco (e não Castello Branco), Luís Carlos Prestes, Vinícius de Morais, Gilberto Freire, Ulisses Guimarães, etc.
5 - Nomes de mulher. Em geral, a mulher é conhecida pelo prenome: Ruth (Cardoso), Rosane (Collor), Indira (Gandhi). No entanto, esta regra não é terminante e no caso de pessoas notórias, especialmente, não hesite em chamar a mulher pelo sobrenome se esta for a forma usual ou recomendável: Thatcher (e não Margaret), Chamorro (e não Violeta), Aquino (e não Corazón), Navratilova (e não Martina), Sabatini (Gabriela), etc.
6 - Títulos. Em geral, nos títulos, o personagem da notícia é identificado pelo sobrenome: Clinton, Yeltsin, Chirac, Covas, Maciel, Collor, etc. Se já houver, porém, outra pessoa com o mesmo sobrenome ou se alguém for mais conhecido pelo prenome, identifique-o dessa forma: Fernando Henrique, Tancredo, Ulisses, Zenildo (de Lucena), Jânio, etc. Se a pessoa tiver um prenome ou sobrenome composto, deve, nos títulos, quando possível, ser designada pelo mais habitual: Ermírio (Antônio Ermírio), Bresser (Bresser Pereira), etc.
7 - Correção. Nos nomes estrangeiros, especialmente, preste atenção para que o nome da pessoa seja escrito corretamente. Assim, González (Felipe) e não Gonzales; Menem (Carlos) e não Meném ou Menen; Jacques (Chirac) e não Jaques, etc.
8 - Partículas. Inicial minúscula nestas formas: Charles de Gaulle, Werner von Braun, Emiliano di Cavalcanti, Vincent van Gogh, Jean de la Fontaine, Alcide de Gasperi, Leonardo da Vinci. Quando a partícula inicia o nome, porém, use maiúsculas: o general De Gaulle, o cientista Von Braun, os pintores Di Cavalcanti e Van Gogh, o escritor La Fontaine, o político De Gasperi, o inventor Da Vinci.
9 - Aportuguesamento. Os nomes de reis, rainhas, príncipes, princesas, santos e papas normalmente são aportuguesados: Luís XV, Maria Antonieta, Catarina, Santo Tomás de Aquino, São José, Joana d'Arc, Pio XI, João XXIII, Paulo VI, João Paulo II. Em alguns casos também se adaptam os nomes de artistas ou personalidades históricas: Rafael (pintor), Maquiavel, Napoleão (Bonaparte), Júlio Verne e poucos mais. Conserve na grafia original, porém, os nomes de reis, rainhas, príncipes e princesas da atualidade: Elizabeth II, Charles, Andrew, Philip, Sarah, Margrethe, Carl Gustaf, Olaf, etc. Exceção: Balduíno.
10 - Forma original. Todos os demais nomes próprios devem ser mantidos na forma original: Victor Hugo, Honoré de Balzac, Alexander Fleming, Gabriel García Márquez, Jean-Jacques Rousseau, Josef Stalin, Mikhail Gorbachev, Boris Yeltsin, Jacques Chirac, Bill Clinton, Michelangelo Antonioni, etc.
11 - Abreviaturas. Não abrevie os nomes próprios. No caso de personalidades, use a forma que as tornou notícia: John Kennedy, em vez de John F. Kennedy; Chico Buarque, em vez de Chico B. de Holanda; etc. No caso de pessoas que apareçam ocasionalmente no noticiário, transcreva seu nome completo (desde que não muito extenso) ou elimine alguns dos sobrenomes intermediários, mas não os escreva de forma abreviada: O feirante João Almeida dos Santos (em vez de: O feirante João A. dos Santos). / O fazendeiro José Augusto de Almeida Prado (em vez de O fazendeiro José Augusto Chaves de Melo de Almeida Prado ou O fazendeiro José Augusto C. M. de Almeida Prado).
12 - Plural. Ver plural de nomes próprios.