Esclareça as suas dúvidas :: P
Padrão. Liga-se com hífen a outro substantivo: desconto-padrão, desvios-padrão.
Pagão. Flexões: pagã e pagãos.
Pagar. Regência. 1 (tr. dir.) - Pagar alguma coisa: Pagou a consulta. / Pagou as compras. / Pagou o jantar. / Pagou a camisa barato. / Pagou os pecados. / Pagou o que devia.2 (tr. ind.) - Pagar a alguém ou a uma entidade: Deputado não paga a assessor. / Fraudadores devem pagar aos lesados. / Ministérios não pagam à Petrobrás. / O governo paga aos empreiteiros. / Devia pagar-lhe religiosamente. 3 (tr. dir. e ind.) - Pagar alguma coisa a alguém: A empresa pagou o salário aos funcionários. / Pagou-lhe o que prometera. 4 (intr.) - Sem complemento: Cometeu o crime, e pagou. / Entrou sem pagar.
Página. Use na página 17, e não "à página 17".
Pago. Use pago tanto com ser e estar como com ter e haver: Foi ou estava pago, tinha ou havia pago. Tinha pagado, embora correto, está caindo em desuso.
Paiçandu. Com ç.
País. Inicial maiúscula quando designar o Brasil e não houver determinativo: O País manda tropas para a África. Em minúsculas: nosso país, este país ou neste país (mesmo que se refira ao Brasil), o país (qualquer outro que não o Brasil), os países do Prata, etc.
Palácio. Use em palácio para indicar que a pessoa teve uma audiência no palácio e não somente o visitou. Igualmente: Irá a palácio amanhã.
Palavras dispensáveis. O texto deve evitar palavras supérfluas ou dispensáveis. Use, por exemplo: em fevereiro (em vez de no mês de fevereiro), em 1990 (em vez de no ano de 1990), no Paraná (em vez de no Estado do Paraná), em Campinas (em vez de na cidade de Campinas), a prefeitura (em vez de a prefeitura municipal), o Senado (em vez de o Senado Federal), o Congresso (em vez de o Congresso Nacional), a Câmara de São Paulo (em vez de a Câmara Municipal de São Paulo), o Nordeste (em vez de a Região Nordeste), o Sudeste (em vez de a Região Sudeste). Em alguns casos, a expressão entre parênteses pode até ser necessária. Na maior parte das vezes, porém, prefira a forma simplificada.
Palavras inexistentes. Certifique-se sempre de que a palavra que você quer usar existe no idioma. Assim, por exemplo, os dicionários não registram gemeção, mas gemedeira, nem reconciliamento, mas reconciliação e outras como essas. Além disso, evite antecipar-se ao dicionário e partir para a criação indiscriminada de vocábulos, o que resulta em formas como adesivação, cartelização, agudizar, desfavelização, culpabilizar, fisicultor, literatizante, descupinização, urgencializar, contraculturalismo, pretensiosidade, elencado e dezenas de formas semelhantes.
Palestra. Alguém faz, pronuncia ou profere, mas não "dá" uma palestra, que é jargão acadêmico.
Pan... Hífen quando o outro termo começa com vogal, h, b, p, m ou n: pan-americano, pan-eslavismo, pan-islâmico, pan-helênico, pan-mágico, pan-negritude, pan-brasileiro, pan-psiquismo. Nos demais casos: pancontinental, pandinamismo, pangermanismo, pansexualista.
Pan-americano. Com hífen.
"Pano de fundo". Lugar-comum. Não use.
Pantanal. Desta forma: Pantanal Mato-Grossense.
Panturrilha. Prefira barriga da perna.
Pão-duro. Plural: pães-duros. O feminino tem a mesma forma: mulher pão-duro, mulheres pães-duros.
Papa. 1 - Inicial minúscula: o papa, o papa João Paulo II. 2 - Feminino: papisa (prefira) e papesa.
Pão. Plural: pães.
Papai Noel. Tem plural: Havia dois Papais Noéis na loja.
Paparazzi. É a forma do plural: Os paparazzi não davam folga à princesa. O singular é paparazzo: Era um paparazzo muito ousado.
Par. Veja a diferença entre as expressões: A par de equivale a ciente de e em geral se usa com o verbo estar: Estava a par do fato (e nunca ao par do fato). Ao par indica título ou moeda de valor idêntico: título ao par, câmbio ao par.
Para. Ver a (para).
Pára. Pára, do verbo parar, tem acento: Ele pára sempre no sinal vermelho. O acento mantém-se nas palavras compostas, pára-choques, pára-lama, etc., mas não existe em paras e param.
Para... Prefixo (significa semelhante, proximidade, elemento acessório) que se liga sem hífen ao elemento seguinte. O h cai e duplicam-se o r e o s: paracentral, paraestatal, paramilitar, parapsicologia, paraidrogênio, pararreumático, parassimpático.Não o confunda com pára... (ver abaixo).
Pára... Elemento de composição com o sentido de que protege contra, que apara. Exige hífen: pára-brisa, pára-choque, pára-lama, pára-quedas, pára-quedista, pára-raios, pára-sol.
Para a frente. E não "para frente".
Para as. Sem crase: Para as 17 horas.
"Parabenizar". Não use. Substitua o verbo por dar parabéns a, cumprimentar, felicitar ou aplaudir.
Parabéns. Como é plural, não existem as formas "um" parabéns ou "o" parabéns, etc., mas apenas os parabéns, muitos parabéns, seus parabéns, etc.
Para cá, para lá. Depois de para, devem-se usar as formas cá e lá, e não aqui e ali: Veio para cá. / Levou-o de volta para lá.
Para eu fazer. 1 - É a forma correta, pois o eu, em frases desse tipo, exerce a função de sujeito: Trouxe o livro para eu ler. / Esse trabalho é para eu fazer. / A matéria está aqui para eu rever (e nunca para "mim" ler, para "mim" fazer, para "mim" rever). 2 - Se o eu não for sujeito, então se usa para mim: Trouxe o livro para mim. / Não é conveniente para mim sair agora (para mim é complemento de conveniente).
Parágrafos. Até 10, em ordinais; de 11 em diante, use cardinais: parágrafo 1.º, parágrafo 10.º, parágrafo 18, parágrafo 21. Só em casos excepcionais ou em transcrições recorra ao sinal §.
Parágrafos (uso). Para que a leitura do jornal se torne mais agradável, procure quebrar o texto regularmente, de acordo com estas instruções: 1 - Abra parágrafo a cada 10 ou 12 linhas de coluna impressa (quatro a cinco linhas cheias da tela do micro ou do terminal). 2 - A determinação vale também para as linhas mais estreitas do texto (ao lado de fotos, em medida falsa, ou de janelas). 3 - Organize o texto para que essa mudança de parágrafo não se torne absolutamente aleatória. Por isso, evite fragmentar uma informação no meio, mas a desdobre de maneira que o parágrafo seguinte represente a sua continuidade. 4 - Sempre que possível, procure apresentar uma ou no máximo duas informações por parágrafo.
Paralisação. Com s, assim como paralisar e paralisia.
Paralisar. Exige complemento: Os empregados paralisaram o trabalho. Por isso, nunca escreva: Padeiros decidem "paralisar" (O certo: parar) se não houver aumento. / O metrô "paralisou" ontem.
Param. Sem acento.
Para mim. 1- Em casos como os que se seguem, o certo é para mim: Foi difícil para mim entender o texto. / É impossível para mim sair cedo hoje. Mim, no caso, completa o sentido de difícil e impossível, não sendo, portanto, sujeito do infinitivo, como ocorre, por exemplo, em: O livro é para eu ler. 2 - Ver para eu fazer.
Pára-quedas. A mesma forma no singular e plural, com acento e hífen.
Para trás. E não para atrás.
Pardal. Feminino: pardoca (prefira), pardaloca e pardaleja.
Par de... O outro elemento vai para o plural: par de sapatos, par de dançarinos, etc.
Parecer mais infinitivo. Pode-se flexionar o verbo parecer ou o infinitivo: Os homens pareciam sorrir (use esta forma) ou Os homens parecia sorrirem.
Parente. Feminino: parenta (prefira) e parente.
Parêntese(s). Use parêntese para o singular e parênteses para o plural: abrir parêntese, fechar parêntese, entre parênteses. O conjunto, mesmo no sentido figurado, fica no singular: Faça um parêntese. / O parêntese estava no fim da página.
Parque. Inicial maiúscula: Parque do Ibirapuera (e nunca "Parque Ibirapuera").
"Parqueamento", "parquear". Anglicismos desnecessários. Use estacionamento e estacionar.
Parquímetro. Aceitável, para designar o aparelho.
Parte de. Concordância. Ver maioria.
Partes do corpo. 1 - Partes do corpo e atributos da pessoa rejeitam o possessivo: Machucou o braço (e não o seu braço). / Feriu as mãos. / Arranhou a cabeça. / Bati o joelho na mesa. / Perderam a consciência. / Recuperei os sentidos. 2 - Uso do singular ou plural: ver plural indevido, item 3.
Participação. No singular em frases como: A festa contou com a participação do presidente, do governador e do prefeito. / A participação de Giovanni e Rivaldo na seleção brasileira (e nunca "as participações")...
Participar. 1 - Participa-se alguma coisa, ou alguma coisa a alguém: Ele participou o seu casamento. / A empresa participou a decisão aos funcionários. 2 - Não se participa alguém de alguma coisa, porém, nem ninguém é participado de algo, em casos (errados) como: A empresa "participou os funcionários" da decisão. / Os funcionários "foram participados" (o certo: avisados, cientificados, informados) da decisão. 3 - No sentido de tomar parte, use a preposição de e não em: Participou dos (e não nos) debates, participou das sessões, participou do filme. 2 - Exige sempre complemento. Por isso, nunca escreva: Participaram também fulano e beltrano (participaram de quê?).
Particípio mais pronome. Em nenhuma hipótese o pronome oblíquo pode aparecer depois do particípio, em frases como: Tinha "feito-lhe", havia "partido-se", tinha "formado-se", haviam "comido-o". O certo é: Tinha-lhe feito, havia-se partido, tinha-se formado, haviam-no comido.
Particípios duplos. 1 - Use ter e haver com os particípios regulares e ser e estar, com os irregulares: O presidente havia (tinha) suspendido as negociações. / O acordo foi (estava) suspenso. / Tinha (havia) elegido, foi (estava) eleito. 2 - Nos títulos, empregue habitualmente o particípio irregular: Suspensas as aulas. / Aceitas as condições dos metalúrgicos. / Mortos os assaltantes. 3 - É essa também a forma correta em expressões como: Aceitas as condições, iniciaram-se as negociações. / Impresso o livro, a edição esgotou-se rapidamente. / Suspensos os alunos, as aulas prosseguiram.
Partir. 1 - Cuidado com a locução a partir de, que significa apenas a começar de, a datar de (repare que existe uma idéia de continuidade): O presidente da associação vai exercer o mandato a partir do dia 1º. / As incrições estarão abertas a partir de segunda- feira. / O mundo se tormou mais liberal a partir da Revolução Francesa. 2 - Se a ação for definida no tempo, não se poderá usar a partir de. Assim: As inscrições começarão na próxima semana (e não "a partir da")./ As aulas serão reabertas em fevereiro (e não "a partir de"). 3 - Como marca o início de alguma coisa no tempo e no espaço, é errado também usar a partir de em casos como: O time ensaiou várias jogadas "a partir de" (com) bola parada. / Livro conta a história recente do País "a partir de" (com base em) pesquisas do Ibope. / "A partir das" (pelas) avaliações, a sociedade ficou sabendo para onde vai o seu dinheiro.
Páscoa. Como se trata de festa religiosa, os termos a ela referentes em geral têm inicial maiúscula: Páscoa, Semana Santa, Sexta-Feira Santa, Domingo de Ramos, Ressurreição, Paixão, Procissão da Cruz, Lava-Pés, Quarta-Feira de Cinzas, etc. No entanto: malhação do judas.
Passado do passado. Quando o texto menciona uma ação anterior à atual ou a outra já realizada (passado do passado), deve-se usar a forma composta do verbo: Apenas 24 horas depois de o ministro ter lançado (e não "lançar") o plano, a Câmara aprovou o projeto. / O trem já havia partido quando ele se deu conta da hora.
Passo-a-Passo, passo a passo. Quando substantivo, tem hífen (é o próprio processo): O passo-a-passo é a melhor maneira de aprender a usar o computador. Sem hífen, é mera locução (indica a forma do processo): Avançaram passo a passo.
Pasta. Use inicial minúscula: a pasta da Fazenda, essa pasta, etc.
Pastel. Como é substantivo, não varia no plural quando indicar cor: tons pastel (e não "pastéis").
"Patamar". Não use. Para preços, taxas ou juros, prefira nível ou índice.
Patriarca. Feminino: matriarca.
Pátrios (plural). Nos adjetivos pátrios compostos, apenas o último elemento é flexionado e o primeiro obedece à forma de origem erudita, em geral mais reduzida: empresa belgo-mineira, companhia anglo-teuto-brasileira, consórcios franco-ítalo-nipônicos, etc.
Paulista, paulistano. 1 - Paulista - natural do Estado de São Paulo, relativo ao Estado de São Paulo: polícia paulista, governador paulista. 2 - Paulistano - natural da cidade de São Paulo, relativo à cidade de São Paulo: paulistano do Brás, prefeito paulistano.
Pé. São corretas as duas locuções, de pé e em pé.
Pedir. Conjugação. Pres. ind.: Peço, pedes, pede, pedimos, pedis, pedem. Pres. subj.: Peça, peças, peça, peçamos, peçais, peçam. Imper. afirm.: Pede, peça, peçamos, pedi, peçam. Imper. neg.: Não peças tu, ..., não peçais vós, não peçam eles. Os demais tempos são regulares.
Pedir... a ou para. 1 - Pedir apoio ou atenção a - pedir que alguém dê apoio ou atenção a quem o solicita: O governo pede apoio (atenção) aos empresários (pede que os empresários o apóiem ou lhe dêem atenção). 2 - Pedir apoio ou atenção para - pedir que seja dado apoio ou atenção a alguém que se indica: Os EUA pedem apoio (atenção) para o Brasil (pedem que se dê apoio ou atenção ao Brasil). 3 - Outros exemplos: Empresários pedem abono salarial para os trabalhadores (que se dê abono aos trabalhadores). / Flagelados pedem ajuda ao governo (que o governo os ajude).
Pedir para, pedir que. 1 - Só use pedir para quando o sentido for de licença ou permissão: Pediu (licença) para sair mais cedo. / Pediu (permissão) para ir ao cinema. 2 - Nos demais casos, o correto é pedir que, e não "pedir para" ou "pedir para que". Assim: Pediu que fossem com ele ao jogo (em vez de Pediu "para irem" com ele ao jogo ou Pediu "para que fossem" com ele ao jogo). / O delegado pediu que o acusador mostrasse provas da denúncia (e não O delegado pediu "para" o acusador mostrar... ou Pediu "para que" o acusador mostrasse...). / Quer pedir a eles que procurem... (e não "para que" procurem).
Pegado, pego. Use pegado com ter e haver e pego, com ser e estar: Tinha (havia) pegado, foi (estava) pego.
Pegado a. Faz-se a concordância normalmente: Esta casa fica pegada à fábrica. / Mesas pegadas à janela. / Edifícios pegados ao palácio.
"Peito". Prefira seio.
Péla. Péla, jogo ou bola, tem acento: jogo da péla, as pélas de borracha.
Péla, pélas, pélo. Essas três flexões do verbo pelar têm acento: A água péla quando está fervendo. / Tu pélas a laranja para ele? / Eu me pélo por comida caseira.
Pele-vermelha. Não chame o índio brasileiro de pele-vermelha. O nome vale apenas para o da América do Norte. Plural: peles-vermelhas.
Pelo andar da carruagem. Lugar-comum. Evite.
Pêlo, pêlos. Com acento, no singular e plural, quando indica cabelo ou penugem: o pêlo do gato, os pêlos da cabeça.
Pena de talião. Com t minúsculo, uma vez que não se trata de nome próprio.
"Penalizar". Significa somente causar pena ou desgosto a, magoar, afligir. Por isso, substitua-o por castigar, punir ou prejudicar em frases como: Governo muda IR para não "penalizar" (prejudicar) contribuinte. / Banco não deve ser "penalizado"(punido, castigado) no caso X. / O aluno acabou "penalizado"(punido) pela ousadia. / Aumento "penaliza"(prejudica, pune, castiga) ainda mais o consumidor.
Pênalti. Desta forma (e nunca "penal").
Penny. Centésima parte da libra. Plurais: pence (quando quantia) e pennies (quando moeda).
Pequenez. Insignificância, e não "pequenês".
"Pequenos detalhes". Redundância: não existem "grandes detalhes".
Pequinês. Natural de Pequim e raça de cães.
Pêra. Com acento, no singular, tanto para designar a fruta como a porção de barba ou o interruptor: Pêra madura. / Raspar a pêra. / Apertou a pêra.No plural, não existe acento: peras.
Perante. Sem a preposição a: Perante o pai. / Perante ela (e não "ao" pai, "a" ela).
Perante o qual. E não "perante quem": Eis o juiz perante o qual (e não "perante quem") o réu deverá depor amanhã.
Perder. Um time perde de outro por ou de l a 0, 2 a l, 3 a 2, etc.
Perdoar. Regência. 1 (tr. dir.) - Perdoar alguma coisa: "Perdoai as nossas ofensas." / Perdoou os seus gastos excessivos. / Perdoamos as dívidas dos amigos. 2 (tr. ind.) - Perdoar a alguém: Deus lhes perdoe. / A Receita perdoou aos devedores. / Perdoou aos acusadores. 3 (tr. dir. e ind.) - Perdoar alguma coisa a alguém: A Receita lhes perdoou as dívidas. / Não perdoa aos inimigos nenhum agravo. / Perdoa aos amigos todas as ofensas. 4 (intr.) - Sem complemento: É vingativo e nunca perdoa. / Perdoa, para seres perdoado. Observação. Admite a voz passiva: Foi perdoado pelos superiores.
Perfazer. Conjuga-se como fazer.
Performance. Anglicismo evitável. Prefira desempenho ou atuação.
Pérgula. Com u.
Pergunta, perguntado. Formas possíveis: À pergunta se pretendia voltar... / À pergunta onde pretendia ficar... / À pergunta como cumpriria as determinações... Não use, por serem formas inexistentes na língua: "perguntado se", "perguntado sobre" e "à pergunta sobre". Opção correta: interrogado ou indagado sobre.
Perguntas e respostas. Ver no verbete entrevista, como editar entrevistas na forma de perguntas e respostas.
"Permitir com que." Fazer é que admite a preposição com. Use permitir que em frases como: O mau cheiro não permitiu que (e não "permitiu com que") ninguém ficasse mais de cinco minutos na loja.
Pernas, pra que te quero. Mesmo gramaticalmente incorreta, é essa a forma da locução popular.
Perônio. Com i. Adjetivo: peroneal.
Personagem. Faça a concordância com o sexo do ou da personagem. Assim: o personagem Hamlet, a personagem Aída.Proceda da mesma forma em orações como: A ministra foi a principal personagem dos acontecimentos. / O piloto era um personagem de destaque da Fórmula 1. / Como ficarão os personagens (homens e mulheres) da oposição?
Persuadir. 1 - Quando o sentido for o de convencer ou demover, prefira a regência persuadir alguém de alguma coisa: Foi difícil persuadi-lo de não dar queixa à polícia. / Todos o persuadiram de não tomar aquela decisão. 2 - Quando persuadir significa induzir ou mover, a regência preferível é persuadir alguém a alguma coisa: Todos o persuadiram a sair. / O rei queria persuadir os súditos à submissão. / Persuadiu-o a desaparecer por alguns dias. 3 - Pode-se ainda usar a forma persuadir alguém, apenas: Suas desculpas não persuadiram os superiores. / O governo conseguiu persuadir a população. 4 - O verbo admite também a forma pronominal e segue, nesse caso, o modelo dos itens 1 e 2: Persuadiu-se de que era hora de agir. / Eles se persuadiram a voltar atrás. 5 - Finalmente, como sinônimo de convencer, pode ser intransitivo (sem complemento): É uma pessoa que consegue persuadir.
Perto. Invariável. Moram perto. / Plantaram árvores perto da casa. / As casas ficavam perto.
Perverso. Significa mau, malvado. Cuidado com o seu uso no sentido figurado (efeitos perversos, ensino perverso, distribuição de renda perversa), que se está tornando lugar-comum.
Perto de. Ver cerca de.
Pese. Ver em que pese a.
Peso. 1 - Com números redondos, use sempre por extenso o nome das medidas de peso: 200 toneladas, 40 quilos, 50 gramas. Nos títulos e tabelas, pode-se usar a abreviatura: 200 t, 40 kg, 50 g. 2 - Para indicar números quebrados, adote estas formas: 200,5 toneladas, 40,8 quilos, 50,4 gramas. Como no caso acima, nos títulos e tabelas permite-se a abreviatura: 200,5 t, 40,8 kg, 50,4 g. 3 - Se a medida for inferior a 2, ficará no singular: 1,5 tonelada, 1,9 quilo, 0,7 grama. 4 - Repare que as abreviaturas não têm ponto nem plural e que há espaço entre o número e elas: 87 t, 65 kg, 32 g. 5 - Ver em Medidas , uma relação de pesos e medidas e a forma de convertê-los em valores mais usados no Brasil.
Peso (boxe). Existe hífen depois de substantivo, mas não de adjetivo: peso-mosca, peso-galo, peso-pena, peso leve, peso médio, peso meio-médio, peso meio-pesado, peso pesado.
Pessach. É a Páscoa judaica.
Ph.D. Plural: Ph.Ds.
Pica-pau. Com hífen. Da mesma forma: pica-pau-amarelo.
Picar, picada. Ver morder, mordida.
Pichar, piche. Com ch e não com x. Também: pichação, pichador.
Picles. Aportuguesado e no plural: os picles.
Pico. Inicial maiúscula: Pico do Jaraguá.
Píer. Aportuguesado. Plural: píeres.
Pierrô. Aportuguesado.
Pigmeu. Feminino: pigméia.
Pilotar. Significa dirigir veículo em geral. Por isso, no sentido figurado, como dirigir, controlar ou organizar qualquer coisa (pilotar um jantar, pilotar uma situação, pilotar um congresso, pilotar um quatro-bocas), só pode ser usado em textos muito especiais, mas nunca no noticiário.
Piloti. É a forma do singular. No plural, pilotis.
Piloto. Com função de adjetivo, permanece invariável: usina piloto, usinas piloto; plano piloto, planos piloto.
Pingue-pongue. Desta forma.
Pingüim. Com trema.
Pior. 1 - Antes de particípio, use sempre mais mal e nunca pior: mais mal classificados (e não "pior classificados" ou, menos ainda, "piores classificados"). Ver mais bem, mais mal. 2 - Quando adjetivo, varia (equivale a mais mau): Eles eram piores (mais maus) que todos. / Muito piores (mais maus, mais condenáveis) do que os atos amorais de ontem são os argumentos imorais de hoje. / Piores (mais maus) que ele, só os irmãos. 3 - Quando advérbio, permanece invariável (equivale a mais mal): Eles estavam pior (mais mal) de vida. / Jogaram pior (mais mal) que antes.
Pior (a, o). Ver melhor (a, o).
Pirata. Use como adjetivo quando vier depois de um substantivo: edição pirata, fitas piratas, emissora pirata.
Piscicultura. E nunca "psicultura".
Pista, faixa. Não confunda: pista é cada parte contínua de uma rodovia. E faixa é cada divisão (marcada no solo, apenas) de uma pista. Assim, a Rodovia dos Imigrantes tem duas pistas, com três faixas cada uma. Já a Régis Bittencourt tem pista única, com duas faixas, uma em cada direção.
Placa. No singular: Carro de placa (e não "de placas") BAA-1618.
Plano. Inicial maiúscula: Plano Real.
Planta. Equivale a fábrica apenas em inglês. Por isso, não escreva, por exemplo: O grupo quer construir nova "planta" (nem "planta industrial") no Brasil.
Plantão. 1 - Use a locução de plantão apenas no seu significado real: Os médicos estavam de plantão. 2 - No sentido figurado, é modismo a evitar: os críticos de plantão, os golpistas de plantão, os bajuladores de plantão, etc.
Pleito, preito. Pleito equivale tanto a eleição (pleito de novembro) como a demanda (pleito judicial), enquanto preito designa homenagem (preito aos mortos) ou reconhecimento (preito de gratidão).
Plural (substantivação). Palavras invariáveis, quando substantivadas, obedecem às normas do plural: Pesar os prós e os contras. / As múltis, as micros (empresas), os micros (computadores), as máxis (desvalorizações), as mínis (saias). / Os sins e os nãos. / Os vivas e os morras. / Os senões e os poréns. / Os quatros e os cincos do baralho estavam rasgados. Dois, três, seis e dez não variam: os três de paus, os seis de ouros, os dez de espadas.
Plural de adjetivos compostos. Nos adjetivos compostos, só o último elemento vai para o plural: medidas econômico-financeiras, estudos histórico-geográficos, vidas profissional-amorosas, camisas verde-claras, gravatas azul-escuras, partidos social-democratas, tendências nacional-socialistas. Exceções. a) Em surdo-mudo, os dois elementos se flexionam: homens surdos-mudos, crianças surdas-mudas. b) Azul-marinho e azul-celeste não variam: Ternos azul-marinho, blusas azul-celeste.
Plural de adjetivos simples. Ver plural de substantivos e adjetivos simples.
Plural de letras. Prefira usar o nome pronunciável da letra com s: Com todos os efes-e-erres. / Colocar um pingo nos is. / Separe os emes e os enes. Xis não varia: Os xis da questão. Apenas em casos excepcionais, aplique a duplicação da letra como forma de plural: Os aa e os ee. / Os vv e os zz.
Plural de locuções. 1 - Nas locuções ligadas pela preposição de, coloque o segundo termo no singular, se se tratar de matéria contínua, e no plural, se a palavra indicar variedades, unidades, indivíduos: fábrica(s) de papel, indústria(s) de tinta, espécies de solo, grupo(s) de soldados, tipos de gente, marcas de sal, espécies de sais (sais diferentes), caixa(s) de fósforos, catálogos de tipos ou selos, exposição(ões) de quadros, exposições de pintura, fábrica(s) de envelopes, fábrica(s) de calçado, fábrica(s) de sapatos, de meias, de sandálias, etc. 2 - Proceda de maneira semelhante nos casos em que o segundo elemento tenha caráter predominantemente abstrato: se ele tiver sentido genérico, a segunda palavra não varia; se o sentido for específico, o vocábulo tem plural. Exemplos: níveis de investimento, planos de emprego, projetos de expansão, casos de estupro, pedidos de falência, opções de vôo, postos de benefícios, taxas de juros, quadros de avisos, etc.
Plural de siglas. Acrescente um s minúsculo às siglas usadas no plural: os CDBs, as Ufirs, os PMs, os SPCs, os IPMs, os DERs, as Apaes, as ARs, 50 UFMs, novas Cohabs. A regra vale também para o caso em que se queira pluralizar uma entidade normalmente única: os BBs, os BCs, os MECs, as UNEs, os EMFAs, os dois PSDBs, etc.
Plural de substantivos compostos.
Plural de substantivos e adjetivos simples.
Pluri... Liga-se sem hífen ao termo seguinte: plurianual, pluricelular, pluriovulado, pluripartidarismo, plurirradiado, plurissecular.
Pobretão. Flexões: pobretona e pobretões.
Pôde, pode. A forma do passado, pôde, tem acento, para evitar confusão com pode, presente. Assim: Fez o trabalho da melhor forma que pôde (foi capaz). / Ele pode (é capaz, tem permissão) fazer isso.
Poder. Conjugação. Pres. ind.: Posso, podes, pode, podemos, podeis, podem. Pret. perf. ind.: Pude, pudeste, pôde, pudemos, pudestes, puderam. M.-q.-perf. ind.: Pudera, puderas, pudera, pudéramos, pudéreis, puderam. Pres. subj.: Possa, possas, possa, possamos, possais, possam. Imp. subj.: Pudesse, pudesses, pudesse, pudéssemos, pudésseis, pudessem. Fut. subj.: Puder, puderes, puder, pudermos, puderdes, puderem. Os demais tempos são regulares.
Poderes. Desta forma: Poder Executivo, Poder Legislativo e Poder Judiciário. Ou simplesmente o Executivo, o Legislativo e o Judiciário. No plural: os Poderes Executivo e Judiciário.
Pódio. Aportuguesado.
Põe, põem. Põe é a forma do singular e põem, a do plural, o que vale também para os derivados: O homen põe e Deus dispõe. / Elas põem, eles supõem.
Poeta, poetisa. Use poeta para o homem e poetisa para a mulher. Respeite, porém, a forma a poeta, em artigos assinados, pois há quem atribua juízo de valor à palavra (poetisa, assim, seria qualquer mulher que faça versos e poeta, uma autora de méritos).
Pogrom. Desta forma. Plural: pogrons.
"Polaco". Prefira polonês (polaco tem sentido pejorativo em algumas regiões do Brasil).
Poli... Liga-se sem hífen ao termo seguinte: poliartrite, policêntrico, poliéster, poliidroxila, poliolefina, polirrítmico, polissilogismo, poliuretano.
Polícia. 1 - A palavra é feminina quando se refere à ordem, segurança (Fugiu da polícia) e masculina quando designa o policial: Um polícia segurou o ladrão. 2 - Apenas quando se quiser dar ênfase à corporação, a inicial deve ser maiúscula: A Polícia paulista prendeu o ladrão. / A Polícia Militar, a Polícia Política. 3 - A organização pertence ao Estado e não ao município. Assim: polícia paulista (e não "paulistana"), polícia fluminense (e não "carioca").
"Polícia carioca". A polícia é fluminense (estadual) e não carioca (do município).
Pólipo. Com acento.
Polir. Conjugação. Pres. ind.: Pulo, pules, pule, polimos, polis, pulem. Pres. subj.: Pula, pulas, pula, pulamos, pulais, pulam. Imper. afirm.: Pule, pula, pulamos, poli, pulam. Os demais tempos são regulares.
Pólo, pólos. Com acento no singular e plural: Pólo Norte, Pólo Sul, os Pólos Norte e Sul, pólo de desenvolvimento, pólos de colonização.
Ponta-direita, ponta-esquerda. Com hífen, tanto para designar o jogador como a posicão.
1 - Indica normalmente o término de uma oração: O ministro disse que, para sair da crise, o País precisava confiar mais nas instituições.
2 - Usa-se ainda o ponto nas abreviaturas (à exceção daquelas que fazem parte do sistema métrico decimal), mas não nas siglas: dr., d., sécs., m, min, g, kg, PM, HC, ICMS, INSS.
3 - Se a abreviatura vier no fim do período, coloca-se apenas um ponto (e não o ponto da abreviatura mais o final): Havia ali cães, galinhas, gatos, etc. / A empresa era a Irmãos Almeida Ltda.
4 - Use ponto (sem espaço) nas iniciais colocadas nos pés de matérias: J.M., P.L.C.
5 - O Estado não admite ponto nos títulos. Estão, pois, vetados exemplos como: Mais carne no mercado. Para os preços não subirem / O compulsório acabou. Mas a taxação continua alta.
Ponto de. A locução é a ponto de (e não "ao ponto de"): Ficou assustado, a ponto de perder a voz. / O Ministério esteve a ponto de cair. / Chegou a ponto de perder a paciência. Não faça confusão com frases como: Voltou ao ponto de partida. / A água não havia chegado ao ponto de ebulição.
Ponto de exclamação. Tem valor eminentemente literário; no jornal só deve ser usado em casos muito especiais e quando se quiser dar muita ênfase a uma declaração ou enunciado.
Ponto de interrogação. 1 - Introduz habitualmente uma pergunta, mesmo que ela possa não exigir resposta: Quem está aí? / O que será que eles querem? / Quem tem medo de Virgínia Woolf? 2 - Só pode ser usado nos títulos em casos muito especiais (ou em artigos, eventualmente).
Ponto de vista. Sem hífen.
É um sinal intermediário entre o ponto e a vírgula. Seus principais usos jornalísticos são:
1 - Separa partes de um período em que já exista vírgula: Formou-se engenheiro; o irmão, advogado. / Depois, chamou o filho, que acabava de chegar; a mãe só observava.
2 - Separa orações iniciadas por conjunções ou advérbios que indiquem restrição ou conclusão quando se quer ressaltar este sentido: Os soldados dormiam; então, os traficantes atacaram. / Até agora, só hipóteses; mas as pesquisas avançam. / Chegou atrasado à sala; por isso, perdeu a melhor parte da conversa.
3 - Separa os diferentes itens de documentos, leis, enumerações, portarias, regulamentos, decretos, etc.: Consideram-se sujeitos à taxação: a) perfumes, cosméticos e produtos de toucador; b) bebidas fermentadas ou destiladas; c) artigos eletroeletrônicos; d) jóias e casacos de pele.
Pontos cardeais. 1- Os pontos cardeais, quando indicam as grandes regiões do mundo ou do Brasil, têm inicial maiúscula: o Sul, o Nordeste, o Sudeste, Oriente Médio, Ocidente, o Leste. 2 - No caso das regiões brasileiras, use as formas Sul ou Região Sul, mas não região Sul. Proceda da mesma forma com Norte e Região Norte, Nordeste, etc. 3 - A inicial é minúscula, no entanto, se o ponto cardeal define direção ou limite geográfico: o nordeste de Goiás, o norte de São Paulo, o sudeste da Europa, o norte do Irã, o sudoeste dos EUA, o leste da Espanha. Igualmente: Percorreu o país de sul a norte. / O metrô avança no rumo sul. / A cidade fica no leste da França. / O furacão causou estragos no oeste das Antilhas. 4 - Nos adjetivos (referentes aos pontos cardeais) que acompanham o nome de partes do mundo, regiões ou países, use a inicial maiúscula: América Central, Europa Ocidental, África Oriental, América Setentrional, Ásia Central, Leste Europeu, Brasil Meridional, Cone Sul, Velho Oeste, etc.
Pôr. 1 - Pôr, verbo, tem acento: pôr o pé na rua, pôr o nome na lista.2 - O mesmo, porém, não ocorre com os derivados: impor, depor, compor, expor. 3 - Quanto à diferença entre pôr e colocar, ver colocar.
Pôr (conjugação). Pres. ind.: Ponho, pões, põe, pomos, pondes, põem. Imp. ind.: Punha, punhas, punha, púnhamos, púnheis, punham. Pret. perf. ind.: Pus, puseste, pôs, pusemos, pusestes, puseram. M.-q.-perf. ind.: Pusera, puseras, pusera, puséramos, puséreis, puseram. Fut. pres.: Porei, porás, porá, poremos, poreis, porão. Fut. pret.: Poria, porias, poria, poríamos, poríeis, poriam. Pres. subj.: Ponha, ponhas, ponha, ponhamos, ponhais, ponham. Imp. subj.: Pusesse, pusesses, pusesse, puséssemos, pusésseis, pusessem. Fut. subj.: Puser, puseres, puser, pusermos, puserdes, puserem. Imper. afirm.: Põe tu, ponha você, ponhamos nós, ponde vós, ponham vocês. Imper. neg.: Não ponhas tu, não ponha você, não ponhamos nós, não ponhais vós, não ponham vocês. Infin.: Pôr. Flexionado: Pôr, pores, pôr, pormos, pordes, porem. Ger.: Pondo. Part.: Posto.
Pôr (derivados). Atenção para alguns tempos: Pret. perf. ind.: Opôs, opuseram; compôs, compuseram; sobrepôs, sobrepuseram; depôs, depuseram. Imp. subj.: Opusesse, compusesse, sobrepusesse, depusesse. Fut. subj.: Se ele opuser, compuser, sobrepuser, depuser. Nunca, pois, "se ele opor", "compor", "sobrepor", "depor", etc. Seguem o mesmo modelo todos os derivados de pôr.
"Por cada". Cacófato evitável: por cada pessoa (por pessoa), por cada ano de trabalho (por ano de trabalho), etc.
"Por causa que". Italianismo. Use porque ou por causa de.
Pôr-do-sol. Plural: pores-do-sol.
Porém. Não inicia oração e, por isso, deve aparecer no interior dela: A empresa participou da concorrência. Sua idoneidade, porém, foi posta em dúvida (e não: A empresa participou da concorrência. Porém, sua idoneidade foi posta em dúvida).
Pôr em xeque. Forma correta, e nunca pôr em "cheque".
Por hora, por ora. Por hora - por 60 minutos: Passaram pelo pedágio 5 mil carros por hora. Por ora - por enquanto, por agora: O governo não pretende, por ora, revogar a decisão. / O empresário acha que por ora nada mudará.
Por isso, por isto. Duas palavras (e nunca "porisso" ou "poristo"): O ministro foi operado; por isso, não vai trabalhar esta semana. Não me abalo por isto.
Pornô. Plural: pornôs (filmes pornôs).
Por o. Evite juntar a preposição por e os oblíquos o, a, os, as. Assim, use: Por desempenhá-lo mal, perdeu o cargo (e não por o desempenhar). / Por levarem-nas sem cuidado, deixaram as aves escapar (e não por as levarem).
Por ora. Ver por hora, por ora.
Porque com pronome. O porque atrai o pronome localizado na mesma oração: Tudo lhe aconteceu porque se recusou a admitir o erro. / Chegou cedo porque os amigos lhe pediram.
Por que, por quê, porque, porquê.
Por si só. Ver só, sós (por si).
"Por sorte". Nunca use essa forma no noticiário, em frases como: Por sorte, ninguém morreu no acidente. O texto informativo deve ser neutro e não expressar desejos. Se for o caso, faça a ressalva: Embora o carro tenha ficado totalmente destruído, ninguém morreu no acidente.
Portenho. Não é sinônimo de argentino: designa apenas o natural de Buenos Aires.
Porventura. Equivale a acaso e escreve-se numa única palavra: Se porventura você viajar ainda hoje, não deixe de me avisar. / Porventura você viu o livro por aí?
Pós. 1 - Como prefixo, é normalmente seguido de hífen: pós-bíblico, pós-datado, pós-diluviano, pós-eleitoral, pós-operatório, pós-romano, pós-socrático. Exceções: poscefálico, posfácio, poslúdio, pospasto, posponto, pospor, postônico. 2 - Na formação de palavras, use sempre pós e não "post", que só tem sentido em locuções latinas como post-meridiem e post-mortem.
Posar, pousar. 1 - Sem u sempre que significar servir de modelo, apresentar-se como: Posou para o fotógrafo. / Sempre posa de democrata. 2 - Pousar, entre outros, tem o sentido de colocar em, descansar, passar a noite, descer: A moça pousou a xícara na mesa. / A tropa andou dois dias sem pousar. / Os viajantes pousaram no rancho. / A ave pousou no galho. / O avião pousou sem problemas.
Possível. 1 - Com o mais, o menos, o maior, o menor, o melhor e o pior, possível fica invariável: Os resultados são o mais promissores possível. / Os resultados são o mais possível promissores. / Os resultados são promissores o mais possível. (Das três formas, a primeira é mais usual.) / O jornal atingiu o maior número de páginas possível. / Elas viviam no melhor dos mundos possível. 2 - O artigo no plural leva o adjetivo para o plural: Os resultados foram os piores possíveis. / Os resultados foram os menos brilhantes possíveis. / Aquelas eram as mais belas músicas possíveis. / Os alunos obtiveram as menores notas possíveis. 3 - Antes de particípio, use mais bem e mais mal no singular: Eram pessoas o mais bem-educadas possível. / Eram objetos o mais malfeitos possível. 4 - A expressão quanto possível não varia: Os resultados eram quanto possível promissores.
Possível, provável. Genericamente a equivalência seria: possível = que pode acontecer ou ser praticado; provável = que deve acontecer, que apresenta probabilidade, que dá idéia de verossimilhança. Assim: É possível que ele vá ao almoço, mas não provável (vê-se que existe uma gradação de viabilidade ou expectativa). Da mesma forma: É possível, mas não provável, que um time pequeno vença um grande fora de casa. / Um grande terremoto é possível, mas não provável no Brasil. Impossível e improvável seguem a mesma norma.
Possuir. 1 - Possuir, corretamente, equivale a estar na posse de, ter a propriedade de, poder dispor de, desempenhar, desfrutar: X possui uma bela casa. / Y possui muita saúde. / Z possui alto cargo no governo. 2 - São erradas, e devem ser substituídas por ter ou equivalente, construções como: Ninguém "possui" direito adquirido à reeleição. / O médico "possuía" uma carreira de sucessos. / Varejo "possui" 3 milhões de carnês em atraso. / Alguns pacientes "possuem" testes falsamente positivos. / O assaltante "possuía" diversas passagens pela polícia. / Fulano "possui" uma filha. / Os estabelecimentos "possuíam" liminares favoráveis. / O filho não "possuía" diálogo com os pais.
"Postecipar". Nunca use. A palavra não existe.
Posteriori (a). Significa depois da experiência, pelos efeitos, com apoio nos fatos: A reação química foi comprovada a posteriori (pelos efeitos). / Tomou a decisão a posteriori (com apoio nos fatos). A locução não equivale a depois, posteriormente. Assim, são erradas frases como: Apresentarei os documentos a "posteriori".
Posto-chave. Plural: postos-chave.
Postura. 1 - Prefira posição ou atitude. Postura, só em último caso ou para definir a posição do corpo. 2 - É errado usar postura em frases como: O técnico criticou a "postura" dos volantes em campo. Postura não equivale a colocação, a palavra correta nesse caso.
Pouco. Ver é muito, é pouco.
Poucos de. Concordância. Ver algum (alguns) de.
Pousar. Ver posar, pousar.
Pra. 1 - Sem acento, tanto para designar para como para a. 2 - Na reprodução de frases populares, use pra e não para: Pra chuchu. / Pra burro. / Pernas, pra que te quero. Nos demais casos, para: Para a frente. / Para trás. / Chegou para ficar.
Praça. 1 - No masculino para designar soldado: o praça (daí a origem do diminutivo pracinha). Nos demais sentidos, a palavra é feminina. 2 - Como lugar público, tem inicial maiúscula: Praça da Liberdade.
Praia Grande. Sem artigo: prefeitura de Praia Grande, em Praia Grande.
"Praticar". Fuja ao modismo e à impropriedade: não se "praticam" juros, taxas, preços ou alíquotas, que podem, isso sim, ser cobrados, estabelecidos, fixados ou determinados.
Prazer (verbo). Conjugação. Em geral, é usado apenas nas terceiras pessoas. Pres. ind.: Praz, prazem. Imp. ind.: Prazia. Pret. perf. ind.: Prouve. M.-q.-perf. ind.: Prouvera. Fut. ind.: Prazerá, prazerão. Fut. pret.: Prazeria. Pres. subj.: Praza. Imp. subj.: Prouvesse. Fut. subj.: Prouver. Ger.: Prazendo. Part.: Prazido.
Prazeroso. Sem i (a palavra relaciona-se com prazer). Da mesma forma, prazerosamente.
Pré... Em geral exige hífen, especialmente quando a pronúncia aberta se torna caracterizada: pré-ajustar, pré-carnavalesco, pré-datado, pré-diluviano, pré-escolar, pré-encolhido, pré-história, pré-jurídico, pré-moldado, pré-natal, pré-operatório, pré-primário, pré-romano, pré-santificado, pré-universitário, pré-vestibular. Algumas exceções: prealegar (ou pré-alegar), preanunciar, preconcebido, precondição, predefinição, predeterminado, predisposição, predizer, preestabelecer, preexistência, prefiguração, prefrontal, prejulgar, preordenação, previgorante.
Precaríssimo. Um i só.
Precaver. a) Conjugação. Só tem a 1.ª e a 2.ª pessoa do plural do pres. ind. e não tem o pres. subj. Pres. ind.: Precavemos, precaveis. Imp. ind.: Precavia, precavias, etc. Pret. perf. ind.: Precavi, precaveste, precaveu, precavemos, precavestes, precaveram. Pres. subj.: Não tem. Imp. subj.: Precavesse, precavesses, etc. Fut. subj.: Se eu precaver, se tu precaveres. Imper. afirm.: Precavei (única pessoa). Part.: Precavido. b) NÃO EXISTEM as formas "precavejo", "precavês", "precavém", "precavenho", "precavenha", "precaveja", etc., que devem ser substituídas por previno, prevines, previna e previnas ou pelas formas equivalentes do verbo acautelar-se. c) O verbo hoje é usado quase que exclusivamente como pronominal (precaver-se).
Preceder. Prefira a regência direta, preceder alguém ou alguma coisa: Geisel precedeu Figueiredo no governo. / A letra daquela música precedeu a melodia.
"Precisa fazer, sair". É errado dizer: "Precisa" fazer a limpeza, "precisa" sair logo, "precisa" comprar o disco, "precisa" ser muito homen para fazer isso. Use, em vez de precisa, é preciso, é necessário, deve-se, precisa-se ou equivalente.
Precisar. Regência.1 - Precisar alguma coisa (indicar com precisão, particularizar): Não soube precisar o dia da partida. / Ele precisou suas necessidades. 2 - No sentido de ter necessidade, prefira a regência indireta do verbo: O país precisa de novos empregos. / Todos precisamos de estímulo no trabalho. / Precisa-se de empregados. / Este é o livro de que ele precisa. / Era tudo de que precisava. Com infinitivo, porém, dispense a preposição: Precisamos sair. / A empresa precisa contratar novos empregados. / Eles precisam ir embora ainda hoje.
Precisa-se de. Na passiva pessoal, use a forma correta: Precisa-se de repórteres. Nunca, "precisam-se" de repórteres (quando uma preposição se segue ao verbo, na passiva pessoal, este permanece invariável).
Preciso. Ver é preciso.
Preço, preços. De preferência, use o singular: Sobe o preço dos automóveis. / O governo autoriza o aumento do preço dos eletrodomésticos. Reserve preços aos casos em que se trate de diversos artigos: A tabela da empresa inclui novos preços. / O governo libera os preços novamente.
Prefeitos de São Paulo. Antônio Prado, de 7/1/1889 a 15/1/1911; Raimundo Duprat, de 16/1/1911 a 14/1/1914; Washington Luís, de 15/1/1914 a 15/8/1919; Rocha Azevedo, de 16/8/1919 a 15/1/1920; Firmiano Pinto, de 16/1/1920 a 15/1/1926; Pires do Rio, de 16/1/1926 a 23/10/1930; Cardoso de Melo Neto, de 24/10/1930 a 5/12/1930, Anhaia Melo, de 6/12/1930 a 25/7/1931; Francisco Machado de Campos, de 26/7/1931 a 13/11/1931; Anhaia Melo, de 14/11/1931 a 4/12/1931; Henrique Jorge Guedes, de 5/12/1931 a 23/5/1932; Gofredo da Silva Teles, de 24/5/1932 a 2/10/1932; Artur Sabóia, de 3/10/1932 a 28/12/1932; Teodoro Ramos, de 29/12/1932 a 1/4/1933; Artur Sabóia, de 2/4/1933 a 22/5/1933; Osvaldo Gomes da Costa, de 23/5/1933 a 30/7/1933; Carlos dos Santos Gomes, de 31/7/1933 a 21/8/1933; Antônio Carlos Assunção, de 22/8/1933 a 6/9/1934; Fábio Prado, de 7/9/1934 a 31/1/1938; Paulo Barbosa de Campos Filho, de 1/2/1938 a 15/2/1938; Fábio Prado, de 16/2/1938 a 30/4/l938; Prestes Maia, de 1/5/1938 a 10/11/1945; Abraão Ribeiro, de 11/11/1945 a 14/3/1947; Cristiano Stockler das Neves, de 15/3/1947 a 28/8/1947; Paulo Lauro, de 29/8/1947 a 25/8/1948; Mílton Improta, de 26/8/1948 a 3/1/1949; Asdrúbal da Cunha, de 14/1/1949 a 27/2/1950; Lineu Prestes, de 28/2/1950 a 31/1/1951; Armando de Arruda Pereira, de 1/2/1951 a 7/4/1953; Jânio Quadros, de 8/4/1953 a 6/7/1954; Porfírio da Paz, de 7/7/1954 a 17/1/1955; Jânio Quadros, de 18/1/1955 a 5/2/1955; William Salem, de 6/2/1955 a 1/7/1955; Lino de Mattos, de 2/7/1955 a 10/4/1956; Wladimir de Toledo Piza, de 11/4/1956 a 7/4/1957; Ademar de Barros, de 8/4/1957 a 9/1/1958; Cantídio Sampaio, de 10/1/1958 a 6/2/1958; Ademar de Barros, de 7/2/1958 a 8/2/1961; Manoel Figueiredo Ferraz, de 9/2/1961 a 28/2/1961; Ademar de Barros, de 1/3/1961 a 7/4/1961; Prestes Maia, de 8/4/1961 a 7/4/1965; Faria Lima, de 8/4/1965 a 7/4/1969; Paulo Maluf, de 8/4/1969 a 7/4/1971; José Carlos Figueiredo Ferraz, de 8/4/1971 a 21/8/1973; Brasil Vita, de 22/8/1973 a 27/8/1973; Miguel Colasuonno, de 28/8/1973 a 16/8/1975; Olavo Setúbal, de 17/8/1975 a 15/7/1979; Reynaldo de Barros, de 16/7/1979 a 13/5/1982; Antônio Salim Curiati, de 13/5/1982 a 15/3/1983; Altino Lima, de 15/3/1983 a 10/5/1983; Mário Covas, de 10/5/1983 a 1/1/1986; Jânio Quadros, de 1/1/1986 a 1/1/1989; Luiza Erundina, 1/1/1989 a 1/1/1993; Paulo Maluf, 1/1/1993 a 1/1/1997; Celso Pitta, 1/1/1997.
Prefeitura. 1 - Inicial maiúscula: a Prefeitura de São Paulo, a Prefeitura (referindo-se a São Paulo, capital). Inicial minúscula: a prefeitura do Rio, as prefeituras de Santos e São Vicente, a prefeitura (qualquer outra que não a de São Paulo). 2 - Use apenas prefeitura e não "prefeitura municipal".
Preferir. 1 - Constrói-se com a preposição a e não com a locução do que: Prefere a mãe ao pai (e não "do que" o pai). / Os alunos preferiam jogar futebol a praticar atletismo. / "Prefiro os que colocam bem as idéias aos que colocam bem os pronomes" (Sí1vio Romero). 2 - Também é errado usar preferir com em vez de: O lateral prefere jogar no Brasil "em vez de" (o certo: a) ir para a Espanha. 3 - Como preferir já tem valor absoluto, são inadmissíveis frases do tipo de: Prefiro antes morrer a renunciar. / Os times preferem mais atacantes a defensores. / Preferia cem vezes brincar a estudar. O "antes", o "mais" e o "cem vezes" estão sobrando nas frases. 4 - Com preferível, proceda da mesma forma: Achou preferível sair a ficar. / É preferível lutar a morrer sem glória. 5 - O do que pode ser usado com melhor: É melhor um pássaro na mão do que dois voando. 6 - Conjuga-se como servir: prefiro, preferes; que eu prefira; prefere tu, preferi vós; etc.
Prefixos. 1 - Os prefixos e demais elementos de composição usados no lugar dos substantivos por eles iniciados devem obedecer às mesmas normas de acentuação e flexão do substantivo: O governo prepara nova máxi. / Ministério anuncia mínis periódicas. / Na moda, voltam as mídis (saias). / Muda a legislação das micros (microempresas). / O Brasil fabricará novos micros (microcomputadores). 2 - Numa enumeração em que o último elemento seja constituído de prefixo mais substantivo ou adjetivo, não flexione nem acentue os prefixos: Maior apoio às micro e miniempresas. / Na moda, convivem a mini, a midi e a maxissaia. / Os tecnocratas abusam das maxi, midi e minidesvalorizações. / O ministro tratou de problemas macro e microeconômicos. 3 - Os prefixos e elementos de composição que se ligam com ou sem hífen ao elemento seguinte, na formação de palavras, foram incluídos neste capítulo um a um, como verbetes isolados (anti, infra, super, etc.). No verbete hífen, pode ainda ser encontrada uma lista de elementos de composição que se ligam sem hífen ao termo seguinte.
Prefixos mais nomes próprios. Use hífen sempre que um prefixo se ligar a nome próprio: anti-Brasil, anti-Maluf, anti-EUA, anti-Rússia, anti-HIV, extra-ONU, super-Marília, hiper-Hitler, sub-Napoleão, ex-Beatle, etc. Exceção: Anticristo.
Pregresso. Significa anterior, passado, e não se relaciona necessariamente com criminosos: Estudou a vida pregressa do candidato, do deputado, etc. / A história pregressa da nossa gente.
Premiar. Verbo regular: premio, premias; premie, premiem; etc.
"Premier". Use apenas primeiro-ministro (e não "premier" ou "premiê").
Prêmio. 1 - Com inicial maiúscula antes do nome que qualifica: Prêmio Nobel, Prêmio Eldorado de Música, Prêmio Molière, Prêmio Moinho Santista. 2 - No plural, flexione apenas a palavra prêmio: Prêmios Nobel, Prêmios Molière, Prêmios Eldorado.
Prendido, preso. Use prendido com ter e haver e preso, com ser e estar: Tinha (havia) prendido, foi (estava) preso.
Preposição omitida. 1 - Antes de certos adjuntos de tempo, modo e lugar, a preposição freqüentemente pode ser omitida: Zezinho, (com o) tornozelo enfaixado, é dúvida do Corinthians domingo. / Maria, (com os) olhos cheios de lágrimas, retirou-se da sala. / (Com o) Réu ausente, testemunha descreve suas atrocidades. / Chegarão (no) domingo. / Partirão (na) terça-feira. / O filho, (de) cabeça baixa, ouvia a reprimenda. 2 - A preposição pode ainda ser omitida antes do que numa série de casos. Ver que (com preposição). 3 - Com terminal e marginal, não omita a preposição: Terminal do Tietê, Marginal do Pinheiros. 4 - Apenas em casos muito especiais (títulos, selos ou olhos) a preposição poderá ser omitida, em construções como eleição-98, Copa-98, Mundial-91, importação-97, diretas-89, vestibular-96, índice Fipe. No texto, use sempre eleição de 98, Copa de 98, Mundial de 91, importação de 97, diretas de 89, vestibular de 96, índice da Fipe. A forma reduzida dá ao texto um estilo telegráfico, impróprio para jornal. 5 - Há fórmulas, porém, que não se admitem em nenhuma hipótese, como passageiros Varig, pilotos F-1, carros GM, etc.
Presa. Presa equivale a vítima e por isso mantém-se invariável em frases como: João, presa (e não "preso") de forte emoção, desmaiou. / O doente, presa de depressão e temores... / O marido foi presa de um acesso de ciúme.
Prescrição, proscrição. 1 - Prescrição tem três sentidos mais comuns: perda da validade (prescrição da pena), ordem, preceito, norma (O ministro deu prescrições severas para a assinatura do acordo) ou indicação exata (prescrições do médico). 2 - Proscrição significa supressão, proibição, desterro: a proscrição dos testes nucleares, a proscrição do Partido Comunista, a proscrição dos líderes revolucionários. Da mesma forma, prescrever e proscrever ou prescrito e proscrito.
Presença. Fica no singular em frases como: A presença de Romário e Sávio na seleção brasileira... / A presença do presidente, do governador e do prefeito (e nunca "as presenças").
Presidência. Com inicial maiúscula apenas quando se tratar do cargo máximo do País: Era candidato à Presidência da República. / Disputará a Presidência. Inicial minúscula para outros cargos: Era candidato à presidência do PFL, à presidência da comissão, à presidência do São Paulo, à presidência do Congresso.
Presidente. Use presidente para homem e mulher: o presidente da República, a presidente da Câmara dos Vereadores.
Presidentes da República. Deodoro da Fonseca (Governo Provisório, de 15/11/1889 a 26/2/1891, e Governo Republicano, de 26/2/1891 a 23/11/1891); Floriano Peixoto, de 23/11/1891 a 15/11/1894; Prudente de Morais, de 15/11/1894 a 15/11/1898; Campos Sales, de 15/11/1898 a 15/11/1902; Rodrigues Alves, de 15/11/1902 a 15/11/1906; Afonso Pena, de 15/11/1906 a 14/6/1909; Nilo Peçanha, de 14/6/1909 a 15/11/1910; Hermes da Fonseca, de 15/11/1910 a 15/11/1914; Venceslau Brás, de 15/11/1914 a 15/11/1918; Delfim Moreira, de 15/11/1918 a 28/7/1919; Epitácio Pessoa, de 28/7/1919 a 15/11/1922; Artur Bernardes, de 15/11/1922 a 15/11/1926; Washington Luís, de 15/11/1926 a 24/10/1930; Junta Governativa: general Mena Barreto, general Tasso Fragoso e almirante Isaías de Noronha, de 24/10/1930 a 3/11/1930; Getúlio Vargas (Governo Provisório, de 3/11/1930 a 20/7/1934, Período Constitucional, de 20/7/1934 a 10/11/1937, e Estado Novo, de 10/11/1937 a 29/10/1945); José Linhares, de 29/10/1945 a 31/1/1946; Eurico Gaspar Dutra, de 31/1/1946 a 31/1/1951; Getúlio Vargas, de 31/1/1951 a 24/8/1954; João Café Filho, de 24/8/1954 a 9/11/1955; Carlos Luz, de 9/11/1955 a 11/11/1955; Nereu Ramos, de 11/11/1955 a 31/1/1956; Juscelino Kubitschek, de 31/1/1956 a 31/1/1961; Jânio Quadros, de 31/1/1961 a 25/8/1961; Ranieri Mazzilli, de 25/8/1961 a 8/9/1961; João Goulart (parlamentarismo, de 8/9/1961 a 24/1/1963, e presidencialismo, de 24/1/1963 a 1/4/1964); Ranieri Mazzilli, de 2/4/1964 a 15/4/1964; Castelo Branco, de 15/4/1964 a 15/3/1967; Costa e Silva, de 15/3/1967 a 31/8/1969; Junta Militar: almirante Augusto Rademaker, general Lyra Tavares e brigadeiro Márcio de Souza e Mello, de 31/8/1969 a 30/10/1969; Emílio Garrastazu Médici, de 30/10/1969 a 15/3/1974; Ernesto Geisel, de 15/3/1974 a 15/3/1979; João Figueiredo, de 15/3/1979 a 15/3/1985; Tancredo Neves, 15/3/1985; José Sarney, de 15/3/1985 a 15/3/1990; Fernando Collor, 15/3/1990 a 29/12/1992; Itamar Franco, 29/12/1992 a 1/1/1995; Fernando Henrique Cardoso, 1/1/1995.
Presidir. Prefira a forma direta (presidir alguma coisa): Presidir a reunião, presidir o governo, presidir o tribunal, presidir os destinos do país.
Pressentir. Conjuga-se como mentir.
"Prestigiamento". Em vez de usar a palavra, inexistente em português, explique o seu significado na matéria.
Pretensão, pretensioso. Com s.
Preterir. Conjuga-se como aderir.
Prevenir. Regência. 1 - Pode-se prevenir alguém ou alguma coisa: Resolveu preveni-lo. / A polícia queria prevenir desordens. / Preveniu os parentes. 2 - Pode-se também prevenir alguém de ou contra: Preveniu o povo dos riscos da decisão. / Preveniu os amigos contra o cão. 3 - Alguém pode ainda prevenir-se contra: Preveniu-se contra os falsos amigos. 4 - Outra regência é prevenir, sem complemento: Mais vale prevenir que remediar. / É hora de agir e não de prevenir. 5 - Conjuga-se como agredir: previno, prevines, previne, prevenimos, prevenis, previnem; que eu previna, previnas, previna, previnamos, previnais, previnam; previne tu, previna, previnamos, preveni, previnam; etc.
Prever. 1 - Quanto ao uso, ver esperar. 2 - Conjuga-se como ver.
Prima-dona. Com hífen. Plural: prima-donas.
Primeira-dama. Com hífen. Plural: primeiras-damas.
Primeiro. Na locução o primeiro...que, o verbo concorda com o primeiro: Fui o primeiro que saiu (e não que saí). / Foi o primeiro convidado que chegou. O último que e outras expressões semelhantes seguem a mesma norma.
Primeiro (dia). 1 - O primeiro dia de cada mês deve ser sempre escrito no ordinal: 1.º de abril, 1.º de maio. 2 - Pode ir com inicial maiúscula e por extenso caso se deseje dar ênfase à data comemorativa: o Primeiro de Janeiro (Dia da Confraternização Universal), o Primeiro de Maio (Dia do Trabalho). 3 - Apenas se a data for escrita de forma abreviada, empregue 1: 1/9/82.
Primeiro-ministro. 1 - Quando mulher, primeira-ministra. 2 - Plural: primeiros-ministros e primeiras-ministras. 3 - Em nenhuma hipótese use as formas "1.º-ministro" ou "l.º ministro".
Principiar. Antes de infinitivo, exige a: Quis principiar a fazer a matéria logo.
Princípio. Veja a diferença entre as locuções formadas pela palavra: 1 - A princípio significa no começo: A princípio, pensava em sair, mas arrependeu-se e decidiu ficar em casa. 2 - Em princípio equivale a em tese, de modo geral: Todos, em princípio, são iguais perante a lei. / Em princípio, todos o estimavam. 3 - Por princípio quer dizer por convicção: Por princípio, não tolero pessoas racistas.
Prior. Feminino: prioresa (prefira) e priora.
Priori (a). Equivale a antes da experiência, pela causa ou pela natureza da causa: Conclusão a priori (sem apoio nos fatos). / Teoria formulada a priori (antes da experiência). Não tem o sentido de antes, anteriormente, sendo, pois, incorretas construções como: Fez o pagamento "a priori".
Privada. Para evitar duplo sentido, use o adjetivo sempre junto do substantivo: a vida privada, a iniciativa privada. Nunca em frases como: A vida pública e a privada. / A iniciativa estatal e a privada.
Privilégio. E não "previlégio".
Pró. 1 - Com o sentido de a favor de, liga-se com hífen a um substantivo: encontro pró-prorrogação, campanha pró-Machado de Assis, cruzada pró-infância, concentração pró-diretas, apelo pró-invasores. 2 - Como elemento de composição, deve ser seguido de hífen: pró-americano, pró-britânico, pró-homem, pró-socialista, pró-soviético. Exceções: procônsul, procriar, protórax, propor, pronome. 3 - Quando substantivo, tem singular e plural: Pesou os prós e os contras.
Problema. Liga-se com hífen a outro substantivo: preso-problema, mulheres-problema.
Procedência. 1 - Os textos do serviço local não terão nenhuma indicação de procedência. Procure, porém, deixar claro que se trata de notícia oriunda de São Paulo ou de fato ocorrido na capital do Estado. 2 - As notícias e reportagens das sucursais, correspondentes e enviados especiais terão como indicação de procedência o nome da cidade de onde se originem, em maiúsculas, mas não em negrito. A norma vale tanto para os municípios do interior (nele incluídas as cidades da Grande São Paulo, à exceção da Capital) como para os dos Estados. Veja os exemplos: SANTOS - O cargueiro russo Solaris chegou ontem... GUARULHOS - Um incêndio destruiu ontem à noite... BRASÍLIA - A Câmara dos Deputados aprovou, em segunda votação... 3 - Se uma sucursal ou correspondente cobrir fato ocorrido em outra cidade, a procedência do noticiário será a da cidade que originou a notícia e não a do município da sucursal ou correspondente. Por exemplo, se Campinas mandar notícia de Paulínia, use esta indicação: PAULÍNIA - A Refinaria do Planalto... 4 - Se a procedência da matéria for a de uma cidade pouco conhecida, explique, no texto (e não na procedência), onde a cidade se localiza (norte de Goiás, sul de São Paulo, região de Bauru, etc.). 5 - O noticiário do Exterior começará sempre com o nome da cidade de origem, em maiúsculas, mas não em negrito. Se a cidade não for muito conhecida, coloque, em minúsculas, o nome do país: WASHINGTON - O governo dos Estados Unidos advertiu ontem... PUERTO NOVO, Argentina - Um terremoto destruiu mais de 200 casas... 6 - Matérias procedentes de mais de uma fonte (sucursais, correspondentes e serviço local) não terão nenhum nome de cidade como indicação. Neste caso, porém, marque sempre em itálico o nome de cada uma das cidades de onde se originam as informações ou onde ocorreram os fatos relatados, na primeira menção que for feita a elas: O presidente da República disse ontem em Ribeirão Preto que... Ao desembarcar de volta em Brasília, insistiu... 7 - Nas chamadas de primeira página em que se fundir o noticiário das agências ou de enviados especiais com o dos correspondentes no exterior, a informação destes deverá trazer o seu nome e o cargo em itálico: Em Nova York, informa o correspondente João de Almeida... Também nas notícias publicadas no interior do jornal, se se fizer esse tipo de fusão, adote o mesmo procedimento. 8 - Se a fusão de notícias incluir material de colaboradores, e não de funcionários do jornal, use esta forma: Em Nova York, segundo informa Cíntia de Campos, especial para o Estado,... 9 - As chamadas de primeira página não levarão nenhuma indicação de procedência, nem mesmo nas matérias provenientes do exterior. A única exceção é para o caso dos enviados especiais, quando se adotará a norma respectiva.
Proceder. Regência. 1 - Proceder a alguma coisa: O juiz procedeu ao julgamento. / Proceder ao inquérito, ao inventário, ao interrogatório, à eleição. 2 - Proceder de algum lugar ou de alguém: Ele procede de Ribeirão Preto. / Ele procede da família Maia. / A acusação procede de quem? 3 - Proceder (sem complemento): Ele sempre procede bem. / A denúncia não procede. 4 - Como proceder não admite a regência direta, inexistem formas como: O inventário "foi procedido". / O inquérito "foi procedido".
Prodígio. Liga-se sem hífen a outro substantivo: menino prodígio, crianças prodígios.
"Proferir que". Alguém profere alguma coisa, mas não profere que.
Profeta. Feminino: profetisa.
Progenitor(a). Use pai ou mãe. Progenitor e progenitora, só em casos muito especiais: além de rebuscados, significam, na origem, avô e avó.
Progredir. Conjuga-se como agredir: progrido, progrides; que eu progrida; etc.
Proibido. Ver em é preciso, a concordância de é proibido.
Proibir. Regência. 1 - Proibir alguma coisa: A lei brasileira proíbe o aborto. / A empresa proibiu a entrada de pessoas estranhas. 2 - Proibir alguém de alguma coisa: O pai proibiu o filho de viajar. / Proibiu-nos de procurá-lo. 3 - Proibir alguma coisa a alguém: Os médicos lhe proibiram as visitas. / Proibiu aos amigos que o acompanhassem.
Projétil. Use esta forma, com o plural projéteis.
Projeto. Inicial maiúscula: Projeto Axé.
Proliferar. E não "proliferar-se".
Pronome oblíquo (complemento comum). 1 - Quando um pronome oblíquo é complemento de dois ou mais verbos, ele pode vir ligado apenas ao primeiro, sem repetição posterior: Nós o desejamos e fizemos. / O país se desenvolvia e expandia territorialmente. / Eram sugestões que se confundiam e completavam. 2 - Com infinitivos, porém, repita o pronome: Para confundi-lo e preocupá-lo... / Queria procurá-lo e convidá-lo a participar da festa.
Pronome oblíquo com verbo (intercalação). 1 - Depois do futuro ou do futuro do pretérito (antigo condicional), não se pode usar o pronome oblíquo. São, pois, incorretas formas como "darei-te", "pedirás-nos", "contaria-se", "teríamo-lo", etc. 2 - Por esse motivo, intercala-se o pronome no verbo, com a observância das regras expressas no uso geral destas formas: trabalhar-se-á (trabalhará + se), dar-se-ia (daria + se), pedi-lo-ia (pediria + lo), contar-lhe-íamos (contaríamos + lhe), encontrar-nos-emos (encontraremos + nos), solicitar-vos-ei (solicitarei + vos), fabricá-lo-emos (fabricaremos + lo), lamentar-vos-eis (lamentareis + vos), punir-nos-ão (punirão + nos). 3 - Os verbos fazer, dizer e trazer reduzem-se a far, dir e trar nestes dois tempos: far-nos-á(fará + nos), di-lo-íamos (diríamos + o), trar-lhe-ei (trarei + lhe), far-nos-ão (farão + nos), dir-te-emos (diremos + te); trar-nos-íeis (traríeis + nos), etc. 4 - Como, porém, essas formas soam de maneira rebuscada para o leitor, devem, por isso, ser evitadas no noticiário (conserve-as, no entanto, em artigos e comentários assinados).
Pronome oblíquo com verbo (particípio). Nunca use o pronome oblíquo depois de particípio (tendo "formado-se", havia "quebrado-se", "foi negado-lhe", etc). Nesse caso, o pronome só pode ligar-se ao verbo auxiliar: foi-lhe negado, tinha-se formado, havia-se quebrado, etc.
Pronome oblíquo no início de frase. Nunca inicie frase com o pronome oblíquo. Essa forma só poderá ser admitida na linguagem coloquial (crônicas, principalmente) ou na transcrição de declarações populares: Me deixem dizer uma coisa / Lhe pedi socorro, mas ele não ouviu.
Pronto-socorro. Com hífen. Plural: prontos-socorros.
Pronúncia. Ver Guia de pronúncia.
Propositadamente. Propositado e propositadamente são preferíveis a proposital e propositalmente, tanto no sentido de adequação ou oportunidade quanto no de intenção: Observação propositada. / Derrubou o copo propositadamente.
Próprio. 1 - Concordância. Ver mesmo, mesma. 2 - Superlativo: propriíssimo.
Proscrição. Ver prescrição, proscrição.
Prostrar(-se). Sempre com tr.
Protéico. E não "proteico" (êi).
Protestado. É um título ou cheque, mas nunca o devedor. Assim: Teve o título protestado. E não: Pagou a dívida e mesmo assim foi "protestado".
Proto... Hífen antes de vogal, h, r e s: proto-actínio (ou protactínio), proto-evangelho, proto-história, proto-revolução, proto-satélite. Em outros casos: protofonia, protomártir, protonauta, protozoário.
Prova dos noves. Desta forma, e não "prova dos nove".
Provável. Ver possível, provável.
Prover. Conjugação. Pret. perf. ind.: Provi, proveste, proveu, provemos, provestes, proveram. M.-q.-perf. ind.: Provera, proveras, provera, provêramos, provêreis, proveram. Fut. subj.: Prover, proveres, prover, provermos, proverdes, proverem. Part.: Provido. Os outros tempos seguem ver : provejo, provês, provê, provemos, provedes, provêem; provia; proverei, proverás; proveria; que eu proveja; se eu provesse; provê, proveja, provejamos, provede, provejam; etc.
Provir. Conjuga-se como vir.
Próximo. 1 - Quando se referir a tempo, use a palavra apenas com o sentido de futuro: no próximo mês, no próximo ano, no próximo século, nos próximos 15 dias (nunca, porém: no mês próximo futuro, no ano próximo futuro, no século próximo futuro, nos 15 dias próximos futuros). 2 - Não use próximo, porém, para designar os dias da semana em curso: O presidente visitará São Paulo quinta-feira (e não "na próxima" quinta-feira).
Próximo (de ou a). A forma vai depender do sentido da frase: 1 - Adjetivo. Concorda com o substantivo ou pronome: Os primos estavam próximos. / Elas ficaram mais próximas de nós. / A casa era próxima da outra. 2 - Em locução: Ela estava próximo do pai (perto do). / Morávamos muito próximo da sua casa. / Próximo ao rio havia uma árvore muito alta.
Pseudo. 1 - É prefixo, apenas, e jamais adjetivo. Assim, forma palavras como pseudo-análises, pseudocríticas, pseudo-heróis, pseudo-sensações ou pseudoprofetas (em vez de "pseudas análises", "pseudas críticas", "pseudos heróis", "sensações pseudas" ou "profetas pseudos"). 2 - Como prefixo, tem hífen antes de vogal, h, r e s: pseudo-anemia, pseudo-esfera, pseudo-histórico, pseudo-revelação, pseudo-sigla. Nos demais casos: pseudodiamante, pseudofruto, pseudoprotetor.
Psico... Liga-se sem hífen ao termo seguinte: psicocirurgia, psicorragia, psicossocial, psicoterapia. Quando o segundo termo começa por vogal, pode haver mudanças no interior da palavra: psicanálise (psico + análise), psicastenia (psico + astenia), psiquiatria (psico + iatria).
Psique. Sem acento (pronuncia-se psíque, e não psiquê). O móvel, no entanto, é psichê.
Pudico. Sem acento (pronuncia-se pudíco).
Puro-sangue. Plural: puros-sangues.
"Puxa-saco". Não use.